Capítulo 25

1.1K 58 0
                                    

Christopher...

   _ Fica comigo meu amor._ continuo pedindo quando já estamos dentro da ambulância à caminho do hospital.

   Tudo acontece muito rápido quanto chegamos. Ela é levada pelos paramédicos para o centro cirúrgico que já estava preparado à sua espera. Também sou atendido. Tenho uma luxação no ombro e preciso usar uma tipoia.

   Como sempre deixo uma peça de roupa no meu armário me troco e deixo a muda ensanguentada em poder da polícia, presto depoimento e faço um retrato falado daquele crápula. Faço tudo isso correndo para saber notícias da minha flor. Da minha Deborah.

   Ligo para os pais dela e aviso sobre o ocorrido. Também ligo para os meus pais e não demora muito todos estão comigo mofando na sala de espera.

   _ Não é possível que ninguém vai vir  nos dá alguma notícia._ levanto e fico andando de um lado para o outro.

   _ Se acalma meu filho._ minha mãe me abraça com cuidado para não machucar meu ombro_ Ela é forte e vai ver como tudo vai ficar bem.

   _ Como isso aconteceu?_ dona Luísa está inconsolável_ Quem fez uma coisa dessas com vocês?_ agora me encara com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar.

   _ Foi o ex noivo. O tal Ruan._ o nome dele sai com toda raiva que sinto_ Ele invadiu a minha casa. Me agrediu e depois disse que se ela não podia ser dele não seria de mais ninguém e atirou nela a sangue frio._ respiro fundo, lágrimas de raiva escorre em meu rosto_ E depois fugiu.

   _ Não acredito que esse homem ia casar com a minha filha._ fala Roberto com a fúria de um pai protetor.

   _ Os parentes da paciente Deborah Clark._ uma enfermeira aparece na sala e é logo bombardeada por perguntas de todos sobre o seu estado_ Acalmem se todos. A paciente acaba de sair da cirurgia e passa bem. Por sorte a bala não danificou nenhum órgão vital.

   _ Podemos vê la?_ pergunta Helena num misto de alívio e ansiedade.

   _ Ela está no pós operatório e não pode receber visitas ainda._ ela é simpática e tem um terno sorriso no rosto_ Apenas uma pessoa pode passar a noite com ela.

   _ Quero que fique com ela Christopher._ Luísa segura a minha mão_ Vai ser a primeira pessoa que ela vai querer ver quando acordar.

   À abraço e agradeço pelo que ela acaba de fazer. Ela abriu mão de ficar com a filha para me deixar ficar com ela. Me despeço de todos e sigo a enfermeira até o quarto onde a Deborah está dormindo profundamente. 

   Me sento em uma cadeira ao lado da sua cama, seguro a sua mão, levo até a boca e dou um beijo delicado. Sei que ela não vai acordar hoje pois os remédios que lhe deram é muito forte. Mas não importa. Já fico feliz em saber que ela está bem e não corre mais riscos.

   O meu ombro começa a me incomoda por volta das três horas da madrugada. Deixo o quarto por alguns minutos, peça um analgésico para um enfermeiro e volto para o lado dela. O dia logo vai amanhecer e não dormi um segundo sequer, apenas fiquei aqui e velei seu sono.

   Vou até a janela e assisto o sol nascer. Sem que perceba as lembranças daquele fim de tarde me invadem a mente.

   _ Onde estou?_ escuto sua voz suave e corro para seu lado_ Chris, o que aconteceu?_ acaricio o seu rosto. Os olhos sustentam um olhar confuso.

   _ Calma, meu amor._ beijo sua testa_ Você está no hospital._ ela tenta levantar mas a impeço_ Não pode se levantar ainda, minha flor.

   _ Agora eu lembro._ os seus olhos ficam marejados com as lembranças_ O que aconteceu com o seu ombro?

   _ Não foi nada de mais eu estou bem._ beijo os seus lábios com ternura_ Precisa descansar._ acaricio seus cabelos.

Um Amor InesperadoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora