Capítulo 59: Você me deve uma explicação!

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💎Tyler Gueiddy...


Meu Deus...

Meu cérebro manda eu correr em direção dela, joga-la nos ombros e levá-la pra casa. Mas esse movimento poderia machucar o bebê. O bebê? Meu Deus ela tá grávida.

-- Theresa!.-- Chamo alto o suficiente para que ela escute, mas no mesmo momento para um táxi na frente dela. Tento atravessar a rua, mas o movimento do trânsito estar grande. -- THERESA PORRA!.-- Ela me encara uma última vez e entra no táxi, que sai em disparada.

Não consigo atravessar a rua e pegar meu carro a tempo de ir atrás dela, eu não sei na onde aquele táxi se meteu.

Passo as mãos no cabelo freneticamente, sem acreditar no que acabei de ver. Como ela pode? Como foi capaz de esconder que estava grávida? Grávida de mim!

Ela estar grávida de mim, estava escondendo meu próprio filho. Porra!

Eu não posso acreditar que ela pretendia não me contar sobre isso, ela tá louca!

Bato com força no volante, descontando minha raiva. Paro de dar voltas atrás do táxi e seguir até a casa da Joyce, ela sabia disso e não me contou. O porteiro me deixou subir de boa, já que me conhece. Bato na porta e ela abri poucos segundos depois.

-- Por que não me contou que a Theresa estava grávida?.-- Pergunto assim que ela abri a porta e ela me olha com os olhos arregalados.

-- Como você sabe disso?. -- Ela me olha assustada e eu passo por ela entrando no apartamento.

-- Eu vi... Eu vi a Theresa saindo de uma clínica. -- Começo a andar de um lado pro outro. -- Você sabia Joyce, e não me contou por que? Achei que éramos amigos!

-- Isso não é assunto dela, Tyler. -- Diz Maike sentado no sofá jogando videogame

-- Ah, então você também sabia! -- Falo indignado.

-- Não, o Maike não sabia de nada e eu nunca concordei com essa ideia maluca dela, de não te contar sobre o bebê.

-- Por que ela fugiu? Provavelmente já estava grávida no dia do nosso casamento, mas ela fugiu. Joyce, esse bebê é de outro? Por isso que ela me deixou, pra ficar com o pai do bebê?.-- Pergunto sentindo um medo tremendo da resposta.

-- Claro que esse bebê é seu, seu idiota!  -- Responde sem pensar duas vezes. -- Tyler, a Theresa nunca me contou por quê te deixou, mas não foi por falta de amor. -- Sento no sofá e ela senta ao meu lado. -- A vida dela não foi tão diferente da sua nesse tempo. Ela sofre, chora, até tentou se matar. -- A encaro com os olhos arregalados.

-- Mas...Eu não entendo.

-- Ela me pediu pra não te contar da gravidez, por isso eu não contei. Me desculpe. -- Apoio os cotovelos no joelhos e cubro os olhos com as mãos. -- Vocês dois tem vivido um inferno, tá mais que na hora de se resolverem.

-- Ela me deixou Joyce, me abandonou porquê não me ama. Mas não tem o direito de esconder um filho meu, não tem!.-- Sinto meus olhos queimarem. -- Se ela não me quer eu entendo, mas eu quero e vou lutar por meu filho. -- Digo decidido, e levanto do sofá. -- Onde ela tá?

-- Tyler... Eu não posso...

-- ONDE ELA TA JOYCE? -- Grito sentido as lágrimas que prendir, sair rolando pelo meu rosto. -- Ou você me diz onde ela tá, ou eu vou revirar cada buraco desse planeta, mas vou acha-la.

Theresa Jones...


Meu Deus, o que vou fazer agora? Tyler me viu e vai vim atrás de mim. Eu não posso ficar aqui, se o virem comigo, podem mata-lo.

Chego na fazenda e começo a andar de um lado pro outro, marcando a superfície da terra. Quando o vi na rua, sintir meu coração parar, enquanto meu corpo tremia. Eu perdi o chão!

Ele me chamou e eu simplesmente sair correndo, deixando-o pra tras. E mais uma vez sem explicação. Que covarde eu fui mais uma vez.

-- Ele sabe que eu tô gravida, sabe que vai ser pai e vai vim atrás do bebê. -- Falo sozinha. -- Burra, burra, burra... -- Digo olhando pro espelho. -- Você é burra Theresa, nunca devia ter voltado pra cá, assim ele nunca te acharia.

A reação dele foi de muita surpresa pra quem já sabia da gravidez, ele já tinha visto a carta e ignorou. Que diabos está acontecendo?

-- Eles vão matá-lo. -- Sinto meus olhos queimarem e as lágrimas começarem a correr. -- Eles vão matar o Tyler se ele chegar perto de mim. -- Passo a mão na bochecha. -- Ele não pode me achar, não pode chegar perto de mim... Eu, eu vou embora daqui antes que ele me ache. -- Digo decidida.

Corro até o segundo andar da casa e pego uma mala enchendo-a de roupas, mas o barulho de um trovão me assusta. Olho pela janela e vejo a forte chuva caindo... Droga!

-- Como é que vou sair daqui? Nem carro eu tenho. -- Jogo-me na cama e choro...

Sinto meu peito doer e uma agonia me dominar. Eu vi meu amor, ele estava tão lindo... "Só quem já enlouqueceu de saudade, sabe o que é não saber distinguir entre o estrondo dos trovões e as batidas frenéticas do próprio coração"(Cláudia Leite).

Eu queria tanto poder contar pra ele, poder correr em busca da minha felicidade sem medo. Queria não ter que fugir, queria o Tyler de volta.

Mas não posso.

Se o ama, deixe-o vivo.

E o amo demais para permitir que alguém o faço mal. Eu não posso. Termino de arrumar minha mala chorando e decido ir embora amanhã de manhã. Tomo um banho quente e visto uma camisola branca de seda soltinha.

Desço as escadas descalço e caminho até a cozinha, mas paro quando escuto batidas na porta. Oush, quem deve ser? Já está de noite e chuvendo pra cassete. As batidas continuam e eu começo a ficar com medo, pois nem os empregos se encontram na fazenda hoje.

-- Quem é?. -- Pergunto, mas não obtenho resposta. Caminho devagarinho até a frente da porta e giro a chave, depois abro o trinco. Puxo a porta e vejo a silhueta de um homem escostado na coluna da varanda. Não posso ver seu rosto por causa do escuro, mas nem preciso pra saber quem é...

-- Tyler?...-- Digo em um sussurro, sentido meu corpo inteiro tremer.

-- Acho que você me deve uma explicação e eu não vou sair daqui sem uma, Theresa!.-- Sua voz rouca fez todos os pelos do meu corpo se arrepiar.

Gostaram do capítulo? Obrigada por lerem amores

Minha Doce Salvação/ ConcluídoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora