16°- capítulo

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Harry se aproximou de repente e deixou um beijo na minha bochecha para minha surpresa antes de sair.

Depois de ver se estava tudo ajeitado na sala, subi as escadas. Antes que eu pudesse chegar no meu quarto, Mary abre a porta e sai do quarto dela.

- Ah, aí está você. Cadê o energúmeno?

- Energúmeno, Mary? - dei risada. - Não podia escolher algo melhor ou menos mórbido?

- Foi a coisa menos grossa que eu pensei na hora. Você sabe, eu pensei em falar algo do tipo " o que esse filho da puta tá fazendo aqui? " Mas aí pensei melhor. A tia Anne é muito legal.

Balancei a cabeça rindo como sempre faço quando não tenho nem palavras para comentar sobre suas atitudes ou coisas que ela diz e caminhei para o quarto.

Mary me seguiu entretanto.

- E então? Se divertiu muito com nosso vizinho badboy?

Ela perguntou enquanto eu me sentava à frente do computador e abria o famoso Google.

- Vizinho badboy? Você não se cansa de apelidos?

- Esse combina com ele. - deu de ombros, se sentando na minha cama em seguida.

- Na verdade, ele não me mostrou ser nada parecido com um badboy hoje. Ele foi até.. fofo.

Mary riu alto.

- Caralho. Fofo? Essa é uma nova sigla pra bom moço que você inventou agora?

- O quê? Eu só tô dizendo que ele não é tão ruim como faz parecer.

- Tá bom. - murmurou.

- Mary, você acredita que o Luke me deu o número dele? - lembrei repentinamente, me virando na cadeira para ela.

- Sério? - assenti - E o que você disse?

- Nada. Ele não deixou nem eu dizer alguma coisa e já saiu. - dou de ombros. - Ele pediu meu celular emprestado, disse que tinha gravado o número dele e.. foi embora.

- Hm. Direto. Hemmings ganhou pontos comigo agora. - franzi o cenho. - Vai ligar não vai?

- Por que eu iria? Nem conheço ele. E já é estranho demais ele ter me dado o número assim.

- Não é estranho. Quando a gente quer conversar com alguém, normalmente se pede o número da pessoa. Só que ele é o Luke então.. ele deu o dele pra você.

- Mas eu não quero.

- Porra, Isabella, é só um número. Eu sei que você acredita que alguém vai ficar afim de você e vai te conquistar de uma jeito romântico e meloso pra caralho, mas na vida real, as coisas acontecem assim. Número de celular é só o primeiro passo.

- Acontece que eu não quero ter nada com ele. Nem se ele viesse montado num cavalo branco. É isso que você não entende.

- Mas você nem conhece ele.

- Exatamente!

- Você também não conhece o Harry e ele estava aqui jogando videogame com você. Onde que esse argumento é válido?

- Na parte em que eu não quero porque isso é estranho demais. - respirei fundo e Mary franziu as sobrancelhas. - Olha, se não fosse pelo fato de ele nunca sequer ter falado comigo antes, eu até entenderia. Mas foi muito.. de repente. Do nada. Entende?

- Não.

Suspirei, me virando para frente novamente.

- Você precisa entender que as coisas funcionam assim, Bella. De repente, do nada. Porra. Tem um monte de caras querendo você, só que você é muito fechada.

- Mary... Para. Não quero mais falar sobre isso, ok?

Ela respira fundo atrás de mim, como se estivesse se controlando.

- Tudo bem. Mas só deixa eu te dizer uma coisa, se você continuar receosa e com essa paranóia de que você não é bonita e suficiente vai perder a chance de conhecer um cara legal. Ele pode ser o Luke ou até o Harry, mas você não vai conseguir ver se não acreditar que isso é possível. - ela suspirou antes de se levantar e se aproximar da porta quando eu não disse nada. - Eu te amo muito, você sabe. Só quero te ver bem.

Mary às vezes parece uma mãe falando, mas só eu sei como me sinto quando ela demonstra que se importa de verdade. É a sensação mais confortante e amável que eu sinto.

- Eu sei. Também te amo.

Obrigada por lerem!❤️❤️
Desculpa qualquer erro.

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