3301: O Jogo da Cigarra

Capítulo 17

Os três se entreolharam assustados e se aproximam da porta. Não houve mais toques.

-Meu Deus... O que fizemos?- Alex começa a tremer de medo.

-Ah, pára! É só coincidência!- Anita se levanta. -Eu vou ver o que é.- disse avançando o corredor em direção à porta.

-NÃO!!!- Tom segura Anita, quase chegando na porta. -Eu vou. Pode ser perigoso, vai que é um sequestro-relâmpago! -Discretamente, Tom rapidamente amarra uma corda em Anita, sem ela perceber.

-Deixa de bobeira, vai!

Anita abre a porta e sai. Tom está atrás da porta, pronto para puxar a corda, caso peguem ela.

Um puxão e um grito.

-ANITA!!!- Alex e Tom gritam ao mesmo tempo.

Em um movimento rápido, Tom pega o guarda-chuva preto pendurado na parede enquanto puxa Anita com força, fazendo-a voar pra dentro da casa. Tom fica de frente para a porta, separando Anita e encarando o sequestrador... Que não existe?

-Tom! O que foi isso??? Era só uma brincadeira seu violento!!! Ai minha bunda...- Anita reclama enquanto tentava parar de rir da cara dos dois. -Acha que eu sou tonta o suficiente pra não perceber a corda, Tom?

-Acabamos de ver uma gincana de enigmas sinistra, espalhando pistas pelo globo da maneira mais rápida e maluca que eu já vi, e como se não bastasse descobriram onde moro por causa de vocês. E você ainda faz piada???- Alex estava suando de preocupação. 

-É claro, bobão! É só uma gincana na internet!- Anita estende um envelope. -Era só isso que estava na porta e...- Quando Anita vira o envelope, o símbolo da cigarra atrás a faz congelar no lugar. -E... e...

-Anita?- Tom pega o envelope da mão catatônica de Anita.

-Tinha razão Tom. Não era apenas uma gincana...

Tom abre o envelope. Um pequeno aparelho com um cronômetro, do comprimento de um fósforo, liga automaticamente dando seu "start" no mesmo instante.

03:03:00:001

Tom rapidamente sincroniza o relógio de pulso com o cronômetro.

-O que vai fazer, Tom?- pergunta Alex.

-Venham comigo. Temos três horas antes de descobrir o que vai acontecer, mas não quero ser pego desprevinido.- disse abrindo a porta e saindo com o aparelho. -Vocês vem ou não?