Alex parou o carro nos fundos do meu antigo apartamento, havia morado ali mas o local está totalmente abandonado e vazio. O prédio é um pouco afastado da cidade e não tem muitos moradores, na verdade, eu diria que não mora mais ninguém. São cinco andares e a única maneira de chegar no meu andar era pela escada. Eu vinha aqui para me dar ao luxo de fumar alguma coisa em paz e me livrar do meu pai.
Brooke passou o caminho todo quieta, parece que a garotinha está começando a ficar obediente.
Meu ferimento estava doendo pra caralho, ainda bem que o Alex tinha algumas coisas no carro para fazer um curativo.
- Valeu pela carona, agora pode deixar que eu me viro com essa aqui. -Saio do carro puxando a Brooke pelo braço.
- Tem certeza Justin? Ela parece dar trabalho. -Alex abaixa o vidro do carro e me olha como se duvidasse da minha capacidade de manter a ninfeta quieta.
- Tenho. - Digo um tanto grosso e entro no prédio arrastando a Brooke.
- Caralho da pra parar de ficar me arrastando? Meu braço ta roxo.
- Foda-se. - Pouco me importava para marcas que ficariam no corpo dela, que aliás, não seriam poucas.
A poeira do local fez Brooke tossir algumas vezes, aquele lugar estava podre.
Puxar ela pelo braço até o quinto andar não foi nada fácil, minha vontade era de jogar ela e deixar ela rolar escada abaixo.
- Espero que goste de sua nova hospedagem madame. -Ironizei e faço ela entrar primeiro, passo a lingua entre os lábios ao olhar a bunda dela.
Ela olha o local em volta e eu tranco a porta colocando a chave no bolso da minha calça jeans.
Vejo que a cadeira de madeira velha ainda estava ali, e eu também precisaria de cordas.
- Como você anda sendo uma mocinha má, vou ser obrigado a deixar você presa na cadeira.
Pego ela pela cintura e levo ela até a cadeira, não queria machucá-la, aliás, porque caralhos eu estou me importando?
Faço ela sentar na cadeira e coloco as mãos dela para trás, sorri ao ver uma corda e amarro a mesma nos pulsos finos da Brooke, deixo o nó bem firme e repito o processo nos pés dela.
- Agora sim.
Acaricio sua bochecha e dou alguns passos para trás para ter uma visão completa dela.
- Justin… Eu estou com sede…
Ela pediu com carinho, tadinha, ta achando que vou cair nesse joguinho dela de novo.
- Olha, achei que você fosse mais esperta Brooke...E que você achasse que eu não sou burro, assim você até me ofende
Ri sem humor e tiro um lençol branco que estava em cima do sofá, jogo no chão e me sento.
- ARRG.
Escuto a Brooke gritar, ela estava vermelha de raiva.
- Se você estiver com sede mesmo, não grita, amor. Vai piorar pra você, sua boquinha vai ficar mais seca ainda..
Provoco passando a língua entre os lábios.
-Você acha que meu pai já não está me procurando? - Ela riu ironicamente- Você acha que ele já não está colocando essa cidade de cabeça para baixo?
- Sabe o que eu acho? Que ele não é tão bom quanto parece, senão já tinha achado a filhinha querida dele.
- Ele vai acabar com a raça de todos vocês. Um por um.
- Olha, se uma coisa que eu não tenho é medo, e eu me garanto Brooke.
Ela ficou em silêncio e fechou os olhos como se quisesse descansar. Isso, descança que a noite vai ser cansativa, nenê.
Brooke Stevens P.O.V
Motherwell - Escócia
20:00 pm
Acordo sentindo a água escorrer pelo meu rosto, filho da puta. Me assusto e abro meus olhos rapidamente, Justin estava na com uma garrafinha de água na mão, gelada, óbvio. Olho suas íris carameladas e ele se divertia ao ver meu rosto molhado, eu tremia de frio.
- Acordou a princesinha. Aí sua água. - Ele cruzou os braços.
- Filho da puta. - Murmuro entre dentes.
- Boquinha suja. - Ele sorri malicioso e percebo seu olhar no meu decote, eu estava com aquela roupa a dias.
- Esse lugar está congelando, Justin. Jogar água gelada em mim? Sério?
Ele deu de ombros não se importando se eu estava prestes a virar um cubo de gelo ou não.
- Sabe Brooke...Você ta um pouquinho fodida, e não e no bom sentido da coisa. - Ele deu um sorrisinho malicioso e colocou a mão na cadeira, andou e parou seu corpo atrás de mim.
- Ah, estou? Sinto lhe dizer, mas se está dizendo sobre o corte que eu fiz, eu não me arrependo de nada e faria de novo, só que dessa vez pior. - Digo e sinto meus pulsos arderem, aquela corda estava me machucando.
-Olha, parece que vai ser difícil resolver as coisas com você. - Presto atenção em seus movimentos e vejo ele abrindo uma gaveta na cozinha, pega uma faca de porte pequeno. Ele se aproxima dando passos lentos e se agacha na minha frente.
Encaro seus músculos que estavam bastantes visíveis sobre a blusa cinza de manga comprida. Sinto seu olhar na minha perna e arregalei os olhos quando Justin passa a lâmina da faca sobre a calça, o tecido rasgou e ele terminou de fazer o estrago.
- Tá fazendo o que Justin? Sai de perto de mim. - Grito e tento chuta-lo mas minhas tentativas são falhas.
- Eu tento não machucar você, mas sabe você não me trata muito bem, Stevens. - Seu tom de voz foi irônico e engoli seco.
Grito ao sentir a lâmina me furar e seguir um corte em linha horizontal, meus gritos ecoaram pelo pequeno apartamento fazendo um eco. Minha perna queimava e eu senti meu sangue escorrer. Justin pareceu feliz ai ver o corte que acabará de fazer.
- CARALHO, SAI DE PERTO DE MIM! - Minhas pernas tremiam e eu sentia meus olhos encherem de lágrimas. Aquilo ardia, meu corpo estava em alerta e eu não deixaria ele tocar em mim de novo.
- Doí, não é? - Ele colocou a ponta da faca sobre o corte e fez uma pressão, me fazendo gritar novamente, uma lágrima escorreu e olho para baixo vendo uma pequena poça de sangue se formar sobre meus pés.
- O que você tá ganhando com isso Bieber? - Falo entre dentes e ele se levanta
- Por enquanto? Nada. Mas em breve terei milhões na minha conta. - Seu tom de voz agora era tão suave que parecia outro Justin. Ele pega o celular do bolso e parece tirar uma foto do meu estado, penso então, que logo meu pai veria essa foto.
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The Hijackers
FanfictionJeremy Bieber é o cara mais procurado de Motherwell, uma cidade localizada na Escócia, seu filho Justin Bieber, logo substituiria seu lugar nos "negócios" da família, mesmo odiando a ideia. Os Sequestradores não poupavam nada nem ninguém, roubavam...