Capítulo 27

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Isa...

- isso aí Isabela..

- quem te garante que eu sou importante na vida dele? Ahh pelo amor de Deus né, você e eu sabemos que eu sou apenas mais uma foda do JP não é? Pq não me deixar sair daqui ?

- você não é mais uma foda dele, tu sabe e acha que me engana? - ele ri - mas tu quer enganar bandido né, achando que eu nasci ontem

- OLHA, EU QUERO Á MINHA CASA DO QUE ADIANTA ME DEIXAR AQUI PRESA NESSA PORRA SE PRO JP NÃO TÁ FAZENDO DIFERENÇA? VOCÊS BANDIDOS SÃO TUDO UNS TROUXAS MESMO - ele tira a arma da cintura, destrava e mira em mim... pqp que medo - você não vai fazer isso.. você me quer viva pra fazer vingança pra ele né

- Humm tô vendo que não tem só beleza em você... inteligência também

- claro né.. sou um pacote completo - reviro os olhos - é sério, me deixa sair eu tô com fome

- você realmente acha que eu vou te deixar sair?

- claro que não.. mas não custava tentar né, afinal onde eu tô

- no meu morro - eu olho pra ele incrédula - isso aí morena, teu namorado vai ter que vir te buscar aqui

- aí meu Deus...que merda que eu tô fazendo da minha vida? E não me chama de morena

Ele joga a cabeça pra trás e da risada. Que filho da puta mano. E sai me dando as costas e assim que para na porta ele se vira pra mim.

- vamo ver se ele é capaz de vir até aqui buscar você

Automaticemnte despenco até parece que o JP não invadir um morro só pra tirar daqui. Ele sai rindo e eu fico naquele lugar sujo pensando.

~▪~

Já fazia uma semana que eu tava nessa espelunca, Mas pelo menos a comida daqui é boa. Eu sempre ouço barulhos mas nunca é grande coisa, Mas hoje o barulho tá a manhã toda e não são barulhos qualquer. São tiros. E eu tô apavorada desde que acordei.

Quando está quase de noite a porta do quarto. Pq bandido gosta de derrubar porta? Automaticemnte vejo uns traficante vindo até mim e dizem pra mim ir com eles. Eu ia dizer não né, Mas eles tão com uma fuzil na mão. Mas quando a gente chega na porta um deles me entrega uma Glock. E eu fico mais apavorada aidna.

- toma - um deles diz - tu vai precisar

- uma Glock? Tá loko de me dar uma arma?

- iiih é só uma arma carai

- isso pode matar alguém - eu digo

- A idéia é essa né

- ahhh meu Deus

- puta que pariu a namorada do chefe é Patricia mermo hein

- chefe? Quer dizer o JP? - sorrio - Patricia teu cú, vamo

Por pior que seja quando ele confirmo que era vapor do JP eu meio que não fiquei com medo na verdade isso foi um incentivo pra mim. A gente saiu pelo morro e fomos aonde estavam as motos e subi em uma delas com o vapor. No meio do caminho eu ouço barulhos de tiros e sinto o a moto derrapar e eu cair no chão.

Logo vejo uns homens vindo até os outros, então automaticamente levanto e saio correndo entre as vielas. Só que eu não sei onde eu tô e fico andando nas vielas sem saída. Entrando em uns becos vejo o JP e o "chefe" que me sequestrou. Me escondo atrás de um carro e vejo eles brigarem.

Primeiro eles ficam se xingando e eu não ouço nada, só vejo eles largarem as armas e começarem a brigar. Foi uma briga feia eu nem queria olhar. Mas eu ouço um barulho forte e vejo o JP no chão e o outro apontando uma arma pra ele. Eu saio de trás do carro e o JP me vê.

Depois disso é como se eu ouvisse uma voz na minha cabeça dizendo "atira" e eu automaticamente tiro a Glock da cintura e olha pra ela. Destravo com as mãos trêmulas e miro no tal "chefe" que tá de costas prestes a matar o JP. Aperto o gatilho duas vezes e vejo o cara caindo no chão.

E logo depois eu caio no chão por causa do impacto, e depois ouço outros barulhos de tiros e logo penso que é o JP terminando o serviço. Ele vem até mim e me estende a mão pra levantar. Levanto com certa dificuldade e abraço o JP forte e  ele retribui na mesma intensidade me abraçando bem forte. Olho pra ele e beijo ele. Ele termina o beijo mordendo o meu lábio inferior e encostando as nossas testas.

- ahhh morena, tu nunca mais faz isso hein carai - ele diz

- ahhh claro - eu reviro os olhos - eu que escolhi ser sequestrada

- continua com essa tua marra né

- claro né, é da marrenta aqui que tu gosta - eu sorrio e beijo ele - bora sair daqui

- iiiiih loka, se passa não hein

- iiih João Pedro se eu fosse você eu teria cuidado viu... tá ligado que eu sei atirar né

- iiih tá se achando hein morena

- vamo logo amor.  Não aguento mais ficar aqui não

O JP pega as armas dele e a gente sai da viela de mãos dadas. Ele disse que era melhor eu ficar com a arma até eu chegar no morro. Mais na verdade ele me leva direto pra minha casa e eu fico surpresa quando a gente chega lá. A gente deixa as armas no carro e vai comigo até a minha casa. Quando eu entro em casa todos se levantam do sofá surpresos.

- eu não disse que traria ela de volta? - o JP diz pra minha mãe - então, ela tá aí perfeitamente bem

- pera - olho sem entender - o que tá acontecendo aqui?

- sua mãe foi até o morro pra cobrar o JP amiga, e não foi boa a coisa

- ÉOQUE? - olho pra ela - COMO ASSIM? A CULPA NÃO É DELE..!

- não é pq Isabela? Você acha que a ser mulher de traficante vai te beneficiar em alguma coisa filha? A sua vida vai ser assim, correndo riscos..! - eu não acredito no que ela fala - filha, pq você não fica com o Luan.. Ele pode te dar a vida que você merece, ele não te ama filha... - a essa altura eu já tava chorando - escuta pelo menos uma vez a sua mãe, ele não é quem você quer

Apaixonada Por Um TraficanteWhere stories live. Discover now