la révélation {05}

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Fauna acendia as últimas velas do bolo, que estava desmontado inteiro. Ela o segurou quando estava prestes a cair, e usou uma vassoura para apoiá-lo de pé novamente.

— Que acha deste bolo, querida? — perguntou, recolocando as velas que escorregavam sobre o bolo.

— Bem... é um bolo fora do comum, não acha? — Flora tentou disfarçar.

— Claro... naturalmente ficará mais firme depois de ir ao forno. — justificou, analisando-o.

— E o que acha do terno? — perguntou, orgulhosa, apontando para o mesmo.

— Bem, é que... — se aproximou para olhar mais de perto. — Não está exatamente como no livro.

— Eu o melhorei, mas... talvez se eu aumentasse o franzido... o que acha?— ponderou.

— Acho que sim. — concordou. — O que acha, Primavera? — perguntou a outra, que estava estressada com aquilo tudo, de braços cruzados.

— Acho que já basta de tanta tolice. — se livrou das peças. — Devemos pensar no Jimin-ssi e no que ele pensará de nós. — desceu do banco. — Vou buscar nossas varinhas mágicas. — subiu as escadas novamente.

— Você sabe, ela está com a razão. — Fauna brincava com os dedos.

— Aqui estão elas, novas em folha. — balançou-as no ar, animada quando voltou do andar de cima.

— Acalme-se, Primavera! — retirou as varinhas de suas mãos, escondendo-as. — Depressa, feche a porta. E Fauna feche as janelas. — sussurrou. — Não deixem nada aberto. Não podemos arriscar. — tapou os buracos restantes. — Agora pode ir fazer seu bolo, querida. — deu a varinha de Fauna.

— E eu? — Primavera questionou após receber sua varinha.

— Limpe tudo, meu bem. — apertou suas bochechas. — E eu farei o terno. Vamos logo.

— Vamos, balde, esfregão e vassoura. A Flora quer ver tudo limpinho. — enfeitiçou os objetos, que iniciaram o trabalho.

— E agora teremos um belo terno feito com graça para um príncipe. — com ajuda de sua mágica, o molde já estava feito, exatamente com as medidas do pequeno garoto.

— Ovos, farinha, leite! Juntem-se todos como está aqui no livro. — os ingredientes se aproximaram. — Acenderei as velas. — e assim eles começaram o trabalho.

— Ah, rosa? — Primavera reclamou ao ver o terno quase finalizado quando passou por ali junto ao rodo dançante. — Melhor azul. — e mudou a cor do mesmo.

— Não, Primavera. Melhor rosa. — Flora voltou-o ao tom original.

E ficaram nessa discussão até que, acidentalmente, Primavera mudasse a cor da roupa da própria Flora. Assim, começou a briga, onde elas tentavam fugir umas das outras e se atacar com magia ao mesmo tempo.

O pó colorido que saía pela chaminé alertou Diablo, que voava pela floresta, levando-o até o chalé. Ficou aguardando, para ter certeza de que aquele era o lugar certo. As fadas só pararam ao deixar o terno metade de cada cor, completamente manchado.

— Ó, não! Veja o que você fez! — Flora acusou, raivosa. A voz de Jimin já podia ser ouvida ao lado de fora, denunciando sua chegada.

— Ele está aqui! — começaram a reparar a bagunça, apressadas. — E nós fazendo tolices! Melhor rosa. — voltou a cor do terno para rosa, deixando-o sobre uma cadeira. — Escondam-se logo. — Puxou Fauna ao que ela terminou de acender as velas do bolo.

— Azul! — Primavera mudou novamente a cor, indo se esconder também.

— Tia Flora! — Jimin chamou, ainda do lado de fora.

— Ai meu Deus! Quem deixou o esfregão trabalhando? — Flora perguntou, alarmada.

— Pare, esfregão! — Primavera o fez parar.

— Tia Flora! — Jimin abriu a porta. — Fauna! Primavera! — deixou a cesta de rosas no chão e pendurou o chale ao lado. Diablo se aproveitou da oportunidade, pousando discretamente e observando tudo. — Onde estão vocês? — fez um biquinho, e soltou uma exclamação de surpresa ao finalmente notar seus presentes.

— Surpresa! — as três surgiram, chamando sua atenção. — Feliz aniversário! — o abraçaram.

— Ó, queridas, esse é o dia mais belo de minha vida. Maravilhoso, tão belo. — estava inegavelmente feliz. — Esperem até conhecê-lo.

— Quem? — Fauna perguntou, confusa.

— Falou com algum estranho? — Flora a olhou preocupada.

— Ele não é um estranho. Vimo-nos antes.

— E quando? — Flora questionou, nervosa.

— Onde? — Primavera indagou.

— Uma vez num sonho. — divagou, com um sorriso bobo, puxando Fauna para uma dança.

— Está amando. — afirmou enquanto rodopiavam juntas.

— Ó, não...

— Isso é terrível! — Flora e Primavera lamentavam.

— Por que? — Jimin as olhou, emburrado. — Já tenho dezesseis anos.

— Não é isso, querido. — Flora respondeu. — Você já tem um noivo. — acrescentou Fauna, apertando levemente as mãos do menino.

— Um noivo? — a olhou, confuso.

— Desde o dia em que nasceu. — Primavera explicou. — O príncipe Jungkook. — Fauna acrescentou, sorridente.

— É impossível. Como posso ser noivo de um príncipe. — achava aquilo tudo uma tolice. — Eu teria de ser...

— Um príncipe. — Primavera completou.

— E você é, bem. — Fauna acariciou seu braço.

— Príncipe Jimin. — anunciou, alertando Diablo, que tinha ali a confirmação diante de seus olhos. — Esta noite vamos levá-lo de volta a seu pai, o rei Chanyeol.

— Mas... mas não hoje. — Jimin suplicou, choroso. — Ele virá aqui esta noite! Prometi vê-lo hoje! — e assim Diablo se foi, pronto para revelar tudo a sua ama.

— Sinto muito, meu bem. Mas você nunca mais verá o jovem outra vez. — Flora tristemente afirmou, segurando suas mãos.

— Não posso acreditar... — soltou as mãos da tia, enquanto as lágrimas já tomavam conta do rosto embonecado. Cobriu-o  com as mãos pequenas, indo em direção ao seu quarto e deitando em sua cama, enquanto seus audíveis soluços podiam ser claramente ouvidos.

— E pensávamos fazê-lo feliz. — Primavera soou triste, enquanto as outras duas choravam também.

a bela adormecida; ji.kook versionDär berättelser lever. Upptäck nu