Simply Happens [H.S]

6°- capítulo

Do nada, Mary começa a rir. Alto e esganiçada.

- O que foi, garota?

- A Bella está com ciúmeszinho do Harry comigo é?

- O quê..? - ela riu novamente.- De onde você tirou isso Mary? Eu nem conheço ele direito.

- Ah fala sério Bella! É claro que você está com ciúmes. Olha sua cara, você ficou pálida quando disse aquilo

- Eu não fiquei nada! Pare de encher o saco.- eu falei saindo da frente dela.
- Se você quiser ficar com ele, eu não tenho nenhum problema com isso - digo saindo do quarto.

- Eu prefiro deixar ele pra você. - ela diz, posso ter certeza que ela está sorrindo provocativa.

- Mary, eu não vou ficar com ninguém, muito menos com ele. - me viro para ela séria, e ela revira os olhos azuis.

- Tá bom. - ela ergue as mãos.

- Eu vou descer. Não demora.

Desço as escadas e vou para a sala. Dou uma olhada em volta e acabo me sentando no sofá. Minha mãe deve estar na cozinha ainda, terminando de preparar o maravilhoso misto quente.

Aquilo é divino, eu realmente amo.

Pego o controle da tv, e ligo-a. Tranquilamente começo a passar pelos canais procurando alguma coisa enquanto espero. Não encontro nada que me interesse de imediato. A única coisa boa que está dando no momento é um jogo do Manchester United contra o Chelsea. Bem, isso é um baita jogo e eu realmente não sei porquê não sabia que iria ter.

Estive um pouco por fora das partidas ultimamente. E eu amo ver os jogos.
Diferentemente de Mary e a maioria das garotas que eu conheço.

Mary sempre reclamou por ser uma coisa chata e sem graça, mas eu discordo. Acho que ela só não se deu uma chance para gostar, porque quando você realmente pega o espírito da coisa, tudo fica mais fácil. E ela nunca parou para ver mais do que cinco minutos de partida.

Eu costumava ficar estudando na sala enquanto meu pai assistia aos jogos. Comecei a me interessar e quando vi, já estava assistindo com ele sempre que tinha. Talvez esse tenha sido o momento mais memorável entre ele e eu que eu me lembre.

Já Mary, a única coisa que a convenci a fazer, mesmo que ela tenha se irritado e isso também tenha a feito deixar de lado, foi jogar videogame.

Normalmente eu jogava sozinha, todas as tardes antes de enjoar. Mary ficava mexendo no celular como sempre e rindo de coisas que só ela sabia. Um dia, que ela provavelmente estava entediada demais, sem nenhuma amiga pra conversar ou um cara novo pra flertar, ela decidiu que queria jogar comigo.

Mas também, foi sua primeira e última vez. Mary não tem paciência e esse é problema.

Depois disso, só joguei com meu primo Edwin. Mas faz tanto tempo. Não consigo lembrar de ter falado com ele de um jeito que não seja por mensagens ou via internet. Não o vejo há um tempão e sinto saudades.

Edwin é o único filho da tia Rose. E posso dizer que somos amigos. Também não poderia ser diferente. Edwin é engraçado, gentil e me deixa tão a vontade que me surpreende.

Não sou boa com garotos e muito menos costumo me sentir a vontade com eles mas com Edi, sinto que posso ser eu mesma, sem julgamentos. Ele é meu melhor amigo.

Mesmo que, numa noite no verão, enquanto vigiavamos a rua, as casas e o céu pela janela do seu quarto com um binóculo, ele tenha confundido as coisas, querendo algo comigo, isso não mudou. Edi sempre me respeitou muito e eu não estava preparada para mais um beijo péssimo, depois do acontecido com Matt.