|18| The Day That Never Comes | Charles Xavier | Parte 3 |

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🔸Seu Nome🔸

Espero que você veja bem através das minhas paredes
Espero que você me segure, pois eu já estou caindo
Eu nunca vou deixar o nosso amor se aproximar tanto


Coloquei meus braços contra o meu peito e fechei meus olhos, tentando tirar toda a preocupação de dentro de mim. Eu estava muito irritada comigo mesmo, pois eu não sabia o que fazer.
A

bri meus olhos lentamente com a batida na porta. Respirei fundo e me virei, sentando-me na cadeira.


— Entre! — falei, encostando-me no estofado.

O rosto de Logan surgiu assim que a porta foi aberta. Ele sentou-se a minha frente e me encarou. Aquele homem sabia exatamente quando eu estava com problemas.

— O que se passa? — perguntou, examinando a sala.

— Ellie os viu, Logan. — mudei meu foco para ele, que me encarava atentamente — Eles não vão nos deixar em paz até que todos estejamos mortos. Quantos vocês perderam lá? Nunca é o suficiente.

— Você precisa se acalmar. — ele disse, ainda me observando — Não se esqueça de que quando está nervosa, não tem controle o suficiente sobre seus dons.

— Eu vou manda-los embora. — me levantei, caminhando até a estante e pegando um livro — Não posso deixar que eles paguem pelos nossos erros.

— A culpa não é nossa, não é de ninguém. — coçou a cabeça — Você precisa entender que uma hora ou outra, eles terão de lutar. É a nossa espécie que está em jogo.

— Mas e as mortes Logan? Eu não posso deixar.

— Faremos o possível para que isso não aconteça, mas se não os enfrentarmos agora, no futuro ficará pior.

Soltei um grunhido, o que fez a jarra de água ser quebrada. Logan olhou de mim para os cacos de vidro e balançou a cabeça, levantando-se.

— Você está atrasada para a aula, professora. — falou, deixando-me sozinha.

Peguei o meu celular e coloquei no meu bolso, caminhando para fora da sala.
Os jovens já estavam em suas aulas normais e o único som que podia ser ouvido nos corredores, era o da minha bota. Caminhei para o lado externo da casa e me aproximei do grupo de pessoas que me esperavam debaixo da árvore central. Eles ficaram eretos assim que cheguei e esperaram por alguma instrução.

— Desculpem pelo atraso pessoal, mas ser a responsável por isso tudo aqui tem suas desvantagens. — dei um sorriso — Nós paramos no estágio três, estou certa?

Alguns garotos assentiram e então comecei a aula. Em meio a tanta preocupação, eu me distrai podendo ensinar a eles o que eu aprendi nos meus anos iniciais na escola. Estava me sentindo um pouco mais leve, podendo dar o melhor de mim aqueles meninos.
E

u estava de frente para a casa, olhando para cima ao ver um dos meus alunos flutuando no ar quando eu o vi parado em frente a janela de vidro, observando tudo o que fazíamos.
Meu sorriso murchou na hora, pois eu não esperava por isso. Coloquei uma das mais em minha testa, tampando os raios solares que vinham de cima para poder enxergar melhor.

Charles notou que eu o tinha visto e deu as costas para mim, saindo do meu campo de visão. Meu sangue ferveu e a única vontade que eu tinha agora era ir até lá e dar vários tapas naquele rosto gordo para ver se ele acordava para vida, mas eu me contive. Só que eu não iria deixar barato não.


O horário de aula chegou ao fim e com isso dispensei meus alunos. Tomei coragem o suficiente e me dirigi até lá, fazendo o mesmo caminho que eu tinha feito quando eles chegaram, só que dessa vez para o lado contrário. Subi as escadas de dois em dois degraus e literalmente corri pelos corredores, não pensando duas vezes ao invadir o quarto dele.


— Qual é o seu problema? — alterei o meu tom de voz, abrindo a porta com rispidez. Parei no meio do quarto com as mãos na cintura e esperei que olhasse para mim — Diga-me Charles, o que você tem contra mim? — ele virou-se para mim e fechou os olhos — Não ouse usa-los em mim.

Minha voz saiu como um sussurro, o que o fez abrir suas pálpebras. Ele conduziu sua cadeira em minha direção e parou a centímetros de mim .

Você coloca seus braços ao meu redor e eu me sinto em casa

Nós nos encaramos por longos dois minutos. Cento e vinte segundos que pareciam uma eternidade. A medida em que o tempo passava, eu sentia que ele me examinava minuciosamente dos pés a cabeça. Soltei minha respiração que até então eu não sabia que estava prendendo e diminui definitivamente a distância entre nós, repetindo a cena de três meses atrás.
S

entei-me no seu colo e encostei a testa na sua, fechando os olhos e sentindo todo o meu coração se encher de alegria. Um sentimento que eu nunca tinha sentindo antes: reciprocidade.


Meu amor por ele era recíproco.

— Por que, Charles? — afundei meu rosto em seu pescoço e o abracei — Você sabe o quanto eu sofri? O que eu passei para tentar manter o que você construiu?

— Eu sinto muito Seu Nome. — ele disse, repetindo o mesmo gesto que eu — Nunca deixei de pensar em você, meu amor.

— Eu sei que isso tudo te mudou, você acha que eu não mudei também? Mas eu me agarrei a esperança de que quando você voltasse, tudo ficaria bem. E agora, o que eu devo fazer? Eles estão vindo e eu não tenho um plano para tira-los daqui.

— Você comandou muito bem a situação professora, acho que tem capacidade o suficiente para resolver isso. — buscou meus lábios, fazendo-me esmaga-los com tanta intensidade que poderiam ficar doloridos mais tarde.

Nós continuamos abraçados, matando a saudade por mais um tempo e esquecendo que estávamos entrando na maior roubada da nossa vida. Eu nunca pediria para meus alunos lutarem, mas iria expor o que iria acontecer e quem decidisse ficar ao nosso lado, seria muito bem vindo.

Olhando para os olhos azuis de Charles, eu soube que tudo ficaria bem independente do que acontecesse. Ele estaria comigo e eu com ele, lutando por um mundo mais justo e principalmente por manter a nossa espécie, os mutantes, vivos.

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O próximo será com o Mercúrio, a pedidos.

Um beijo e até a próxima!
❤️


Imagines Heróis Vol.1Where stories live. Discover now