32. Vi o jeito que você sorriu para ele.

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Aurora Grace.

Chicago, Illinois.

08:10 a.m, 06/10/2015.

No momento, Justin me empurra para dentro da minha casa enquanto temos paparazzis nos fotografando do lado de fora. É, voltamos para Chicago. Hoje. Justin e eu. Ele estava livre essa semana, e como tínhamos parado o tratamento, resolvi voltar. Estava tudo confuso pra mim, porque eu não sabia se teria que quebrar o contrato que fiz com ele, porque tecnicamente falando, Justin não precisa mais de mim. Então, isso significaria que eu podia voltar ao memorial, certo? Talvez ele ficasse aqui, não na minha casa, mas na casa que ele havia comprado, ou simplesmente voltaria para o Canadá ou merda que seja.

Na verdade, eu não queria bem que Justin se afastasse de mim. Eu já tinha me acostumado com ele.

Scooter tinha ido para o outro lado do mundo com a sua família, na Austrália, e ainda não sabe sobre a decisão de Justin. Não até amanhã. Nós decidimos contá-lo via Skype, o que obviamente faria ele ficar duas vezes mais irritado. Eu ainda odiava essa merda de decisão, e ainda tentaria convencê-lo a fazer a cirurgia, mas Bieber é cabeça dura, e já deixou bem claro para mim uns dias atrás que não aceitaria.

Nos bastidores da Ellen, três dias atrás, eu fiquei assistindo pela televisão todo o programa. Apesar de estar sozinha, eu senti minhas bochechas queimarem quando nossas fotos na praia apareceram. As respostas do Justin não me fizeram ficar totalmente chateada, de verdade, eu só fiquei um pouco envergonhada e levemente irritada pelo seu "solteiro e pronto pra pista", mas nada que alguns minutos não resolvessem. Os seguidores chegavam no meu Instagram em massa desde que Bieber postou a minha foto, e por isso tive que apagar minhas fotos com Enzo, Martin e Celeste. As pessoas são invasivas demais, e eu odiava isso.

Odiava a forma como Justin tinha a vida como um livro aberto. Eu entendo que o pessoal quer saber por onde ele anda e com quem, mas não tem necessidade dessa invasão toda. Elas poderiam ter mais respeito. E isso com certeza me acalmaria. O que me impediu de sair para caminhar com Bieber depois do programa, foi justamente essa atenção irritante. Mas eu estava tentando mesmo não dar bola para nada disso, assim como Justin faz. "Ignorar é o segredo. Você só precisa fingir que só tem eu e você, nada mais", é o que ele sempre repete. Não é fácil, mas eu faria um esforço.

— Toda vez que você sai pra tomar um café é assim? - bufo me sentando no sofá. - Eles não são muitos, mas são chatos pra caramba.

— Você fez uma cara engraçada quando eles perguntaram se nós estávamos namorando. - zomba. Isso foi verdade, eu não sei bem a expressão que fiz exatamente, mas com certeza não foi uma das melhores. - Você não é obrigada a responder as perguntas deles, baixinha, apenas deixe que eles falem.

— Isso você tira de letra. - reviro os olhos e Justin me olha brincalhão ao meu lado. - São quase doze anos lidando com esses malditos, mas não exija que eu faça isso do nada, mal sei lidar com suas perguntas, imagina com as deles? Eu estou me esforçando, portanto não me cobre.

— Acho que você evoluiu.

— Ah, claro. Mandar eles para o inferno foi realmente uma evolução, huh?

— Tirando isso, você foi bem. - gargalha. - Só precisa deixar a preguiça de lado e ir fazer algumas caminhadas comigo.

— Quem sabe no dia trinta e um de fevereiro? - debocho.

— Ridícula. Eu estive pensando em irmos na Trilha da Árvore da Sabedoria, nos montes de Hollywood. O que diz? - sugere e eu enrugo o nariz. - Você pode deixar um bilhete na árvore no final da trilha para si ou para Deus. É bem legal, e muito relaxante.

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