— Não se mova, tente ficar calma, vou chamar o médico. — E saiu em disparada para a porta.

          Assim que o médico terminou os exames tratou de tranquiliza-la, havia sido apenas um falso alarme, tudo estava bem, e ela não sangrava. Adormeceu tão pesadamente que não se se deu conta quando Alicia adentrou o quarto junto com Heath e Amy que segurava a mão dele com força a ponto dos nós dos dedos se tornarem brancos como papel. Não houve como evitar, apenas agarrou a mão dele, como se fosse natural e o correto a fazer, encaixando seus dedos perfeitamente aos dele. Não haviam grandes pensamentos em suas cabeças além da preocupação com a criatura adoecida logo adiante. 

— Precisamos avisar Diego imediatamente sobre isto. — Disse Amy quase aflita.

— Se este bebê for de Diego. — Falou Heath severo. Alicia o olhou rapidamente meio furiosa.

— Como pode dizer uma coisa dessas da sua irmã? Todos sabemos quem é o pai desta criança e... E aquele maldito está por aí sem que possamos entrar em contato com ele. Oh céus... O que faremos?

          A garota quando voltou a despertar, outro dia já tinha se encerrado, e ela parecia apenas exausta, nunca tinha se sentido tão esgotada como daquela vez. Não podia distinguir se era dia ainda ou se a noite já havia engolido o sol. 

— Preciso ir para casa. — Pediu ela a uma empregada que apenas meneou a cabeça. Margareth na verdade preferia dormir a sentir as dores que agora lhe acometiam ou pensar sobre a vida e suas atuais circunstancias. Uma semana difícil se passara, uma longa semana na realidade, e não podia estar mais ali, isto não a deixava em paz, pairava como um fantasma. Se Diego soubesse que estava ali, ele jamais a perdoaria e então... Foi quando se lembrou de que ele jamais saberia de qualquer coisa estando tão longe. A garganta se fechou a ponto de mal conseguir respirar. Pediu que chamassem Alicia imediatamente.

Alicia tinha nos olhos toda a preocupação de mãe, que embora não fosse se sentia no direito. Sangue era apenas um detalhe bobo. Segurou a mão dela com carinho e lhe acariciou os brilhantes fios de cabelo notando a palidez excessiva da pele, e o estranho que agora seus olhos pareciam, com seu aspecto fundo e escuro. 

— Alicia, não posso mais estar aqui, me leve para casa, eu imploro.

— Não podemos movê-la, bem o sabe que já teria feito se assim pudesse.

— É preciso. Não quero estar aqui. Ajude-me Alicia, eu suplico por tudo que é mais sagrado.

— Se arcar com as responsabilidades dos seus atos...

— É claro que vou.

— O bebê...

— Eu sei. Por favor, providencie isto para o quanto antes. Se continuar aqui sei que será pior para mim e para ele. — E assim foi feito, colocaram-na em cima de algo reto e a cobriram com uma mantinha para que pudessem move-la e a colocaram na carruagem. O duque despediu-se com um breve aceno envergonhado de cabeça apertando as mãos da filha que tinha o semblante cabisbaixo. 

           No corredor, Amy segurava as próprias mãos enluvadas, Alicia estava ao seu lado e parecia francamente exausta. O coração das duas pesava de modo absurdo. Pelo menos 2 semanas haviam se passado desde que Margareth estava em seu quarto, o quarto verde, e as coisas simplesmente não pareciam melhores. O médico a visitava com certa regularidade, não podia ser diferente, no entanto não parecia fazer qualquer coisa que pudesse amenizar sua situação ou pelo menos a tornar mais cômoda, indolor. 

— Isto não está bem Alicia.

— Não, não está, creio que terei que avisar Sophie e Ian sobre o ocorrido, eles nem sabem que ela está grávida. Este segredo está me deixando louca.

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