Capítulo XXIII: Orquestra Maldita

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A voz que falará antes era feminina, e para surpresa dos amigos que se encontravam ao lado não era a voz feminina que eles esperavam ouvir, não era aquela doce e carinhosa voz, mas sim uma voz abusada, ardilosa, de uma pessoa destemida e de grande atitude, e também a voz parecia jovem, talvez na mesma faixa de idade deles, foi o que eles pensaram.

— Quem está aí? — Perguntou Owen surpreso.

— Eu que te pergunto, rapaz, chegamos primeiro aqui, e você, acha que tem motivos para fazer-nos perguntas — Falou a voz.

— Chegamos? então tem mais pessoas aqui? — Perguntou Michaela curiosa.

— Sim, eu e meu namorado, e vocês agora, intrusos, pois saibam, que essa é a nossa casa e nós mandamos aqui, o que significa que vocês terão que seguir algumas regrinhas básicas de convivência, entende? — Falou a voz audaciosa.

— Sua casa? Suas regras? Você foi jogado aí, assim como nós, não tem nada de nosso aqui, tudo foi tirado da gente, inclusive o mais importante — Falou Owen um pouco nervoso.

— Claro, concordo com você, mas a gente chegou primeiro e nós mandamos aqui, queira você ou não, estamos entendidos?

— Nada tem de ser entendido, nós estamos presos, presos! — Owen Repetiu a última palavra furioso e continuou — Qual a parte de nada é nosso você não entendeu? tudo pertence aos monstro que jogaram a gente aqui.

— Nós se daremos muito bem, garoto, qual é seu nome? — Perguntou com certo deboche a voz misteriosa.

Owen fechou o punho em sinal de raiva e não disse mais nada, com pouco tempo, com aquelas poucas frases da garota, poderia saber qual era o caráter da garota e se recusou a fazer parte daquele joguinho que ela fazia.

— Você não precisa saber nosso nome, apenas nos diga onde nós estamos, e tudo fica bem entre a gente — Falou Alabama amistosamente.

— Muito mais educado que o de antes, quem sabe se você disser seu nome eu possa te dar informações úteis, quem sabe até falar onde a amiguinha de vocês estão.

— Éva... onde ela está? — Falou Michaela preocupada.

— Calma, querida, não é assim que a banda toca, primeiro vocês se submetem as minha regras e respondem minhas perguntas e depois, quem sabe, eu explico alguma coisa, certo?

— Sua desgraçada, é melhor...

— Meu nome é Alabama, o da Garota é Michaela e o do garoto é Owen, está bem assim? — Falou Alabama interrompendo o amigo antes que ele fizesse besteira.

— Eu sabia seus nomes, eu apenas estava brincando com vocês, nós se daremos muito bem aqui — Falou a garota gargalhando.

Owen se debatia de raiva na cela, socava o vidro com tanto ímpeto e ódio que nem sentia a dor resultante em sua mão. Estar preso não agradava ele nem um pouco, e ainda mais sem saber o paradeiro da amiga e com uma garota fazendo graça com tudo aquilo.

— Ah, quase me esqueci, a amiga de vocês está na cela ao lado da garota, pelo menos foi onde eu a vi ela pela última vez, Éva né, acertei? — Falou a garota rindo.

_ Que alívio saber disso, talvez esteja dormindo ainda, essa gosta de dormir — Falou Michaela suspirando aliviada e ignorando a garota.

Owen se tranquilizou um pouco apesar do nervosismo que vinha passando, todo seu plano de fuga do mundo que ele sempre quis tinha ido por água abaixo, estavam confinados em um lugar desconhecido, não sabia em que estado estava Nílton e ainda tinha uma garota fazendo pouco caso deles, tudo isso misturado gerava grande revolta no jovem rapaz.

RATIUS (Completo)Where stories live. Discover now