Capítulo 22

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Deborah...

   Quando chegamos no quarto parecia está havendo uma pequena discussão, entre a minha mãe e meu pai, que cessou assim que notaram a nossa presença.

   _ Filha, ainda bem que chegou._ minha mãe caminha até onde estou_ O seu pai tem uma coisa para falar pra você.

   _ Eu não devia ter dito aquilo tudo com você ontem a noite._ ele me encara_ Sei que nada do que eu disser vai mudar o que aconteceu. Me desculpa._ lágrimas brotavam em meus olhos.

   _ Claro que te perdoo você, pai._ corro pra abraça lo.

   _ Com licença._ o médico que estava cuidando do meu pai entra no quarto_ Eu só passei pra avisar que como o senhor passou muito bem a noite já pode ir pra casa. A senhora só precisa ir até a recepção assinar alguns papéis e depois vocês podem ir._ dito isso ele sai acompanhado da minha mãe.

   Ajudo o meu pai a descer da cama e entrego uma muda de roupa pra ele tomar um banho e se trocar pra voltarmos pra casa. 

   Alta assinada, Chris nos leva até a casa de tia Helena e logo é atacado pela Rê e pelo Max. Pra comemorar a recuperação do meu pai, tia Helena serve vinho para nós, para as crianças chocolate quente e para o meu pai uma boa xícara de chá.

   Deixei os mais velhos conversando e fui até o andar de cima ver o que as crianças estavam aprontando com o coitado do Chris. Do corredor já podia se ouvir o som do meu antigo violão sendo tocado pelo Max enquanto a Renata e o Chris cantavam.

   _ Posso participar dessa festa também?_ pergunto assim que a música termina.

   _ Claro Debbie, senta aqui do lado do tio Chris._ Rê aponta o espaço vago_ Toca mais Max.

   _ Desculpa interromper mas o Eddie chegou e quer falar com todos._ Marco vem nos avisar.

   Descemos, cumprimento o Eddie que por sinal está bastante sério. Nos acomodamos todos na sala de estar, o Marco deixa as crianças assistindo algum programa no quarto e depois se juntou a gente.

   _ O que de tão importante você tem pra falar?_ pergunto curiosa.

   _ Antes de mais nada eu quero que saiba que o respeito muito seu Roberto._ ele começa me deixando confusa_ Eu não sou de rodeios então vou direto ao ponto. Como o senhor bem sabe, estava havendo uma vistoria na empresa.

   _ Sim, acharam quem estava desviando o dinheiro?_ meu pai pergunta também sério.

   _ Foi encontrado no seu computador os dados de uma transferência muito gorda._ todos ficam atônitos_ Sei que o senhor seria incapaz de fazer tal coisa, mas até que tudo se esclareça eu prefiro que o senhor fique afastado da empresa por um tempo. Desculpe.

   _ Você está agindo certo, não precisa se preocupar._ meu pai fala compreensivo.

   _ Como o senhor trabalha a muito tempo para a empresa e além de tudo são meus amigos, vou manter tudo em segredo._ ele termina de explicar e pede perdão outra vez antes de ir.

   Depois de todas essas emoções meu pai foi para o quarto descansar um pouco, minha mãe vai junto pra fazer companhia a ele, tia Helena vai fazer o jantar e o Marco foi ver como os meninos estavam.

   O Chris fica mais um tempo comigo mas precisa ir pois que ir trabalhar. Levo ele até o carro para passar um pouco mais de tempo com ele.

   _ Eu não queria te deixar depois dessa bomba que o Eddie soltou._ ele fala enquanto nos abraçamos.

   _ Não precisa se preocupar, eu vou ficar bem._ depois de digerir tudo isso, acrescento mentalmente.

   _ Promete?_ pergunta segurando o meu rosto carinhosamente, eu apenas assinto em resposta_ Tenta dormir um pouco vai te fazer bem.

   Nos despedimos com um beijo, depois ele entra no carro e vai embora. Entro e logo subo pra tomar um banho, estava sem fome então não desci para jantar.

   Estava deitada quando o meu celular começou a tocar, mas quando eu atendi ninguém disse nada e depois desligou. Procurei pelo número mas não apareceu nada então resolvi deixar o celular de lado, seguir o concelho do Christopher e dormir um pouco.

Um Amor InesperadoWhere stories live. Discover now