C1 - Trabalho

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Costumava me sentir segura nas salas de aula. Lauren costumava sentar-se no fundo, então eu apenas a evitava me sentando na primeira carteira, onde eu sempre estaria sob os olhares atentos e cuidadosos dos professores. Eu apenas passava as aulas ignorando os comentários estúpidos de Lauren, não entendia o porquê deles e me esforçava para não me deixar atingir.

Lauren sem dúvidas muito popular e querida por muitos, era uma das garotas mais bonitas que já havia visto. Não me lembro ao certo quando havia a conhecido, Lauren sempre esteve ali, mas nós últimos dois anos estava transformando minha vida em um verdadeiro inferno. É a garota mais disputada da escola, mas sempre pareceu ter uma queda por todos os meninos que já demonstrei algum interesse.

Dinah costumava dizer que Lauren morria de inveja de mim, mas eu mais uma vez não entendia. O que em mim aquela garota poderia desejar tanto e não ter?

Dinah era minha melhor amiga desde que me entendia por gente, ela tornava meus dias bem mais fáceis, era uma das únicas pessoas que conhecia que não se intimidava toda vez que a garota dos olhos verdes decidia por suas garras para fora.

Levantar todos os dias e saber que sairia de casa para suportar Lauren Jauregui era a terrível realidade que vivia.

— Está bem, querida? – meu pai perguntou enquanto parava o carro em frente à escola, fazendo meus pensamentos distantes serem trazidos para o presente.

— Sim... Eu só...– começo uma fala insegura, não iria falar sobre Lauren, era uma bobagem – Estou cansada. – completo encarando o olhar preocupado do homem pelo retrovisor.

— Você passa tempo demais no celular, hoje deveria tentar dormir um pouco mais cedo. – ele diz num tom compreensivo.

— Eu vou tentar... – digo com um leve sorriso no rosto enquanto encarava o colégio do lado de fora do carro.

— Você vai se atrasar, querida. – o homem diz ainda mantendo contato visual pelo vidro retrovisor.

— É que... – Lauren me esperava do lado de fora do carro, não gostaria de encará-la tão cedo. – O senhor se lembra quando me levava até a porta da escola?

— Me lembro que você sempre chorava quando tinha que sair dos meus braços, por que? – ela pergunta com um leve sorriso nostálgico.

— O senhor se importaria de me levar até a porta da escola hoje?"

O homem apenas sorri e desliga o motor do carro, saindo do veículo e em seguida abrindo a porta traseira para que eu saísse, e assim eu faço. Lauren lança um leve sorriso debochado ao me ver segurar a mão de meu pai que me conduzia rumo à porta de entrada.

— Bom dia, tio. – ouço a voz de Dinah atrás de nós.

— Bom dia, DJ. – ele responde de forma simpática.

— Mila não queria entrar em sala hoje não? – ela pergunta de forma divertida.

— Mila está tão carente que não me surpreenderia se ela me pedisse para assistir às aulas com ela. – ele responde no mesmo tom, fazendo Dinah e eu rirmos. – Por onde anda aquele seu namoradinho, Austin? – ele pergunta de forma inocente.

— Papai, Austin e eu terminamos...– digo encarando meus tênis gastos. Logo sinto algo bater com força contra meu corpo, me fazendo dar alguns passos para o lado.

Viro meu rosto depressa para ver o que estava acontecendo e esbarro com os verdes e gélidos olhos de Lauren, a garota tinha as mãos entrelaçadas as se Austin.

— Opss... – ela exclamou com um leve sorriso vitorioso. – Me desculpe, eu não vi você.– ela disse como quem queria dar a entender que eu era invisível.

Enquanto Houver SolOnde as histórias ganham vida. Descobre agora