22º - Sabotagem tem gosto de gelatto de morango?

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"Porque talvez eu tenha puxado a corda de pânico (...) Talvez a culpada seja eu."

  ♡ Panic Cord - Gabrielle Aplin

(Apertem o play quando eu pedir! A música ajuda muito no momento! E leiam a nota final, é importantinha.)

                 (Capítulo Grande)
                   (6244 palavras)
          
                            (***)

Coraline olhava para Shawn como se ele fosse aqueles monumentos antigos de museu. Não, isso não era ruim na perspectiva da dela. Ao contrário. Era fascinante. McGraw amava essas coisas de arquitetura de séculos passados.

— Quando você vai estar livre? — Shawn pergunta. Aquilo fez a função de um estalo de dedos bem na frente do rosto da garota, além de soar bem clichê.

Ela comprime os lábios, ajeitando os óculos no rosto e formulando uma resposta que não fosse tão oferecida:

— Podemos dizer que depois de todo expediente. Minha vida não é extraordinária e lotada como a sua. — sua voz saiu mais mansa que o comum. Ela não queria deixar nada com duplo sentido.

— Depois do expediente de hoje? — ele pergunta, tentando transpassar tudo o que Cora dizia.

A cabeça da garota rodou como se fosse uma roleta premiada:

— Já? — foi a coisa mais patética do mundo a forma que a expressão dela ficou.

— Tem alguma coisa errada? — Shawn fica acanhado e sem graça, voltando a por as mãos no bolso — Porque se tiver, pode ser amanhã, ou depois, ou...

— Não! — Coraline acaba por cortar ele, aumentando o tom de voz em desespero. Shawn a encara e ela se dá uma bronca internamente — Pode ser hoje, claro. Mas é que...

— Mas é que... — ele encoraja.

— Não vai ser ruim pra você? Tipo, ficar arriscando em tão pouco tempo de intervalo. — McGraw fica na pontinha do pé por ansiedade.

Shawn solta uma risada fraca e nega com a cabeça. Os cabelos acompanham o movimento, fazendo Cora prestar atenção minimamente nos fios:

— Eu já disse que não vai mudar em tanta coisa. — ele passa a mão pelo alto da cabeça, fazendo a menina voltar a atenção para seu rosto, o que nem foi ruim.

— Não se importaria se fosse visto? — pergunta ela, sentindo seu interior ferver tipo aqueles vulcões de feira de ciências.

Shawn não se importava mesmo em ser fotografado. Ele prezava era pelo emprego dela. Sabia que Una não perdoaria. Não só ela. Tinham mais pessoas que achariam aquilo esquisito. Geoffrey e companhia.

Depois da conversa que tiveram sobre os duzentos empregos que Coraline já teve, Shawn aprendeu a entender o porquê da garota se esforçar e manter a dedicação naquele. Mas sabia também que, se ela quisesse, poderia fazer bem mais. Ser mais que aquilo.

— Não precisamos fazer nada que cause alardes. — ele sorri, sobressaltando as bochechas. Mendes ignorara todas as consequências, e nem imaginava o motivo.

Ai gente, que detalhe bonitinho esse dele!

— Tudo bem... — Cora acaba por dizer, como se tivesse saído de um transe específico ou algo do tipo — Eu queria conhecer Manhattan mesmo. — ela umedece os lábios subitamente, dando os ombros rapidamente.

Aquilo fez com que os cabelos dela caíssem para trás de seus ombros, revelando seu pescoço. O cheiro de fruta subiu. Shawn sentiu. Sentiria de qualquer forma.

coraline • shawn mendes (não finalizada)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora