Prólogo

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Por Clara

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Por Clara

Como tudo pode mudar tão rápido?

Em um momento você está abrindo a porta do seu carro estacionado na garagem do seu prédio pensando no milhão de coisas que tem de fazer antes do almoço e, em um piscar de olhos, acorda jogada em um colchão fedendo a imundície e com um peso no tornozelo, uma corrente.

Gritar. Chorar. Tenta se soltar. Perdi pelo amor de Deus que tudo seja um pesadelo?

Nada disso adiantou.

Fui sequestrada há dois dias e mantida presa nesse lugar no meio do nada, sei que é no meio do nada porque há buracos em todo lugar que se olha. Só vejo mato e mais mato por essas crateras na madeira velha que mau consegue sustentar a cabana em pé.

Até agora ninguém apareceu, estou com medo deles não voltarem e eu morra de fome, mas estou com ainda mais medo deles voltarem e a minha morte ser bem mais cruel.

Estou entre morrer de fome ou sendo violentada, vou ficar com a terceira opção, o milagre. Tenho esperança que sairei dessa bem.

A corrente que esta presa ao meu tornozelo me dar uma certa mobilidade, posso me movimentar por um raio de um metro e meio, me dando mais acessibilidade ao barril cheio de água e ao balde que deixaram para as minhas necessidades.

Estou com medo de passar mais uma noite aqui e pela claridade já está quase anoitecendo e eles ainda não vieram, e para a minha total frustração nenhum milagre aconteceu.

Cara!
Cadê os homens bonitos da SWAT?
Ou os mal humorados do FBI?
Ou a guarda-florestal?

Será que vou ter que dá de canibal e comer meu tornozelo para escapar. Penso nessa opção que veio como brincadeira, mas pode dar certo...claro que não!

Tenho um grande problema, toda vez que fico nervosa começo a divagar sobre coisas completamente estranhas, e por causa disso já me meti em muitas confusões. Meu pai diz que sou doida, uma maluca amável. O que seria da gente sem nossos pais para levantar nossa estima? Tenho sorte que o meu (mente) muito bem, tem vezes que quase consigo acreditar nele, fico por um tris.

Paro de perder tempo com meus pensamentos bobos quando escuto barulho vindo lá de fora, portas baterem, o som da conversa chega aos meus ouvidos, pelo que posso escuta, não são os mocinhos.

— Onde está você milagre? Agora seria um bom momento para você se apresentar. Não vou ficar chateada com a demora, pode vir.

Olho para todos os lados na esperança de alguma coisa acontecer, mas nada acontece a não ser ver dois dos bandidos entra porta adentro.

— Gostosa, seu papai foi muito bom, pagou seu resgate sem reclamar e fez tudo como mandamos.

— Posso ir para casa agora?

NOX Novas Espécies  (Concluído)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora