Capítulo 21

1.3K 58 0
                                    

Christopher...

   _ Isso não vai ficar assim._ o  engomadinho aponta pra Deborah e depois pra mim_ Vocês vão me pagar por tudo.

   _ Ei, ei, ei._ o Marco se pronuncia pela primeira vez_ Ninguém vai pagar nada. Acho melhor você ir embora, você não tem mais nada pra fazer aqui._ ele abre a porta.

   O tal Ruan vai embora soltando fumaça pelo nariz de tanta raiva. Fico ao lado da Deborah que não para de chorar, as crianças ficam meio perdidas mas é melhor assim e a dona Luísa ainda está lá em cima e podíamos ouvir que ela discutia com o seu Roberto.

   De repente escutasse um barulho como que de algo caindo e depois ela desce as escadas desesperada e pedindo ajuda. Subimos até o quarto e encontramos o Roberto caído no chão desacordado.

   _ Ai meu Deus._ diz Deborah correndo para o lado do pai_ Pai, acorda pai. Faz alguma coisa Chris.

   _ Calma, me deixa ver._ checo o pulso dele, que está bem fraco por sinal_ Marco, chame uma ambulância. Diga que o paciente está com arritmia cardíaca, peça que venha o mais rápido possível.

   _ O que ele tem?_ pergunta dona Luísa com voz de choro.

   _ Eu prefiro não tirar nenhuma conclusão precipitada._ digo neutro, não quero assustar ninguém.

   _ A ambulância já está à caminho._ fala Marco voltando para o quarto.

   Não demorou muito para que os paramédicos chegassem, eles imobilizaram o Roberto e depois correram até o hospital. Dona Luísa vai com ele na ambulância, a Deborah e eu vamos logo atrás no meu carro e a Helena e o Marco ficaram com as crianças.

   Demoramos um pouco porque a estrada estava congestionada, quando chegamos a Luísa ainda estava na sala de espera completamente desesperada. Fico com elas aguardando alguma notícia, estava quase indo atrás de informações quando o doutor Marques, o cardiologista de plantão, chama a família Clark.

   _ Somos nós._ dona Luísa fala levantando_ Como está o meu marido?_ seca as lágrimas dos olhos.

   _ O senhor Clark sofreu um princípio de infarto._ ele fala sem rodeios_ Conseguimos estabiliza lo mas o quadro dele ainda inspira cuidados.

   _ Podemos vê ele?_ pergunta Deborah.

   _ Ainda não, mas alguém pode passar a noite com ele._ ele termina de explicar quando recebe um novo chamado_ Eu tenho que ir.

   Ficou decidido que a Luísa irá passar a noite aqui e amanhã viríamos para saber como o Roberto está. Já no carro Deborah liga para casa avisando que estava tudo bem, que a mãe ficou no hospital e que iria para minha casa.

   No caminho passamos no restaurante japonês e compramos alguma coisa para jantarmos, mas a Deborah não quis comer muito e deixou quase toda a comida. Pago a conta e vamos pra casa, deixo ela tomar uma ducha primeiro, empresto uma das minhas camisas pra ela.

   Já de banho tomado vamos nos deitar, ela demora um pouco até conseguir cair no sono. Passo um tempo à observando dormir e depois também pego no sono. Acordo antes dela, vou até o banheiro fazer a minha higiene matinal e depois vou até a cozinha preparar alguma coisa especial para o nosso café da manhã.

   Coloco tudo em uma bandeja e levo até o quarto, quando eu chego ela já está acordando. Coloco a bandeja sobre a cama e vou dar um beijo de bom dia nela.

   _ Eu não sabia que cozinhava, meu amor._ fala maravilhada com o que preparei_ Não precisava ter todo esse trabalho por minha causa.

   _ Não foi trabalho nenhum._ sirvo um pouco de café pra ela_ Eu aprendi a cozinhar quando tive que morar sozinho. Nem sempre tinha dinheiro pra comprar tudo pronto._ ela fica séria_ Pensando no seu pai?

   _ Pois é, eu mal dormir essa noite pensando nele._ fala colocando a xícara outra vez na bandeja.

   _ Eu notei, mas não precisa se preocupar ele está em boas mãos._ acaricio o seu rosto_ Se quiser depois do café podemos ir até  o hospital para fazer uma visita._ ela assente_ Então come tudo e depois vamos.

   Enquanto ela estava terminando de lavar a louça eu fui tomar o meu banho pra ir adiantando as coisas, quando termino o banho é a vez dela. Depois de prontos pego o carro e vamos até o hospital.

   Ainda não era horário de visitas quando chegamos mais usei a minha lábia com o segurança que é um amigo e nos deixou entrar. Pegamos os nossos crachás e nos dirigimos ao quarto onde o Roberto está internado.

Um Amor InesperadoWhere stories live. Discover now