Quando o relógio bateu doze horas e trinta minutos, suas mãos começaram a suar frio, mas ela não se hesitou, pegou na sua bolsa e sua chave e saiu rumo a escola de seu neto.

_ Bom dia sra.Leiza, como vai?

_ Muito bem, só vim buscar o meu neto.

_ Claro, a sua filha não vem mais?

_ Não sei.

_ Mas ela... interrompida pela avó.

_ Qual a sua preocupação eu sou a avó. Onde está o meu neto?

_ Na sala, me acompanhe.

Ao ver sua avó Akami se alegrou e correu a seus braços enchendo-a de beijos.

_ Vamos meu bem.

_ Sim vovó. Ele sorriu e pegou na sua mochila animado, e segurou nas mãos dela. Ninguém se preocupou, afinal o'que de mal uma avó poderia fazer ao menino.

Akami andava animado, balançava as mãos enquanto tagarelava sobre tudo o que tinha feito na escola, Leiza de vez em quando para não parecer muito tensa, olhava para o menino e lhe lançava um sorriso frio. Sabendo que a qualquer momento podia encontrar com a sua filha, ela começou a andar rápido, ao atravessar a rua viu seu primo a sair de um carro preto, ele abriu as portas traseiras e a fez sinal com as mãos para entrar e assim ela o fez, e o menino ficou tão animado com carro que começou a pular de uma janela para outra.

_ Então rapaz gostas de passear de carro, perguntou o homem com um largo sorisso no rosto.

O menino sorriu e respondeu sim.

Leiza e o homem se encararam e ele a entregou um pano branco ensopado de sonífero, naquele momento ela sentiu uma pontada de dor mas mesmo assim pôs o menino para dormir e pegou seu envelope de dinheiro e saiu do carro.

Em casa ela encontrou sua filha sentada à sua espera, Samira não podia acreditar que algo havia acontecido com seu menino. Ao perceber que sua filha estava sentada na sala, ela começou a chorar e a tremer, entrou na sala e abraçou a menina, contando uma outra história, que alguns homens a abordaram no caminho de casa e levaram o menino num carro, ela já tinha feito o boletim de ocorrência na polícia. Samira simplesmente caiu dura no chão, ficou dias em coma, e mais dias em estado de choque até se recompor aos poucos. Nunca mais soube de seu filho e nunca se deu ao trabalho de ir na polícia certificar do caso. Ela separou do seu marido, deixou de trabalhar e passava mais tempo em casa a ajudar a mãe com seus remédios caseiros. E naquele momento no hospital, ela simplesmente começou a lembrar de seu filho e a sua dor da perda caiu sobre ela como uma densidade de chuvas torrenciais sobre o seu corpo, cheia de emoções e fúria empurrou sua mãe com toda a sua força que a fez bater forte contra a parede.

A sua força e seu ódio estavam além do normal ao ponto de fazê-la bater em sua mãe com várias tapas e chutes e fazê-la beber o restante de veneno na garrafa. O barulho no quarto de Sandra chamou a atenção de todos, os enfermeiros adentraram no quarto e logo tentaram separar a filha da mãe, uma outra presente foi a ajuda da jovem mãe que ainda estava assustada e em choque. A restante família que aguardavam foram chamados, ninguém estavam a entender o que estaria a acontecer, uma filha estava sendo levada para outro quarto e não parecia nada bem, a outra queria continuar a bater na mãe que estava deitada no chão sem forças, os efeitos do veneno começaram logo. Aos poucos Samira começou a fingir calma, ela se desvencilhou dos seguranças e falou que não iria fazer mais nada, só queria segurar sua mãe.

Se aproximou lentamente de sua mãe que agonizava no chão com lágrimas nos olhos. Ela sentou e confortou-a no seu colo.

_ Mãe, ela a chamava com a boca bem perto do seu ouvido.-_ Eu sei de tudo, sempre soube. Sussurrou no ouvido da Leiza.

Dona Leiza começou a ficar agitada e a tremer, se esforçou para ver nos olhos da filha.

Por um momento ela pensou que iria ouvir um pedido de desculpas, mas não, a mulher simplesmente a olhou no fundo de seus olhos e sorriu com maldade, seu me-ni-ni-no, não. Morreu.

Ouvindo isso, Samira começou a sacudir o corpo de sua mãe, implorou copiosamente que lhe dissesse onde estava seu menino, mas não obteve a sua resposta, talvez sua mãe só quisesse deixá-la ainda mais perturbada.

E, então pessoal, agora gostaria de saber da vossa opinião sobre esta história.

O que acham que realmente tenha acontecido ao menino Akami, será mesmo que ele está vivo?

Será que a  Dona Leiza  se arrependeu.

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Urbi- Massacre de AlbinosWhere stories live. Discover now