Capítulo 3

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Ester

A noite estava ótima, eu e Anne estávamos prontas pra beber todas e flertar com alguns caras gostosos, meus pais já haviam saído de casa agora era só chamar um dos soldados e fazer ele nos levar a boate mais badalada da cidade.

-Vamos Anne. Chamei ela, que passou por mim ainda tentando se equilibrar nos saltos, me fazendo rir.

-Hey, faz tempo desde a última vez não ria. Ela fez beicinho e saiu reclamando.

-Quem disse que estou rindo de você. Tentei me conter o que fez ela só me olhar de cara feia pois me conhecia muito bem, ergui as mãos em rendição a ela. -Tudo bem só tente não cair quando chegar na festa se não vou passar e fingir que nem conheço você.
Mexi com ela mais um pouco.

-Grande amiga você. Ela entrava no banco de trás do carro resmungando. Segui ela e fechei a porta dando as coordenadas pro motorista.

-Brincadeirinhas a parte, saiba que só de ter você por perto novamente me deixa tranquila. Não queria entrar no assunto Henrico com Anne, logo antes de entrar em uma festa, mas estava decidida em amanhã contar a ela tudo o que aconteceu comigo.

-Nem me fale estava com saudades de nós assim, sem preocupações, voltar pra casa, a verdade é que estava me sentindo sufocada no internato e essa angústia que ando sentindo e meu pai andando estranho e tudo mais. Ela desabafou, coloquei a mão em seu ombro de forma solidária.

-Tente esquecer seus problemas por um momento e vamos nos divertir esse é o propósito hoje à noite.
Paramos em frente à boate e o motorista abriu a porta para nós.

Como a boate era da máfia e Klaus o nosso subchefe estava no comando não tivemos problema nenhum em ter que entrar na fila, Anne era filha do capo e eu do consigliere da máfia alemã, ter esses status tinha suas vantagens não vou negar.

Levei Anne direto pro bar e pedi duas tequilas pra cada ela fez cara de quem não gostou muito da ideia  quando me viu pedindo mas logo mudou de ideia quando lhe dei um olhar de advertência e uma piscadinha antes que reclamasse.

Encontrei umas amigas dancei, nesse meio tempo perdi Anne de vista, percebi que quanto mais bebia mais a figura de Henrico aparecia em minha mente e isso estava me irritando de mais, cogitei em ficar com alguém mas depois que me lembrava daquele italiano todos os homens a minha volta não pareciam bom o bastante, o lance é depois que você prova uma picanha comer carne de segunda nunca é a mesma coisa. Estava irritada, frustrada e me vi sentada no bar novamente esperando Anne brotar de algum lugar.

-Posso saber porque está aqui sentada e não dançando. Levantei os olhos e soldado Aidan estava a minha frente.

-Estou cansada hoje. Tentei desviar a conversa o que fez ele se sentar ao meu lado e pedir ao barman uma bebida.

-E todo aquele papo que você sempre diz, estou gata de mais e preciso esfregar na cara da sociedade. Ele levantou as sobrancelhas.

-As vezes é preciso encenar, não queria que Anne se sentisse desconfortável em sua primeira saída depois de anos, ela merece se divertir.

-Mas acho que não por muito tempo. Ele apontou em direção onde se via um Klaus furioso e uma Anne abatida vindo em nossa direção.

-Merda! Resmunguei.

-E das grandes.

Antes que pudesse falar Anne me puxou pelo braço dizendo que teríamos que ir embora com urgência, óbvio que eu ia negar e mandar Klaus se ferrar, depois que ele assumiu o posto de subchefe da máfia anda insuportável, mas Anne estava à beira de um colapso nervoso e fomos seguindo em direção a rua. Como se não bastasse toda a merda que tinha acontecido lá dentro quando chegamos ao lado de fora começamos a ouvir tiros.

A Escolhida do Consigliere Where stories live. Discover now