-Não acho que seja tão ruim assim

-Aqui você é indiferente, não tem um rosto como lá... Como você tem.. Aqui você é o TaeHyung. Não o V do BTS

-Não estou entendendo...

-Se algum dia, você voltar para a ponte, não vai poder levar nada daqui de baixo..

-Porque não?

-Se você voltar para a Big Hit, eu vou querer que leve tudo o que trouxe

-Como assim?

-Quando você for embora, porque eu sei que você vai... Quero que vá de verdade... Eu não mereço te acompanhar lá encima..

-Mas..

-Me prometa

Ergo meu dedo mindinho a ele, como o gesto de promessa. Ele corresponde.

-Eu prometo

Flash back off

-Acho melhor irmos tomar café, tudo melhora com café

Falo intimidada pela mão do rapaz alisar meu ombro nu, por falta do tecido da roupa que usava.

-Hoje é o nosso dia... Não é?

-17?

-Isso, então, eu faço o café

Deixando um selar seco em minha bochecha, o menino se levanta e caminha para fora do quarto. Arrumo o móvel aonde dormimos e olho a janela, encarando um viaduto que me lembrou sobre a metáfora da ponte que usei para explicar a ele, sobre o mundo que vivemos e a diferença de nossas classes. Taehyung acaba quebrando um copo e criando um pequeno ferimento em sua mão, o corte feito não sangrou muito, mas o barulho que envolveu todo o apartamento me fez correr até ele, como se o mesmo estivesse sido atacado pelo objeto.

-O que aconteceu ?

Encaro o chão sujo de leite, com pedaços de tamanhos variados de vidro, que vieram do mesmo copo.

-Eu tentei evitar mas não deu..

Saio em busca de um pano e o mando lavar o machucado. Chego na dispensa, pego um pano que usava para limpar o chão, junto com uma pequena caixa vazia, volto a cozinha e limpo tudo. Separo os cacos, deixo os envolvidos por um papel dentro da caixa que havia trago. Limpo o líquido no chão e começo a rir quando vejo a expressão triste do menino.

-Não precisa ficar assim...

Falo rindo, me levantando esticando os braços para cima, como um sinal de 'esta tudo bem, o copo não vai mais te machucar'.

-Eu só atrapalho você não é?

Ele bufa, sai do local apertando o curativo contra o ferimento, fecha a porta do quarto e eu observando tudo, fico confusa e encaro o leite na mesa.

-Tae?

Bato na porta com toques leves, o menino não responde. Suspiro.

My babyOnde histórias criam vida. Descubra agora