|2| As Long As You Love Me | Tony Stark/Homem de Ferro |

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🔸Tony Stark 🔸

Conectei meu iPod no aparelho de som e busquei pela minha playlist que escutava todas ás vezes que eu precisava espairecer. Não que eu estivesse totalmente entediado ou irritado por estar nessa vida medíocre, mas eu faria o que sei fazer de melhor.

Iria criar!

Thunderstruck do AC DC soou pelos altos falantes da oficina. Coloquei os óculos de proteção e peguei o soldador, começando o meu trabalho na minha mais nova armadura.

Os acontecimentos de Nova York invadiram a minha mente. Meu corpo caindo descontroladamente pelo céu depois do portal ser fechado, minha armadura falhando no momento em que eu mais precisava dela, todos esses fatos não saiam de mim a quase três meses.

A noventa dias eu não conseguia dormir e todas as noites eu tinha pesadelos. As olheiras em meu rosto denunciavam minha insônia, enquanto as tremedeiras falavam por si só o tanto de cafeína que eu tomava.

- Tony? - a voz de Seu nome invadiu a oficina, despertando-me dos meus devaneios - Dê pause Jarvis.

A música parou de tocar e os saltos que ela usava era o único barulho presente.

- Tem como você olhar para mim? - questionou e eu podia jurar que ela estava com os braços cruzados na altura do peito e as sobrancelhas levemente arqueadas - Anthony?

Larguei o ferro de solda em cima da bancada e me virei para trás, vendo ela exatamente do jeito em que eu descrevera. Soltei um suspiro longo e deixei meus braços penderem na lateral do corpo. Sua postura mudou completamente e novamente o barulho de seus saltos ecoaram. Quando percebi, ela estava parada na minha frente, passando suas mãos pelos meus ombros.

- Desculpe. - foi a única coisa que eu consegui falar.

- Você precisa dormir, nem que precise tomar um remédio para que isso aconteça. - olhou-me - Tony, eu preciso do meu marido de volta.

Me dei conta de que eu estava tão conturbado com os meus problemas que me esqueci completamente que tinha uma pessoa que me amava dormindo ao meu lado todas as noites. Eu era culpado por não dar atenção a ela e simplesmente por deixar que nosso relacionamento fosse para o ralo.

Coloquei minhas mãos em sua cintura e a puxei para um abraço, beijando o seu ombro.

- Eu realmente sinto muito, amor. Não consigo controlar as lembranças que me assombram todas as vezes que coloco a cabeça no travesseiro, Seu nome. Eu sei que isso anda atrapalhando e muito a nossa relação, mas eu simplesmente não posso deixar que mais pessoas paguem por todos os erros que cometi naquele dia.

- Você não é o culpado Tony. - colocou suas mãos na lateral do meu rosto - Ei, não deixe que isso destrua o que temos. Não precisa também me dar atenção vinte e quatro horas por dia, mas eu sinto sua falta. Quero meu marido na cama comigo, nas festas, nos jantares, nos almoços. - sorriu - Dei a você três meses, não acha que já está na hora?

Seus olhos brilhavam, possivelmente imaginando as nossas noites de farra.

- O que acha de sairmos hoje a noite para jantarmos? - perguntei e ela sorriu, beijando-me.

- Eu topo, mas...você precisa dormir antes. - sussurrou em meu ouvido, passando por mim e me empurrando delicadamente até a porta de vidro da garagem.

***

Ela sentou-se na cadeira a minha frente assim que voltou do toilette. Seus cabelos escuros caiam perfeitamente em ondas sob seus ombros, e seus olhos observavam atentamente cada detalhe daquele lugar.

- Você está quieta demais Seu nome. - cruzei as mãos em cima da mesa e abri um sorriso, vendo sua careta - Vai querer sobremesa ou posso pedir a conta?

Ela sorriu e imitou a minha posição, atribuindo ao seu perfil uma superioridade.

- Pode fechar a conta. - piscou, buscando algo em sua bolsa.

Ergui a mão chamando o garçom e pedi a conta. Entreguei a ele o cartão de crédito e me preparei para levantar, mas suas palavras me atingiram como um soco. Sentei-me novamente.

- Preciso conversar com você. - seu tom de voz era sério e por um momento, achei que as palavras que eu tanto temia iriam parecer agora. - Não se preocupe, não vou pedir o divórcio. - riu, pegando em minha mão - Você precisava ver a sua cara, amor.

Soltei a respiração que eu não tinha percebido que estava presa e apertei sua mão, sorrindo da minha possível feição de susto.

- Eu juro que pensei que você pediria a separação. - falei, acariciando sua pele com o polegar - O que gostaria de falar?

- Eu não sei se você vai ficar feliz, mas eu queria que saiba que eu estou feliz.

- Não enrola querida. - fiz cara de tédio e ela soltou um riso nervoso. Quando a Seu nome ria desse jeito, ou ela estava com medo de me falar por talvez eu reagir mal, ou estava confusa. - Amor, me conta.

Ela fechou os olhos por alguns segundos e tornou a abri-los quando sua respiração se normalizou.

- Estou grávida. - falou e senti o meu chão se abrir.

Grávida? Como assim?

Minhas pernas, mesmo eu estando sentado se amoleceram e meu coração tornou a disparar. Eu não conseguia descrever o que eu estava sentindo. Medo? Com certeza, mas desespero? Ele estava me dominando.

Desespero por não ser um bom pai. E se eu a machucar? E se eu machuca-los?

Não posso perder mais nada daqui pra frente.

- Eu te amo Tony e tenho certeza de que esse bebê também vai te amar. Você está com medo, eu estou com medo, mas temos uns sete meses e meio para nos prepararmos. Seremos país incríveis, não duvido disso.

Me levantei da cadeira e dei a volta na mesa, agachando na sua altura. Peguei suas duas mãos que estavam em seu colo e as segurei, encostando minha testa na sua barriga.

- Prometo que vou cuidar de vocês dois. Dou a minha palavra amor. - uma lágrima escorreu involuntariamente sobre minha bochecha.

- E eu sei que você irá cumpri-la.

Olá queridos, como vocês estão?

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Olá queridos, como vocês estão?

Eu estou ótima!

Bem, aí está mais um imagine para vocês. Espero de coração que tenham gostado.

Um beijo e até a próxima! ❤️

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