Capítulo 30 - Um bebê real

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Anastásia

Não tenho ninguém.

Estou sozinha.

Começo a sentir uma dor emocional me abater ao pensar em estar sozinha, apenas eu e meu bebê.

Preciso falar com Christian.

Disco o número do meu ex- namorado, em busca de que ele atenda.

Não sei o que vou lhe dizer.

E se ele não aceitar o bebê?

Questionar a paternidade?

- Alô? Ana? -pergunta um Christian ansioso atendendo o telefone.

Não sei o que dizer.

Oi Christian, estamos separados a uma semana mas preciso te contar que temos um bebê de mais ou menos um mês dentro da minha barriga.

- Ana? Por favor, responde.

Começo a chorar ao me dar conta de como essa notícia é grande e pode o deixar abalado.

Encerro a ligação sem o responder. Não posso lhe contar isso agora, quando nem eu mesma pensei sobre esse assunto.

(...)

- Ana? O que aconteceu? Recebei seu recado e estou preocupada com você - diz Kate assim que abro a porta do apartamento.

Ela caminha nervosa enquanto me encara, esperando que eu diga algo.

- O que foi Steele me conta, você está com uma doença grave?

Eu tenho um grão na minha barriga.

Um caroço de pimenta.

Que vai me chamar de mamãe.

- Me desculpe por te assustar é que eu não sabia o que fazer ou pra quem ligar.

Me sento no sofá e solto um suspiro.

- Então me conta - pede se sentando ao meu lado.

Encaro Kate que tem uma expressão cuidadosa no rosto, ela está assustada.

- Kate, eu estou esperando um bebê. - digo e minha voz começa a falhar.

- Eu estou grávida - digo começando a chorar.

Meus olhos doem depois de derramar tantas lágrimas e minha cabeça começa a doer.

Kate me encara com os olhos arregalados enquanto me vê chorar a sua frente.

- Meu deus - solta sem acreditar.

- O que eu vou fazer Kate? Eu não sei nem cozinhar, meu filho vai comer o que?

- Ana, você vai ser mãe - diz o óbvio com sua voz estridente.

- Eu sei Kate eu vi meu bebê hoje, dentro da minha barriga.

- O Christian já sabe?

- Não, nem sei como contar pra ele. - digo secando as lágrimas cansada de chorar.

- Você vai contar pra ele né?

- Eu não sei.

- Como? Ele é o pai Ana.

- E se ele não quiser? O que eu faço? Eu não ganho muito, sei que filhos gastam e dão trabalho não quero carregar essa mágoa de que ele não aceitou nosso filho.

- E você acha que se não contar ele vai descobrir sozinho que tem um filho e assumir? - pergunta e eu não respondo. 

Minha vida está de ponta cabeça, me sinto em um brinquedo de um parque de diversões girando e sendo chacoalhada.

Meu Grande AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora