Prólogo

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Não.Não.... não.

_Eu imploro, por favor, não me mata, não me machuca.

Eric gritava desesperadamente , os seus gritos seriam ouvidos a quilômetros de distância se não fosse por estarem numa cabana na floresta.

Com as duas mãos amarradas atrás da costa, uma corrente bem grossa no seu pescoço magro, vestindo apenas uma cueca azul Eric, tremia, chorava, gritava e implorava mas, ele era impiedoso, seu olhar transmitia escuridão e o seu sorriso trazia trevas.

Era apenas um miúdo ele se sentia normal, não se sentia diferente dos outros, não pelo fato de nunca ninguém o tinha discriminado, seu pai o amava mais do que tudo, sua mãe o mimava, então porquê, porquê aquilo estava a acontecer com ele.

Então nem todos são iguais a seus pais, pessoas como ele são caças para uns. Pessoa como o Mustafá um homem de 36 anos, alto, moreno de corpo musculoso, sorridente e simpático com todos um homem acima de qualquer suspeita, mas ele não era humano.

Como o Eric iria sobreviver aquele horror, ele estava destinado a morrer.

Encolheu sua cabeça entre as suas pernas e parou de gritar, com a sua voz baixa e trêmula falou: me mata logo então, mas eu nunca irei desistir de querer viver, eu reconheço que sou uma aberração da natureza, não mereço viver, monstros como eu não foram criados por deus, eu entrego minha vida nas suas mãos.Com o rosto levantado, olhou fixamente nos olhos dele e disse: e lhe entrego a minha vida se..., e antes mesmo de fechar a boca um golpe arrancou a sua cabeça do seu corpo que caiu no chão sem forças formando um rio de sangue a correr.

Mais um que se foi, o mundo estava livre de mais um impuro e sujo, Mustafá não entendia como as pessoas eram tão ingênuas, como podiam aceitar que essas aberrações sujassem o belo mundo que deus criou, ele não podia aceitar isso. Vestiu sua roupa de plástico, pegou nas suas ferramentas e começou a sua escultura.

Eles vieram para dizimar a raça humana mas eu não irei deixar.





Urbi- Massacre de AlbinosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora