Capítulo Vinte - Derrotados?

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Após o Delegado me entregar a maleta com todo o dinheiro que eu pedi pelo resgate da Brooke e eu contar nota por nota conferindo o dinheiro, eu andei em direção ao carro que eu havia pedido, eu ainda segurava a garota com a arma apontada para a cabeça dela. De vez em quando eu sentia o perfume de seus cabelos adentrarem em minhas narinas. As armas ainda estavam apontadas em mim. Segurei a maleta de dinheiro pela alça de metal e coloquei no carro. Haviam mais homens e eu não sei como iria me livrar ileso, mas eu sempre dei um jeito e não seria agora que eu deixaria tudo ir por água baixo. Empurrei a garota em direção ao pai, ela chorava e o abraçou tão forte que eu pude sentir a falta de ar que ele sentia. Nessa altura, eu já estava acelerando o carro para a estrada de terra. Como eu imaginava, viaturas da polícia me seguiram, olhei para o manômetro de gasolina e indicava que aquela porra iria acabar logo. Olhei para o retrovisor e dois carros estavam logo atrás de mim. Caralho.

Eu acelerei ainda mais o carro - se é que seria possível - eu usaria a gasolina até as últimas gotas.

Era óbvio que aquilo não passava de uma armadilha pra cima de mim, obviamente o carro estava sendo rastreado e eu não podia ir pra casa ou pra qualquer lugar que a Brooke tinha frequentado junto comigo nesses últimos dias.

Tirei o celular do bolso da minha jaqueta e disquei o número do Jeremy, chamou, chamou e ninguém atendeu. Liguei mais uma vez e deu caixa postal. Porra.

Abaixei minha cabeça quando escutei os tiros em direção do carro, os vidros da janela estavam espalhados pelo banco de couro escuro.

Foi então que o automóvel começou a diminuir a velocidade. Olhei para as árvores ao redor da estrada e tentei ligar para o Alex, Chris ou qualquer um que tivesse na minha lista de contatos, porém fui ignorado em todas as chamadas.

O carro parou no meio da estrada.

Olhei novamente para as árvores, ninguém conhecia aquela floresta melhor do que eu. Peguei a maleta de dinheiro e sai correndo o máximo que eu podia.

Alguns policiais já tinham saído de suas viaturas e os tiros ainda eram disparados contra mim.

O barulho das folhas das árvores contra o vento e os gravetos que quebrei no caminho por conta dos meus passos firmes e apressados faziam meu sangue ferver ainda mais pela adrenalina.

Atirei algumas vezes em um dos policiais mas infelizmente não acertei o filho da puta.

Meus pulmões precisavam de ar mas eu não podia parar até achar um lugar seguro.

- Não achou mesmo que eu deixaria você sair por cima e levar todo o dinheiro, achou? - O delegado apareceu em minha frente e em seguida mais quatro policias pularam de cima das árvores. Ele me deu um tiro na perna e eu gritei de dor, colocando a mão no ferimento para para estancar o sangue. - Isso é pra evitar que você fuja de novo. - Minha maleta estava no chão, junto com minha arma. Ele andou e pegou as duas. - A festa pra você acaba aqui, Justin Bieber. - Foi a última coisa que eu escutei antes de apagar.

P.O.V Brooke Stevens

Meu pai junto com alguns outros polícias haviam saído a mais de meia hora, o nervosismo e a ansiedade tomavam conta de mim durante o caminho até minha casa.

Será que eles tinham conseguido pegar o Justin? Ou ele conseguiu fugir? Estava ferido? Ou pior, tinha ferido alguém?

Aliás, nem sei o porque eu estar pensando tanto naquele filho da puta, por mim, que ele apodreça atrás das grades.

Eu estava preocupada mesmo era com o vídeo, havia outras cópias?

Sai do carro e respirei fundo antes de abrir a porta de casa, agradeci os policiais e pedi para que fossem embora.

The HijackersWhere stories live. Discover now