_Theresa cresceu sendo maltratada e humilhada por sua tia Muriel, que só aceitou ficar com a menina por causa da herança que a mesma herdou. A garota não podia ter amigos, nem ir a festas, muito menos ter um namorado, passava seus dias trancada no q...
-- Eu estou horrível... --Diz Joyce chorando, por testar seu sexto vestido, mas não ficou bem por causa da sua barriga de 5 meses. -- Estou parecendo uma baleia.
-- Não exagera amiga, você está linda! -- Ela retira o vestido o jogando do outro lado do quarto, emburrada.
-- E você é a amiga mais falsa que eu tenho. -- Solto uma gargalhada do seu biquinho e pego um presente que tinha escondido. -- O que é isso? É comida?
-- Um presente, mas não é comida... -- Ela faz cara de frustrada. -- Vê se gosta.
Ela pega a caixa e abri, vendo o vestido que mandei fazer pra ela ir no meu casamento, que é daqui a três dias.
-- Ahhh que lindo viada... Vai ficar perfeito em mim. -- Ela pega o vestido e corre para o espelho só de calcinha e sutiã.
-- Não corre sua louca, quer machucar o Júnior?.-- Ela começa a por vestido pela cabeça e me encara.
-- O Júnior tá bem, eu que tô parecendo uma vaca leiteira. -- Reviro os olhos me sentando na cama, enquanto ela termina de colocar o vestido. -- Meu Deus, ficou perfeito. -- Olho pra ela e vejo que realmente ficou lindo.
- Está linda amiga. -- A abraço pelas costas.-- A grávida mais linda desse mundo.
-- Own... Não me faz chorar. -- Ela passa a mão nos olhos, já chorando. Por quê gravidas são tão emotivas?
-- Vai ficar mais linda que eu no meu próprio casamento. -- Ela para de chorar e faz cara de indignada.
-- Por acaso você já viu seu vestido? -- Ela tira o vestido dela, o coloca na cama e pega a panela de brigadeiro.
-- Não, e isso é muito injusto. -- Sento ao lado dela, enfiando o dedo no brigadeiro. -- O casamento é meu e eu não sei detalhe nenhum dele.
-- Porque seu noivo gosta de surpresa. -- Ela coloca outra colher de brigadeiro na boca e faz uma cara de triste. -- Pena que o Henry não verá você se casando - Ela dar um longo suspiro e deita na cama de costas, exibindo toda sua barriga.
Tem uma semana que Joyce descobriu que o seu bebê é menino e não pensou duas vezes antes de colocar o nome de Henry júnior, em homenagem ao pai do bebê. Esses meses ela virou um posso de bipolaridade. Um hora tá chorando, em outra tá rindo e em outra quer matar alguém. Na maioria das vezes sua vitima é o Maik e o Tyler, que zoam do tamanho da sua barriga.
Pego um pincel que estava na cama e começo a desenhar na barriga dela. Joyce levanta a cabeça em curiosidade e depois deita de novo revirando os olhos.
-- Sabe Joyce, o Henry vai ser a criança mais feliz do mundo. -- Ela nega com a cabeça e tapa o rosto com o braço. -- Vai sim, porquê ele vai ter a melhor mãe, o melhor tio, melhores avós, a melhor madrinha, o melhor padrinho e tios que ele poderia ter. -- Continuo desenhando. -- E quando ele crescer, nós vamos contar pra ele o quanto o pai era uma pessoa maravilhosa, que tornou nossas vidas melhores. -- Termino o desenho e ela olha já emocionada.
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-- Theresa... Muito obrigada por sempre está comigo, eu te amo minha irmã. -- Ela me abraça e eu retribuo.
-- Eu te amo. -- Continuo abraçada a ela, passando a mão na sua barriga. -- Como será que vai ser a aparência dele?
-- Os meninos tem uma chance enorme de ser cópia do pai. Até por que eu e Henry somos muito parecidos fisicamente. Os dois com cabelos e olhos castanhos.
