Capítulo 23

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Christopher...

   Depois que saio da casa da Deborah dirijo até o hospital, me troco e logo estou pronto para começar a atender os pacientes. Até que essa noite tá tranquila, resolvo da um pulinho na lanchonete pra beber um café.

   Estava de costas quando algumas mãos tampam os meus olhos.

   _ Adivinha quem é?!_ uma voz fina e  conhecida questiona.

   _ Kelly._ digo tirando suas mãos finas dos meus olhos.

   _ Merece um beijo por ter acertado._ ela passa os braços sobre meus ombros e vem me beijar mais me distancio_ O que houve gato?

   _ A gente precisa conversar._ começo a andar e ela me acompanha. Espero estarmos no meu consultório pra começar a falar_ O nosso lance acabou, Kelly.

   _ Como assim? E por causa de outra?_ ela tem um brilho de raiva no olhar.

   _ Olha, você mais do que ninguém sabe que o que houve entre nós foi só diversão._ respiro fundo sento sobre a mesa e pego a sua mão_ Eu não outra forma de dizer então vou ser direto. Eu encontrei um amor do passado.

   Conto toda a minha história de amor com a Deborah e mesmo um pouco magoada entendeu que nós não éramos pra ser. Sei que um dia ela vai encontrar alguém que à ame de verdade.
   Ela vai um pouco cabisbaixa, estava revisando alguns exames quando uma mulher entra desesperada no meu consultório com o filho nos braços.

   _ O que houve, senhora?_ pergunto enquanto examino o garoto que está inconsciente e com alguns hematomas aparentes.

   _ Sai dessa sala sua vadia!_ um homem esmurra a porta que quase atinge a mulher.

   Os seguranças aparecem e tiram o nervosão de dentro do consultório. Volto a minha atenção ao menino que continua inconsciente. Chamo os maqueiros e corremos até a sala de tomografia.

   Fiquei espantado com o que vejo na tela. O garoto tinha uma costela fraturada, um dos pulmões perfurados e um traumatismo craniano. Chamo um neurocirurgião para avaliar o quadro e ele.disse que seria preciso uma cirurgia.

   O doutor Tadeu estava de plantão e ficou responsável pelas costelas e reconstrução do pulmão perfurado. Enquanto o menino estava no centro cirúrgico fiquei pensando nas causas daquelas contusões e logo conclui que se tratava de violência doméstica.

   Continuei os atendimentos, três horas depois o doutor Tadeu veio me avisar que a cirurgia havia terminado e tudo corria bem.

   _ O menino é um guerreiro._ Tadeu conta um tanto emocionado, uma coisa que costuma acontecer em nossa profissão_ Teve duas paradas cardiorrespiratórias e mesmo assim voltou pra gente.

   _ Alguma possibilidade de sequela?_ pergunto preocupado.

   _ Você sabe que só vai depender de como o garoto evoluir._ ele olha o relógio e levanta_ Tenho um tempo livre e vou aproveitar pra descansar um pouco.

   Pego o celular e vejo que já se passam das quatro e meia da manhã. Vou até o banheiro, lavo o rosto e fico encarando o meu reflexo no espelho. 

   Vou até a parte externa do hospital para respirar um pouco de ar puro. Fecho os olhos e inclino a cabeça para cima, inspiro e expiro umas duas vezes. De repente sinto como se estivesse sendo observado, abro os olhos e olho para os lados mas não vejo ninguém.

   Resolvo entrar e arrumar as minhas coisas já que logo encerro o meu plantão. Quando dá a hora me troco, pego o meu carro e vou pra casa. Assim que entro me deparo com uma mesa de café da manhã posta e com Deborah trazendo o suco da cozinha.

   _ O que é tudo isso, minha flor?_ coloco minhas coisas no sofá e vou até  a mesa e ela vem sentar no meu colo.

   _ É uma forma de agradecer por tudo o que está fazendo por mim e pela minha família._ ela me beija.

   _ Eu sei de outra forma de agradecimento._ seguro a sua nuca e a puxo para um beijo apaixonado.

   _ Anda, vamos comer um pouco._ ela me serve um pãozinho na boca.

   _ Você é quem manda._ bebo um pouco do café_ Como passou a noite?

   _ Dormi como um anjinho._ ela tenta levantar pra sair do meu colo mas à puxo de volta.

   Nos beijamos e aos poucos o beijo foi ficando cada vez mais urgente. Pego ela no colo e caminho até o quarto. À coloco na cama com carinho e começo a percorrer o seu corpo com beijos e depois volto aos lábios. 

   O meu corpo estava sedento por ela, e ali naquela mesma cama onde nos entregamos pela primeira vez voltamos a ser uma só alma, um só corpo, um só coração.

Um Amor InesperadoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora