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Acordei ouvindo o barulho da chuva bater contra a janela do meu quarto, abri meus olhos lentamente, levando minha mão até os meus cabelos, os tirando da frente dos meus olhos. Virei-me para o outro da cama, com a esperança de ver o ruivo dormindo, ou até mesmo me encarando como sempre fazia, e então foi nesse momento em que eu me dei conta, de que tudo o que aconteceu naquela noite da semana não foi um simples pesadelo. Me sentei na cama, passando a língua entre os lábios, e então comecei a encarar as paredes em branco na minha frente, elas pareciam tão sem vida, igual a mim. Fechei os meus olhos, puxando todo o ar que eu conseguia para os meus pulmões, e tentar não começar como eu sempre tenho feito.

Assim que me levantei da cama, mesmo com muita preguiça, fui até o banheiro, liguei a luz pelo interruptor, e então pude me ver pelo reflexo do espelho. Eu definitivamente estava acabado, qualquer pessoa que olhasse para mim agora, diria a mesma coisa. Logo depois que me arrumei, fui em direção da cozinha, indo até a geladeira, encontrando várias vasilhas com comidas prontas para mim, cama uma delas tinha um nome para qual refeição era. Como não tinham tantas vasilhas assim, eu acabei decidindo só comer quando voltasse da escola mais tarde, para economizar mais.

Minha mãe tinha me mandando uma mensagem dizendo que me antigo motorista não poderia me levar para o colégio hoje, pois este estava de férias. Então hoje pela primeira vez, eu iria andar de ônibus. A vontade de faltar mais outra semana a escola era grande, porém, eu já tinha faltado uma semana toda, e não poderia mais.

Sabe aquela vontade faltar a semana toda novamente? Agora eu queria mais do que nunca, porém, eu não dei metade de uma viagem em pé no ônibus, para no meio do caminho decidir voltar. Eu estava exausto de ter que me erguer para me segurar na barrinha de cima para não me desequilibrar e cair. Por causa disso, a minha camisa estava subindo um pouco, o que estava me deixando muito envergonhado. Até que eu senti uma mão em minha cintura, e a outra mão tocar em minha bunda, logo a apertando. Arregalei os meus olhos, virando um pouco do meu rosto para o lado, encontrando um homem que provavelmente era mais velho do que eu, me encarando, enquanto mordia os seus lábios. Imediatamente eu soltei a barrinha ao meu lado, e fui para o fundo do ônibus, empurrando as pessoas para que pusesse chegar até a porta de saída. Alguns segundos depois, o ônibus parou, abrindo a porta para min, que logo pulou fora do mesmo.

Meu dia não poderia ficar pior, eu tinha acabado de ser assediado, eu estava perdido em um lugar que nem ao menos eu sabia a existência, e com o céu nublado, indicando que provavelmente mais tarde iria chover. Foi muito ingênuo da minha parte achar que séria mais tarde. Tentei correr para algum lugar para me proteger da chuva, porém, eu não tinha conseguindo a tempo, e já estava praticamente todo encharcado.

Eu acabei desistindo de procurar algum lugar, e acabei me sentando na calçada. Apoiei meus meus cotovelos em meus joelhos, e levei as minhas mãos até os meus cabelos, os empurrando para trás.

─ Baekhyun? ─ Virei um pouco do meu rosto para o lado, vendo Kyungsoo parado atrás de mim, com um guarda-chuva em cima de si. ─ O que você está fazendo aqui?

─ Eu estou perdido ─ Respirei fundo, virando meu rosto novamente para a frente.

─ Você quer uma carona para a sua casa? ─ Virei meu rosto novamente para o outro, que me encarava com um pequeno sorriso em seus lábios.

─ Tudo bem, por que não? ─ Me levantei do chão, puxando um pouco da camisa do meu uniforme para frente, pois a mesma estava grudando no meu corpo.

quer kyungsoo? toma kyungsoo

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delicateWhere stories live. Discover now