Capítulo 58 - Em pé de guerra

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Christian

Acordo no sofá da sala, encolhido no pequeno espaço que não abriga meu corpo de forma confortável.

Automaticamente lembro da briga que tive com Ana. Bom na verdade não foi uma briga, foi um interrogatório onde não importava a resposta que eu desse, eu seria acusado de um crime.

E o crime no caso foi traição, o que eu não cometi e nem cometeria nunca pois eu a amo mas acho que no auge de sua raiva, Ana se esqueceu disso.

O relógio da cozinha me diz que já é hora de me levantar e me arrumar pra ir pra empresa porém meu corpo pede mais horas de sono.

Me levanto e caminho até o quarto que divido com Ana do qual fui expulso ontem, mexo na maçaneta e percebo que a porta esta trancada.

Caramba ela achou que eu fosse tentar entrar de noite nas pontas dos pés e dormir ao lado dela?

Bato na porta e chamo por Ana em busca de que ela tenha piedade de mim e abra a porta.

- Ana? Abra a porta por favor, preciso me arrumar pra ir pra empresa.

Momentos depois ouço passos e logo a porta se abre.

Ana esta de camisola e com o rosto amassado, parece sonolenta e linda.

Tenho vontade de abraça-la e enche-la de beijos mas provavelmente ela se esquivaria e jogaria o abajur em mim.

Ela se deita na cama de novo e se cobre enquanto eu a encaro, ainda parece brava quando resolve me olhar nos olhos.

- Não vai falar comigo? - pergunto e ela não responde.

- Parece que não - murmuro pra mim porém alto o suficiente para que ela ouça.

(...)

Anastásia

AQUELE FILHO DA MÃE!

CARA DE PAU!

Mente pra mim e se acha no direito de falar comigo como se nada tivesse acontecido.

Depois de expulsa-lo do quarto ontem e refletir um pouco, cheguei a conclusão de que Christian não me traiu, embora eu tenha achado isso num momento de ciúme e raiva.

Ele não estava cheirando a perfume de mulher, nem tinha manchas de batom ou coisa parecida em sua camisa.

Mas sei que ele esta mentindo.

Ele nunca chegou tão tarde e não me lembro dele bebendo em algum lugar que não seja o bar, ou apartamento.

Quando o acusei ele não parecia culpado, não de fato. Parecia estar escondendo algo mas não era alguma vadia e seus seios enormes, era algum assunto do qual ele não quer que eu faça parte e isso me entristece.

Enquanto ele não me disser a verdade, não irei falar com ele.

E o conhecendo, sei que ele não vai aguentar ficar sem falar comigo por muito tempo.

Obrigo meu corpo a sair da cama quentinha e convidativa e caminho até o banheiro do quarto de hóspedes onde tomo banho enquanto penso em mil maneiras diferentes para fritar o pau de Christian.

Por algum motivo ele demora um século pra sair do banheiro e se arrumar, quando chega a cozinha já estou pronta vestindo meu melhor vestido de Anastásia elegante sentada a mesa da cozinha, comendo as panquecas que a Sra. Jones preparou pra mim.

Ele me encara e se senta pegando o bule de café.

- Seu cabelo esta muito molhado, você vai acabar ficando gripada.- comenta e não respondo.

Meu Grande AmorDove le storie prendono vita. Scoprilo ora