Sem Scott, eu me tornava a presa perfeita para esses idiotas que se divertiam fazendo bullying. Nem parecia que estávamos na faculdade, eles pareciam mais um bando de adolescentes do primário.

— Hey, florzinha... Responde! — Ordenou Owen dando murros na porta. Minhas pernas quase falharam.

— Me deixem em paz... O que foi que eu fiz pra vocês? — Questionei sentindo minha voz sair anasalada, droga!

— Tá chorando florzinha? Oh, coitadinha... Rapazes, acho que temos que cuidar muito bem dessa pobre bichinha... Que tal? — Owen questionou e os outros riram de modo cruel. De repente uma chuva de papéis sujos caiu sobre a minha cabeça, eles atiraram uma cesta de lixo sobre a abertura do cubículo lá em cima. Ignorei e simplesmente tirei os papéis do meu corpo com nojo.

Foi aí que meu terror começou, eles começaram a esmurrar e a chutar a porta com tudo, no intuito de abri-la, estavam quase quebrando um património da escola.

Tentei me manter firme, mas eles eram mais fortes, minhas pernas moles falharam e a porta se abriu.

Usei meus braços para me proteger dos socos e chutes dos três. Eles vieram pra cima de mim com tudo, e apesar de não estarem batendo forte o suficiente para me nocautear, ainda assim doía.

— O que vamos fazer com ele? — Preguntou o mais baixinho dos três, seu nome era Oliver.

— Que tal a gente ajudá-lo a se hidratar? O vaso sanitário do lado tem até uma surpresinha para ajudar. — Disse o outro que se chamava Noah, estremeci de medo e repulsa com sua fala.

Essa não era a primeira vez que eu passava por algo assim, já enfiaram a minha cabeça na privada antes. A sensação foi terrível, parecia que eu ia morrer afogado a qualquer momento.

— Não... Eu tenho uma ideia melhor. — Disse Owen ao me puxar pra fora do cubículo pela nuca. Fui atirado ao chão do banheiro ouvido risos de escárnio dos três.

Owen então foi até o último cubículo do banheiro, onde os funcionários guardavam o material de limpeza. Fiquei estático sem saber o que ele ia fazer. Será que ia me dar uma surra com a vassoura? Me forçar a beber um dos frascos de limpeza? Já nem sei o que esperar, esses caras não parecem ter noção dos seus atos.

Ele então retornou com a escova do vaso sanitário, medindo em suas mãos o comprimento do cabo de madeira.

— Até onde vocês acham que isso aqui entra na bunda dele? — Ele questionou com uma risada cruel e meu estômago gelou completamente. Os outros dois riram da ideia e eu senti a bile subir por minha garganta de forma ácida.

— V-vocês não podem fazer isso... — Falei sentido as lágrimas se acumularem em meus olhos.

— E quem é você para nos dizer o que podemos fazer? — O mais baixo me chutou.

— I-isso é estupro... — Falei trêmulo.

— Verdade? Então processe o esfregão quando isso acabar, pois é ele quem irá te estuprar, não nós. — Noah riu alto e os outros dois acompanharam.

— Tirem a calça dele — Ordenou Owen, meu coração quase saiu pela boca, eles não iam mesmo fazer isso, iam?

Fui agarrado pelos braços e entrei em pânico, eles não podiam estar falando sério. Isso estava indo longe de mais.

Os dois brutamontes me viraram de costas para Owen, ainda me segurando pelos braços, então senti que alguém segurou o cós da minha calça jeans e tentou abaixá-la. Foi aí que percebi que isso era sério, eles iam mesmo fazer isso.

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