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Eu havia esquecido completamente da minha mão suja, e comecei a ajudar o garoto a dar um jeito naqueles ferimentos em seu rosto. Eu disse que ele deveria ir até a enfermeira, mas este disse que não, pois iriam perguntar o motivo daqueles ferimentos, e ele não queria ter que explicar nada. Mesmo que eu estivesse curioso para saber o motivo, eu não perguntaria, ele merece um tempo pra ele.

─ Está doendo muito? ─ Perguntei, enquanto passava um pouco de água no seu rosto, tirando os vestígios de sangue. Só pela sua expressão de dor ao sentir o toque do papel respondeu a minha pergunta.

─ P-por que você ficou pra me ajudar? Sabe que ele pode fazer a mesma coisa com você, não é? ─ Se pronunciou pela primeira vez, me fazendo olhar para ele. Sentei sobre os meus joelhos, provavelmente sujando todo o joelho da minha calça, mas era por uma boa causa.

─ Você acharia estranho se eu disse que também não sei? ─ Ele soltou uma risadinha pelo nariz, mas logo fez uma careta, provavelmente por causa da dor em seu rosto. ─ Na minha outra escola eu também sofria a mesma coisa que você, mas, hoje eu decidi parar de ser um covarde

O garoto nada disse, ele apenas abriu um sorriso em seus lábios, encostando sua cabeça na parede. Assim que terminei de limpar seu rosto, joguei os papéis dentro do lixeiro, e me sentei ao seu lado, juntando as minhas pernas. Virei meu rosto para ele, e vi que este estava encarando a parede do banheiro, eu percebi que ele que ele queeia ficar um pouco em silêncio, então, apenas fiquei ao seu lado.

─ Você foi a primeira pessoa que me ajudou quando isso acontece ─ Ele mesmo quebrou o silêncio, virando o seu rosto pra mim. ─ Você foi um herói

Então essa era a sensação de ajudar uma pessoa? Eu nunca havia sentido isso antes, eu sempre fui tão covarde pra tudo, e essa foi a primeira vez que eu realmente ajudei alguém a sair de um problema sério que não seja estudos. Abri um sorriso, e então viro meu rosto para ele novamente, que ainda me encarava.

─ Prazer, Baekhyun ─ Estendi a minha mão, ele olhou para a mesma por alguns segundos, e então a apertou.

─ Luhan

Nós dois voltamos para a sala de aula juntos, mas infelizmente, ele não era da mesma sala que eu, então tivemos que nos despediram no meio do caminho. Voltei para a sala de aula, e assim que coloquei a mão na maçaneta, percebi que a minha mão ainda estava suja com a tinta da caneta, abri um sorrisinho de lado, e logo entrei na sala. Para a minha infelicidade, esqueci que a minha turma era mesma de que o garoto orelhudo do banheiro, e ele estava sentado na cadeira ao meu lado direito. Assim que me viu entrar, ele virou o rosto para os seus amigos e começou a cochichar algo com eles, tentei fingir que não estava nem um pouco me importando com isso, mas eu estava.

─ Vocês podem parar de falar de mim enquanto estou aqui? ─ Me virei da cadeira para eles, que me encararam incrédulos. O orelhudo soltou uma risada acompanhado de seus amigos.

─ Não estamos falando de você, nanico ─ O ruivo apontou para mim e logo se virou de costas, sentando na mesinha de sua cadeira.

Nanico? Quem ele pensa que é pra falar de mim desse jeito?! Tudo bem que eu não sou a pessoa mais alta do mundo, mas poxa, enquanto eu estou aqui precisando de uns mentros, as pessoas tem de sobra. Abri minha boca para respondê-lo, mas decidi ficar na minha, pois não iria me misturar com pessoas da laia dele.

só observo vocês comentando e não votando, tô de olho 👀as coisas vão começar a ficar interessantes agora rs

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delicateWhere stories live. Discover now