Capítulo Onze - Ele é um monstro.

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P.O.V. Brooke Stevens

Eu estava sentada no sofá observando o Justin, que por sinal era o maior grosso, eu estava começando a ficar com medo, desde a noite anterior eu me sentia em constante adrenalina, como se qualquer coisa fosse aparecer de qualquer lugar e me atacar, como aquele homem, que, por mim ele poderia estar muito bem morto. Justin me salvou mas pra que? Pra me dar uma coronhada na cabeça e me trancar dentro dessa merda que ele chama de casa? cabana? tanto faz.  Minha cabeça doía e a única coisa que eu queria era tomar banho, se bem que comer também seria ótimo.

- Vou morrer de fome ou preciso implorar pra você me dar alguma coisa pra engolir? - Cruzo meus braços, aquele lugar ficava cada vez mais frio. Justin riu e me olhou um tanto malicioso, foi aí que eu percebi a merda que eu tinha falado.

- Quer mesmo que eu dê algo pra você engolir? - Ele colocou as mãos no bolso da calça e eu me levantei do sofá abraçando meus braços numa tentativa falha de me esquentar.

- Eu estou falando sério, se me quer viva me dê algo pra comer. - Ele revirou os olhos e foi até uma parte da cabana, provavelmente a cozinha. Depois de poucos minutos ele voltou com algumas panquecas e mel acompanhadas com chocolate quente. Ok. Talvez ele não seria tão ruim assim.

- Come e cala a boca, e come rápido. - Curto e grosso. Ele me deu o prato e a caneca, eu devorei as panquecas, e em menos de cinco minutos eu tinha acabado.

- Caramba. - Justin olhou impressionado e olhou pro prato vazio. 

- Eu estava com fome. -Dei de ombros e cruzo minhas pernas.

- Vamos sair. - Ele foi até o quarto e voltou com uma jaqueta mais quentinha e a vestiu quando voltava pra sala. - Já andou de moto, ou a mimada só anda de limousine? - Ele pegou as chaves da moto e ficou diante da porta.

- Tá de brincadeira comigo né? Ta congelando lá fora! -Aumento meu tom de voz. 

- Acho melhor você ficar quietinha, minha paciência com você já está acabando. - Ele segurou firme no meu rosto e fitou meus lábios.- Acho que agora você vai começar a entender que quem manda aqui sou eu. - Ele soltou a mão que me apertava e foi buscar algo no quarto.

 Ele voltou com uma saco de pano preto e colocou aquilo na minha cabeça.

- Eu não estou enxergando Justin! Por favor! Eu vou acabar ficando sem ar aqui dentro. - Disse um tanto abafado e meus olhos encheram de lágrimas.

- Shh… Não precisa ficar com medo, mas se eu fosse você não falava mais nada, sabe como é né? O ar possa acabar mais rápido. - Ouvi uma risada prévia dele. Senti as mãos firmes dele no meu pescoço, as quais começaram a apertar e a me sufocar, a passagem de ar estava começando a ficar difícil. Em resposta, minhas mãos apertaram os pulsos dele, com toda minha força tentei fazer ele parar, mas foi em vão. As lágrimas já cobriam praticamente todo o meu rosto. Eu não iria pedir pra parar. Eu não implorava nada à ninguém.

- Eu quero que você implore por isso Brooke. - Ele tirou o pano da minha cabeça e sorriu ao ver meu rosto coberto pelas lágrimas, como ele conseguia ser tão perverso? - Quero que você implore pra mim parar.

 Meu rosto começava a ficar vermelho, conseguia ver meu reflexo logo atrás do Justin, meu estado era deplorável. Eu estava quase perdendo os sentidos quando finalmente gritei para que ele parasse. 

- Para Justin! Por favor para! Eu imploro! -Disse o mais alto que eu pude mesmo estando sem muito ar disponível em meus pulmões.

- Viu só? Era só pedir com carinho - Ele passou a língua entre os lábios e soltou as mãos do meu pescoço, tentei puxar o máximo de ar possível, tentar me recuperar o mais rápido. Eu queria fugir dali. Ele passou o dedão em meu rosto tentando limpar as lágrimas que escorriam. - Isso foi necessário, me desculpa, uh? - Virei meu rosto tentando fazer com que ele tirasse aquela mão podre de mim. Mas ele puxou minha cabeça de volta com a mão em meu queixo. - Não seja uma má menina Brooke. - Ele deu um tapinha na minha bochecha e esbarrou o dedão no meu lábio inferior.

Após isso ele deu dois passos para trás, e cruzou os braços sem tirar os olhos de mim. Minha respiração estava ofegante, eu ainda tentava deixa-lá normal.

- Entendeu o recado né? - Ele passou as mãos pelo cabelo, me pareceu que ele tinha se arrependido do que tinha feito, mas eu estava pouco me fodendo pro que ele sentia. Eu iria ferrar com a vida dele, nem que fosse a última coisa que eu fizesse na vida.

The HijackersHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin