O Filho do Barão [COMPLETO]

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Arranquei minha camisa assim que cheguei no lugar amplo e malditamente trabalhado. Era o céu para ratos de academia e tão silencioso que fazia-me tranquilo. Dobrando minha camisa com cuidado tentei respirar o suficiente para não perder a cabeça. Levei minha mão até o bolso traseiro das calças jeans que vestia, pesquei meu telemóvel discando rapidamente para Zander.

O maldito estava num maldito evento.

Zander Dilawar Darvish era o melhor. O homem que eu confiava minha vida e o desgraçado havia simplesmente tirado férias de tudo. Zander era um fodido assassino folgado e extremamente mimado — do nível mais alto que podia existir. As pessoas o conheciam como nada mais e nada menos que o playboy que havia herdado bilhões de dólares da sua mãe e decidiu aposentar-se da política e de todos seus deveres para com sua nação. Filho único, sua mãe fazia parte da família real inglesa que fora deserdada e seu pai era nada mais e nada menos que o Lider Supremo do Irã, o que o tornava um verdadeiro príncipe da Pérsia. Aos 24 anos Zander era o desgraçado mais influente da mídia e o queridinho das mulheres e claro aquele que as mães querem para suas filhas, ou filhos.

Alguns de nós trabalhavam na luz para que outros pudessem levar a escuridão. Era assim, sempre funcionaria assim. Era um longo esquema bem desenhado.

—Bonnatero. —Sua voz estava pateticamente embargada e alguns tons mais baixo que o normal.

—Academia. Dez minutos.

—Argh... Você não pode mandar em mim assim seu filho de uma mãe bella e amorosa. —disse bocejando.

Perfeito. O grande urso era também preguiçoso.

—Uhmm...

—Certo, certo... Pedindo tão carinhosamente eu me derreto. Trinta minutos. —comunicou, terminando a ligação.

Não estava certo, muita coisa não estava indo pelo caminho certo, para nenhuma das famílias associadas e agora para a minha — uma das provas era o facto de que Giordana havia facilmente caído nas mãos de Alexander. Sempre haveriam ratos sem honra, mas eu estava indo para fazê-los implorar por suas vidas miseráveis. Já á algum tempo, as famílias associados que faziam parte de outros países tornaram-se igualmente traidoras aliando-se contra a Cosa Nera. Depois da morte dos membros da família Bombano e Perroni a situação tornou-se delicada, irmãos não matavam irmãos, haviam códigos de honra e várias leis para serem seguidas e uma delas era: Ser leal a família, a família estava em primeiro e quem prejudicasse-a não poderia viver para contar que sobreviveu após tornar-se alvo da máfia Italiana, seja ela Cosa Nera ou Nostra. Mas era de salientar que já se haviam passado 22 anos desde que tal acto de traição por parte dos Bombano e dos Perroni havia acontecido, porém o acontecimento não fora deixado para trás com o passar dos anos.

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Tinta minutos depois o idiota Persa decidiu dar o ar das graças, eu estava do outro lado do grande salão desferido socos sequências ao saco de pancada. Zander passou pela porta ostentando seu cenho franzido — eu apostaria minhas bolas que um dos meus irmãos já o havia colocado apar de todos os últimos acontecimentos. Assim que ele chegou até perto dos bancos de couro negro que ficavam de frente ao tatame seus olhos excessivamente castanhos se fixaram nos meus, buscando a raiva que emanava do meu corpo.

Cuidadosamente tirou a camisa social negra, e lentamente foi desfazendo-se do resto do seu terno de alta costura, dobrando cada peça que o compunha cuidadosamente. Suspirei tenso — ele estava indo contudo para cima de mim.

Descalço e colocou as faixas de mão sem pressa. Ele era um maldito calculista calmo e sempre cuidadoso em territórios ásperos. Depois de pronto Zander caminhou em minha direção fazendo seu tão costumeiro gesto com a mão para dizer que estava pronto.