Memórias

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Mais um capítulo patrocinado pelos hospitais de São Paulo. 

Brincadeira. 

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Denise depois de uma semana que leu o testamento do senhor Agenor, descobriu que estava falida; Como já era de se esperar. Todos os bens do seu Agenor, foram passados para o nome de Alice.

Nesse mesmo dia Manuela ligou para Alice e perguntou se ela queria correr no Horto Florestal. Se encontraram na entrada principal, Manuela tentou correr, mas não conseguiu por muito tempo.

[Alice] - O que foi Manu?

[Manuela] - Ái! Ái!- Se abaixou até encostar a testa no joelho, no meio da estradinha de cooper.
[Alice] – O que você está sentindo? – Se abaixando junto.
[Manuela] – Dói muito.
[Alice] – O que? A perna?
[Manuela] – Áiii! – Manuela começou a falar ofegante- A cabeça!

Alice parou o primeiro homem que passava e pediu ajuda para colocar Manuela no banco, enquanto ela chamava a emergência.
A ambulância chegou em cinco minutos contados no relógio. Assim que subiram, Alice percebeu que a blusa de Manuela tinha algumas gotinhas de sangue... Mostrou para o Paramédico.
[Paramédico] – Não tem absolutamente nada ai menina!
[Alice] – Como não? – Alice olhou novamente e não havia nada. Começou a se preocupar, mas logo passou a preocupação... – Manu, o que você está sentindo?
[Manuela] – Alice... Alice...

[Alice] – Sim, sou eu! O que foi?
[Manuela] – Você ta tão linda!
[Paramédico] – Manuela, você toma algum tipo de medicação?
[Manuela] – Alice...
[Alice] – Eu não sei Manu, responde.
Manuela fechou os olhos e apertou a mão de Alice e logo soltou.
[Paramédico] – Ela desmaiou. – Disse – Você está bem menina? O que foi? – Se referindo a Alice.
[Alice] – Só um pouco de frio. – O médico encostou no rosto dela e constatou.

"– Você está ardendo em febre"
[Alice] – Mas eu só fiquei com frio agora.
[Paramédico] – Febre não sobre tão rápido assim.
[Alice] – Sou um caso raro a ser estudado pela medicina. – Sorriu.
O médico riu e logo a ambulância estacionou. Como já haviam detectado da outra vez, tudo o que aconteceu com Manuela, foi emocional, Alice ainda estava sob efeito de calmantes, para não surtar com a morte do pai, não tinha contado para ninguém, apenas Carlos que cuidou do enterro e consequentemente Valentina. Nem mesmo Elisa que poderia retribuir pela companhia quando sua mão morreu. Com todos os remédios, ela mal saía da cama, não comia, não andava, não conversava com ninguém e como ninguém sabia, não estavam preocupados com ela. Quando Manuela ligou, ela esqueceu de si mesma e foi vê-la.
Manuela ficou no soro e acordou. Alice tomou um anti febril e Manuela a obrigou a comer.

[Manuela] – Por que você ficou sem comer? – Mexendo a sopa
[Alice] – Estou triste.
[Manuela] – Por que?
[Alice] – Meu pai morreu, tem 7 dias.
[Manuela] – E por que não me contou?
[Alice] – Não contei para ninguém, não consegui sai da cama.
[Manuela] – Aposto que Elisa te fez companhia, como você fez pra ela da outra vez.
Alice largou a colher da sopa, seu coração começou a acelerar...
[Alice] – Como você sabe disso?
[Manuela] – Elisa me contou algumas coisas antes da gente casar.
[Alice] – Quer dizer que...
[Manuela] – To me lembrando vagamente de coisas...
[Alice] – lembra da gente?... – Colocou a mão sobre a dela.
[Manuela] – Algumas coisas... Lucy...

Dona Joana entrou na cozinha e viu as duas com as mãos dadas sobre a mesa.
[Joana] – Está acontecendo alguma coisa aqui?

Manuela imediatamente soltou a mão dela.

[Joana] – Já terminou né? – Disse retirando o prato quase cheio de Alice e o jogou na pia.
[Manuela] – Ei mãe! Que foi?
[Alice] – Melhor eu ir...

[Manuela] – Não. Essa casa é minha ! E a Alice é muito bem vinda aqui! Ta ouvindo? – Manuela gritava.
[Joana] – É isso que você aprende na igreja? Aqui em casa? Gritar com sua mãe? – Disse gritando também!

[Manuela] – Sim! Você está gritando comigo também!

Joana respirou fundo.

[Joana] – Desculpa minha filha, é que quando eu vejo você tomando atitudes ruins, não tenho como não me meter.
[Manuela] – Vai ter que parar de se meter na minha vida pessoal. Eu não tava fazendo absolutamente nada. A senhora me ensinou ser educada com todo mundo, então por que esse surto repentino com a Alie?

[Joana] – Achei ter visto uma coisa, mas tudo bem, foi coisa da minha cabeça.
[Manuela] – Viu o que mãe?
[Joana] – Não, nada não. – Saiu da cozinha.

Manuela estava voltando mais critica do que nunca e com vontade de ser quem é " todo vapor".

[Alice] – Você não pode se alterar, acabou de se recuperar de um desmaio.
[Manuela] – Já estou ótima! O médico não disse que era emocional? Então...

[Alice] – Tem certeza?

[Manuela] – Sim. Agora eu vou cuidar de você.. A gente pode ir para sua casa?

[Alice] – Claro. Minha mãe se mudou.

[Manuela] – Por que?

[Alice] – Porque a casa não é mais dela.
[Manuela] – De quem é agora? Sua?
[Alice] – sim, só minha. Ai eu moro com a Maria.

[Manuela] – Quem é Maria? – Disse ficando brava...
[Alice] – a Governanta da minha casa amor, você já conversou com ela.
[Manuela] – Quantos anos ela tem?

[Alice] – Uns 50.
[Manuela] – AH, então tudo bem então. Vem vou curar seu coração. – Respirou – Me desculpa? – Se levantou e a abraçou, chorando.
[Alice] – Pelo que Manu? – Abraçando ela com força.

Dona Joana passou pela cozinha correndo e viu as duas quase se beijando, foi para o quarto e começou a ler um salmo em voz alta...

"Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado. Pos eu conheço as minhas transgressões e o meu pecado está sempre diante de mim".

Manuela ouviu e sorriu...
[Manuela] – Vem cá... – Pegou na mão de Alice e limpou as lágrimas com a outra, depois caminhou até o quarto de sua mãe.
[Joana] – O que foi Manuela?
[Manuela] – A gente veio orar com a senhora.

[Joana] – Era só o que faltava... essa...

[Manuela] – Mãe...
[Joana] – Ta, quem sabe da um revertress e tudo fica normal do novo, né?!

[Alice] – Da o que, dona Joana?

[Joana] – Vamo orar Alice, Vamo orar!

Abriu uma página aleatória...

" Pelo que Deus os entregou a paixões infames, por que até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário a natureza, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade de uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro." Romanos 1:26-27

Depois disso Manuela abraçou a mãe e foi para casa de Alice.

Dona Joana Ficou sem saber o que fazer, continuou a orar no quarto, quando os joelhos já não aguentavam mais, ela se levantou e foi para igreja tentar falar com o pastor, mas gaguejou, não conseguiu , estava com vergonha de dizer a alguém o que achava que a filha se tornara.

Amantes sem fingimento - LGBTDär berättelser lever. Upptäck nu