| 15 |Look What You Made Me Do|Frank Castle/Justiceiro|

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🔹Seu Nome🔹


Deslizei pelo chão de madeira, escondendo-me atrás das prateleiras gigantescas com caixas e mais caixas.
Minha respiração estava alterada, assim como as batidas do meu coração. Minha crise de pânico só crescia a cada minuto que eu passava naquele lugar imundo. Eu venho passando por problemas psicológicos a meses, mas acredito que só um choque realmente forte pode acabar com tudo isso.
O que me deixa realmente irritada é que eu deveria ter escutado meu "eu interior", e nunca sequer na minha vida ter me envolvido com Frank Castle.

Só que a gente não manda nas coisas do coração, não é? Inclusive quando ele decide amar um cara completamente errado, que ao mesmo tempo faz coisas certas. Frank é do tipo que não se apega, mas faz de tudo por uma pessoa que gosta. Ele se importa comigo e eu me importo com ele, mas a ideia de ficarmos juntos por um prazo longo, nunca passou em nossas cabeças.
Dizem que relacionamentos que começam em circunstâncias extremas não duram. No nosso caso, é totalmente ao contrário, já que não temos um relacionamento concreto, apesar de seus inimigos acharem que sim.

— Tenho que sair daqui. — sussurrei, tomando coragem para correr o mais rápido possível.

E corri. Corri como se nunca tivesse corrido antes. Pensei até que estivesse em uma maratona, mas eu só sei que a minha liberdade estava por vir e esse sofrimento todo, esses cortes, essas queimaduras todas, ficariam no passado como uma lembrança de que isso era o que acontecia com quem ousasse entrar no caminho de Castle.
Tive que parar por um momento, não aguentava mais minhas pernas. Meu pulmão gritava por ar, estava queimando. Meus pés pediam descanso e meu corpo também. Só faltava um pouquinho e eu estaria longe daqui, mas quando voltei a correr, fui acertada por um soco no rosto no meio do movimento.

Não sei de onde surgiu aquilo, só sei que eu estava olhando fixamente para a saída e do nada, estava estirada no chão, com o nariz sangrando feito cachoeira. Minha visão começou a ficar embaçada e minha cabeça parecia que ia explodir. Fechei meus olhos tentando pegar impulso para levantar, mas eu não conseguia mexer um músculo sequer. Meus ossos estavam doendo, fazendo meu corpo parecer chumbo.

— Você achou que poderia se livrar de mim? — a voz do meu torturador entrou na minha consciência — Eu disse que você pagaria por todos os pecados que seu namorado cometeu gracinha. — sorriu diabolicamente.

Naquele momento, eu rezei. Nunca tinha rezado antes. Pedi a Deus que me livrasse dessa e me deixasse ir pra casa. Eu só queria descansar e fingir que tudo isso não aconteceu. Eu sabia que se tentasse fugir e eu fosse pega, as consequências seriam mil vezes maiores. Estou sentindo na pele nesse exato momento.
O homem perfura minha ferida com uma caneta e ri, enquanto eu urro de dor. Minha vontade era de acabar com tudo. Se eu tivesse algum poder, tiraria a vida desse infeliz sem pensar duas vezes. Mas como sempre, eu não sou um Luke Cage e muito menos uma Jessica Jones da vida. Eu sou apenas eu, Seu Nome. A garota que tinha tudo para se dar bem na vida, mas escolheu o caminho errado.

— Deixe-me em paz. — supliquei, chorando — O que você tem com o Justiceiro não é da minha conta.

— É da sua conta a partir do momento que entrou no caminho dele. — pegou no meu calcanhar e me arrastou, deixando um rastro de sangue por onde nós passávamos.

Quando chegamos ao centro daquele lugar, ele prendeu minhas mãos em uma corda que estava amarrada numa corrente e a puxou para cima, deixando-me suspensa no ar. Minha barriga estava a mostra, cheia de ferimentos e cortes.
Não sei quanto tempo eu fiquei aqui. Pareciam semanas, uma eternidade. Meus braços estavam cansados, meu corpo estava cansado. Eu estava exausta. Aos meus pés havia uma poça de sangue, era possível ver o meu reflexo nela. Meu rosto estava irreconhecível, minha boca está inchada e não dava para ver o meus olhos. Não sei como estou conseguindo enxergar.
Mais horas se seguiram e a cada minuto que passava, eu sentia meu corpo ficar cada vez mais mole, pedindo para parar. Meus batimentos estavam diminuindo e a vontade de dormir estava querendo me consumir. Eu não consigo aguentar nem mais um segundo nisso aqui.

Imagines Heróis Vol.1Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz