Cap 18: A verdade

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Alli

Bati na porta que já estava aberta mas queria chamar a atenção de Scooter, Maejor que tinham seus olhos grudados em Justin e na tela onde tinha os níveis de alcance da voz dele. Pelo menos eu achava que era isso, Justin tentava me ensinar como era formado um studio, mais eu nasci apenas para escutar a música pronta.

Cumprimentei os dois e passei alguns segundos observando Justin antes de entrar na cabine com ele me encarando com a testa franzida.

- Temos 20 minutos até chegarmos ao aeroporto e entrar no jatinho.- ele iria criar a primeira ruga se continuasse a forçar aquela testa. - Pergunta seriam feita lá.- segurei sua mão arrastando ele.

- Esse lugar, é o mesmo...- assenti e ele cruzou os braços analisando tudo, quase nada havia mudado desde minha última visita. - Porque aqui?- suspirei encarando a foto dos meus pais bem ao lado dele, era a Islândia o mesmo lugar que ele disse que estava apaixonado por mim.

- Porque eu passei o primeiro mês aqui.- ele soltou o ar devagar e descruzou os braços.

- É agora que eu pergunto, não é mesmo?- concordei. - Alli, não me machuque.- mordi meus lábios sentindo eles tremerem.

- Sem isso não vamos ficar bem.- ele concordou comigo desviando o olhar. Depois de um banho, uma boa refeição e um cochilo estávamos prontos para começar.

Sentei sobre minhas pernas analisando a caixinha com papéis de tudo que eu havia feito. Joguei meu cabelo para o lado sentindo minha nuca ficar tensa, senti suas mãos quentes ali dando um certo alívio ele segurou meu rosto virando para ele e me beijou, eu não esperava por aquilo, quando ele terminou sentou na minha frente.

- Eu não vou perguntar.- ele deu de ombros e concordei.

- Eu te conheço, você vai.- ele mordeu os lábios. - Você vai saber a hora correta.- ele concordou e abri a caixinha,

ele analisava tudo.

- Eu fui para casa dos meus pais...- comecei.

Eu estava tremendo e não era de frio, meu corpo estava prestes a ter um ataque de pânico e eu sentia que outros viriam logo em seguida, esse era o efeito de desabar.

Segui o olhar da minha mãe que me analisava preocupada, se eu fosse ela eu também estaria.

- Porque, mãe?- ela me encarou sem entender.

- Porque o que, Ketlin?- ele me chamava daquela forma.

- Porque eu nasci assim? Porque eu não posso reagir como uma pessoa normal quando alguém que eu amo morre?- ela suspirou.

- É um direito seu, a perda foi grande...

- Mas você está bem, todos estão.

- Todo tem luto diferente, eu não estou bem, querida, não é fácil acordar após 30 anos com ele ao meu lado e agora ele não está mais lá. Mas é a vida.- ri com ironia.

- Meu luto envolve não querer ninguém que eu amo por perto, então tem algo muito errado com essa minha vida fodida.- ela fez uma careta para o palavrão.

- Você só precisa respirar, filha, volte para casa. Justin estará sempre ao seu lado.- encarei minhas mãos que estavam piores.

- Sabe o que o papai disse antes de morrer?- ela negou, ele estava sozinho na sala, naquela mesma sala. - Ele disse "não fuja. Encare de frente. Levante."- ele também havia dito que me amava e agradecido por tudo. - Eu prometi, mãe, e agora...

- Você vai cumprir!- discordei. levantei pegando minha mochila e a droga daqueles documentos que tinha usado como pretexto para vir. - Alison.- ela gritou e ela não gritava.

2º ...Twitter... Justin BieberOnde as histórias ganham vida. Descobre agora