-- Perai... Seu cabelo era castanho? Eu jurava que você nasceu com o cabelo azul. -- Ela faz cara de tédio e volta a comer o brigadeiro. -- Já pensou? Se nasce um smurf no lugar de uma criança?-- Ela gargalhada e depois continua.
-- Tá toda comédia, só falta a graça né? -- Rir e sentei ao seu lado. -- Júnior será lindo, ainda mais se sair a cópia viva do pai. -- Ela pega uma foto de Henry e começa a admirar. -- Nosso bebê será uma criança com aparência normal, mas... Eu fico aqui pensando, como seria um filho seu e do Tyler?
-- Normal ué. -- Dou de ombros.
-- Normal? Ele pode puxar a aparência seja de qualquer um dos dois, que não vai ser normal. E se fosse uma mistura, meu Deus... a criança seria um perfeito anjo.
-- Ah Joyce, quanto exagero...
-- Cabelos castanhos igual aos seus, olhos azuis igual os de Tyler. Ou cabelo loiro igual os de Tyler e olhos amarelos igual ao seu. A criança será miss mundo de qualquer jeito. -- A olho incrédula depois caiu na gargalhada. Onde a criaturas tirou tanta bobagem!
-- Podemos entrar?. -- Olhamos pra porta vendo o Maike ali junto com Tyler. Ambos com rosas na mão.
-- Flores para a grávida mais linda do mundo. -- Diz Maike entregando as flores pra Joyce, que já está chorando novamente.
-- Rosas para a flor mais linda do mundo... -- Diz Tyler beijando minha testa e me entregando um buquê de rosas brancas.
[•••]
-- Eae mãe, onde está o vestido? -- Meu casamento é daqui a 1 hora, e eu ainda não provei o vestido, esse povo quer me matar. Eu engordei 4 quilos e se ele não entrar em mim, Tyler será um homem morto.
--Ta filha, toma seu vestido... -- Minha mãe me dar uma caixa lilás enorme e eu abro tirando a vestido mais lindo que já vi na vida. -- Espero que você goste.
- Meu Deus, que lindo mãe....-- Coloco-o com a ajuda dela e ele fica perfeito no meu corpo. Ela fica atrás de mim, me olhando pelo espelho.
-- Você tá linda filha. -- Uma lágrima cai dos seus olhos. -- Sempre foi meu sonho vê você casar com esse vestido, pois foi com ele que eu casei com seu pai.
-- Sério mãe? . -- Digo tentando controlar as lágrimas, para não borrar a maquiagem.
-- Sim meu amor, claro que tivemos que fazer alguns ajustes, porquê eu não tinha essa cintura de pilão. -- Ela rir entre as lágrimas. -- Minha menina já vai casar!
-- Obrigada mãe, esse sem dúvida é o melhor presente que já ganhei da vida. -- Viro para ela, e abraço.
-- Own, que coisa fofa... -- Diz Diego da porta. Ele caminha até a gente e nós abraça. -- Tá linda Theresa.
Diego é o padrinho do meu casamento junto com Maike, e vai me levar até o altar. Quando eu chamei ele, Diego chorou por horas. A poucos dias, Diego e mamãe assumiram um relacionamento, o que eu achei maravilhoso, pois não há pessoa no mundo melhor que ele, para fazer o papel de meu pai.
Eu fiquei muito triste ao lembrar que era para meu pai me levar no altar, mas infelizmente a lei da vida não deixou.
Por anos eu sofri sozinha. Por anos eu não tive ninguém que me amasse. Mas olha aí o que Deus fez, ele veio e agiu na minha vida. Nunca imaginei que justo o cara mais mal encarado, mais briguento da faculdade, fosse um dia se tornar meu marido. Nunca imaginei que ele me salvaria da vida infeliz que tinha. Nunca imaginei que minha mãe pudesse estar viva, mas ela estar abraçada a mim agora.
Por cinco anos, eu sofri, eu chorei, eu foi humilhada, maltratada. Várias vezes tentei me matar. Mas se fosse para estar onde estou agora, eu viveria aqueles cinco anos novamente.
