Capítulo 21

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Isa...

Mesmo bêbada eu lembrava de cadê detalhe da minha foda com o JP e tinha sido muito melhor do que eu tava imaginando, e eu percebi que ele também sentiu a minha falta mesmo que ele nunca vai admitir, ele sentiu. Mas o que me surpreendeu foi ele dizer pra mim ficar pro baile junto com ele.

- han? - perguntei sem entender

- han o que fia?

- A maconha que você usou tava vencida é?

Eu achei que ele ia me falar um monte de merda, me xingar e os carai mas não ele só riu. E não era uma riso falso ou artificial, era uma risada mesmo. Eu só podia estar loka, o JP rindo de algo que eu falei? Nunca na minha vida eu imaginaria isso.

- larga de ser loka carai - ele diz rindo - tu vai no baile ou não?

- não tenho roupa - digo e ele revira os olhos pra mim - iiih, é sério porra

- fala com a tua amiga - ele passa a mão no cabelo - se tu quiser eu te levo lá, tenho que falar com o viado do LK mermo

EU TÔ LOKA, SÓ PODE. TÔ OUVINDO COISA. Mas nem questiono, só concordo. A gente tá se olhando, na verdade eu tô olhando sem acreditar até agora. Até a dona Maria chamar a gente pra ir comer. Eu levanto do colo dele e vou até a cozinha com ele.

- Isabela eu não sabia do que você gosta, então eu fiz lasanha - ela diz receosa

Quando ela diz que fez lasanha eu quis abraçar aquela mulher e não soltar nunca mais. Cara, é lasanha.

- tu fez lasanha - eu pergunto animada e sem acreditar - ahhh esse aniversário não tem como ficar melhor...!

Na verdade tinha milhares de chances de ficar melhor mas esquecer né. Reparo no JP me olha com um riso no rosto, ela serve a gente e eu como com um gosto. Essa lasanha tá boa demais. Ela se despede de nós e vai pra descansar. Eu olho pro JP é a boca dele tá suja de molho. Eu começo a rir e ele me olha.

- o que foi loka? - ele pergunta emburrado

Eu paro de rir e pego uns lenços de papel e limpo a boca dele, ele nem acredita que eu tô fazendo isso e sinceramente nem eu. Mas como eu sou loka quando termino de limpar dou um selinho nele e levanto ora deixar meu prato na pia.

Tô virada de costas quando sinto duas mãos na minha cintura, e sinto ele beijar meu pescoço. Me viro pra ele e olho em seus olhos escuros tão lindos. Dessa vez quem me dá um selinho é ele.

- o que tu fazendo comigo sua doida - ele diz baixo

- o mesmo que você fez e ainda fazendo comigo desde aquele maldito dia - ele me olha sem entender - fudendo meu psicológico

Ele me beija e diz pra mim colocar uma roupa dele até eu chegar na Lice. Visto um conjunto da Adidas que ele tem e saio com ele de casa. Quando chegamos na casa da Lice o JP não diz nada.

- PIRANHAAAAAA - eu grito

- aí carai, não grita não - ele diz frio

Apaixonada Por Um TraficanteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora