the goodbye ❁

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06 de setembro de 2016

Havia um quarto, um quarto com pessoas tristes e apavoradas, um quarto onde apenas ele estava feliz, ele finalmente havia conseguido o que tanto queria, e ela finalmente havia visto o que tanto temia.

E os outros envolvidos nesta história?

Bom, Kian Jordan Adler estava "semi-morto", ele ainda sentia dor e ainda via tudo, como turvos porém via. Samuel Howard Wilkinson, tentava de todas as formas manter o menino baleado acordado, e por mais inacreditável que pareça, ele ali era o mais preocupado com o rumo que as coisas poderiam tomar, Samuel sabia que seria julgado como cúmplice quando tudo viesse atona. E por último porém não menos importante, Jack Finnegan Gilinsky, esse sim estava descontando toda a sua raiva nele, Jack odiou tanto ver o menino machucado e a sua garota chorando que não estava respondendo mais por si mesmo.

A arma estava jogada no canto do quarto, e seu dono jogado no chão do mesmo enquanto levava socos e mais socos.

- Não vai revidar, sua abominação humana? - Disse Jack próximo ao seu rosto logo após socar com força a sua cabeça no chão fazendo com que um corte se abrisse em seu crânio.

Abominação humana. Abominação humana. Abominação humana. Abominação humana. Abominação humana. ABOMINAÇÃO HUMANA.

- JACK, PARA. - Foi uma das últimas coisas que ele ouviu antes de sentir seu corte começar a arder e sua respiração a falhar.

Eu não sou como os meus pais. Eu não sou como os meus pais. Eu não sou como eles. Eu não sou. Eu não sou. - Repetia ele a cada soco distribuído por Jack a cada minuto, e a cada gota de sangue que saia de seu corte.

Por mais incrível que pareça, ela empurrou Jack para o chão e se ajoelhou ao lado dele. Ela sabia que no fundo estava o perdoando por tudo, ela era tolamente iludida por achar que a culpa de tudo aquilo estar acontecendo era dela.

- Shawn, foi apenas um acidente não foi? - Perguntou enquanto colocava a cabeça do garoto terrivelmente machucado no colo.- Eu sei que foi, eu confio em você.

Uma lágrima desceu pelo rosto da menina quando um sorriso diabólico surgiu no rosto do garoto. Para todos naquele quarto estava se tornando impossível acreditar que Marjorie estava mesmo perdoando a pessoa que lhe causou tão mal. Ou ela o amava de mais, ou era tola de mais.

- Você me odeia, não odeia? - Perguntou ele enquanto sentia os dedos da menina se passarem levemente sobre o seu cabelo sujo pelo sangue.

- Não Shawn, eu não te odeio. Há anos atrás prometemos um para o outro nunca nos odiarmos e nunca nos machucarmos, eu pelo menos segui com a minha promessa. - Respondeu.

- Me desculpe por tudo. - Disse com a voz fraca. - Eu te amo.

Os olhos de Shawn e Kian começaram a pesar ao mesmo tempo, era como se ambos estivessem indo para um caminho sem volta. Juntos. A vítima e o assassino.

Se você acredita em céu e inferno, podemos dizer que um anjo voltava para o céu enquanto um demônio voltava para o inferno.

Essa cena era tão digna de um filme, uma garota chorando, dois garotos morrendo, o causador da morte se lamentando pela garota e o amigo.

Sim, Samuel não passava de um amigo, nunca foi mais do que isso, o mero e simples figurante. Talvez, se ele tivesse se posto no seu devido lugar desde o começo nada disso teria acontecido.

Mas agora não é hora de culpar ninguém, nem mesmo o verdadeiro culpado. Mortes já aconteceram. Cabeças já rolaram. Lágrimas já caíram. Corações já foram partidos. Esse seria um triste, porém realista final.

[...]

ѕe vocêѕ não voтareм e coмenтareм vaι rolar тιro, ѕó avιѕo.

Et

Memories ❆GilinskyWhere stories live. Discover now