A Primeira Aula.

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— Bem, Sinuhe comentou comigo que Camila viria para que vocês estudassem um pouco esta tarde, - Ela pausou me puxando para a cozinha — então estou preparando uma torta de maçã para vocês.

Ah que droga!

— Quando foi que você falou com Sinuhe? – Franzi o cenho e roubei um pedaço de maçã antes de receber um tapinha na mão.

— Sempre conversamos, Lauren. Ontem ela passou no meu escritório para pegar uns papéis de um caso que estou passando para ela na empresa. – Ela disse séria, prestando atenção aos ingredientes.

Sinuhe Cabello também era advogada, e Alejandro havia conseguido um convite para ser o delegado do estado. Então ele saíra da empresa Jauregui, mas Sinuhe ainda trabalhava lá.

— Por que está passando o caso? – Perguntei um pouco receosa, minha mãe nunca negava um caso.

Ela levantou o olhar com um sorriso trêmulo.

— Ah, não quero pegar um caso tão longo. – Disse como se não fosse nada. – Recebi uma proposta recentemente do Tribunal da Justiça e talvez eu aceite, então...

Arregalei os olhos e pulei da banqueta agarrando a cintura da minha mãe.

— Isso é incrível, mãe! – Sorri abraçando-a.
Ela riu e me abraçou de volta.

— Eu sei, mas não há nada certo ainda.

Soltei sua cintura e dei a volta na mesa pegando minha mochila.

— Sim, mas de qualquer forma estou muito orgulhosa senhorita Clara Morgado. – Balancei as sobrancelhas fazendo minha mãe gargalhar.

– Vou subir tomar um banho.

—Certo, estou quase terminando. – Ela disse enquanto eu saía da cozinha.

Subi para o meu quarto e abri meu computador enquanto conectava, fui tomar um banho. Vesti uma calça larga de moletom cinza e camiseta vermelha com a bandeira do Canadá. Tentei não ficar ansiosa demais com a ideia de Camila Cabello na minha casa (isso não seria bom). Mas falhei miseravelmente, a verdade é que estava com medo dela tocar no assunto da festa, ou fazer alguma piadinha, ou me ameaçar, ou...

Parei de pensar quando ouvi minha mãe abrindo a porta da sala.

Pode subir, querida. Lauren está lá em cima.

Obrigada senhora... Clara – Sua voz hesitou um pouco.

Fechei a porta do quarto rapidamente e me joguei na cadeira, abrindo minha página no Twitter. Duas batidas leves e Camila passou a cabeça pela porta.

— Ahn, pode entrar. – Eu disse olhando para o cômodo, verificando se não havia alguma cueca, ou sutiã jogados.

Camila sorriu um pouco e entrou com a mochila nas costas.

— Olá. – Disse claramente desconfortável, mexendo na barra de sua mini saia jeans.

— Podemos estudar aqui, ou lá embaixo, se preferir. – Falei levantando da cadeira giratória.

Conqueror  G!POnde as histórias ganham vida. Descobre agora