⏳_-_-_-⌛_-_-_-⏳

No dia seguinte fui pra escola normalmente mas querendo encontrar aquele garoto de novo o procurei por toda a escola mas não o encontrei, quando entrei na classe da professora Ana de inglês, olhei para o fundo e vi ele lá, de boas, como se não tivesse acontecido nada, pegando o seu material na bolsa normalmente, só tinha uma carteira vazia na classe, a que estava em sua frente, olhei a sala toda umas duas vezes para ter certeza que não havia outra opção, mas foi em vão, a professora logo olhou para mim sem prestar muita atenção mas já começando a se irritar e falou.

      - Menina vai se sentar logo não temos a aula toda.

      - Me desculpe, é que sou nova aqui. -disse de forma calma quando percebi que ela nem havia olhado na minha cara, o que agora ela faz.

      - Aí deus, mil perdões, achei que fosse uma das pragas dos meus alunos, seja bem-vinda a escola, mas sente-se logo por favor, vamos começar a aula depois você se apresenta para a classe.

Respirei fundo e fui, sentei e prestei atenção na aula, me apresentei no fim da mesma, e antes que o garoto pudesse se levantar eu me aproximei do menino e desatei a falar.

      - Oi, por que você falou aquilo ontem? quem é você?? como sabia daquilo??? - ele olhou para mim confuso.

      - Me desculpe, mas eu te conheço?? - Ele falou isso e sumiu da minha frente como se eu fosse uma louca, enquanto eu quase enfartava de raiva, sem entender nada e cheia de perguntas. Segui para minhas próximas aulas muito área. Na hora do intervalo ele veio e sentou-se do meu lado.

      - Me desculpe se falei algo de estranho para você ontem é que eu não me lembro, nem sequer lembro de vir a escola ontem, mas alguns amigos meus me disseram que eu estava aqui e estava estranho, então pensei que você, talvez, não estivesse louca. - ele falou coçando a cabeça e de uma forma tão sincera que eu acreditei, mesmo ainda querendo fazer muitas perguntas, ignorei o fato dele me chamar de louca, e falei meio sem jeito.

      - Tudo bem... e-eu a-acho...

Conversamos o resto do intervalo como seres humanos normais e sem chamar um ao outro de louco, ele ate que era divertido então concordamos em manter uma relacao amigável, nas aulas que tínhamos em comum nos sentamos um na frente do outro, ele me apresentou a escola e mostrou como ela funcionava, os professores legais e chatos, as matérias que dava para dormir ou não, as aulas em dupla, onde ficava todas as salas e coisas do tipo. Ele é um menino muito inteligente, gentil, legal e é um gato.

Fui da escola direto para casa e subi as escadas correndo para não falar com ninguém, e ninguém me ver. Esperei cair a noite, olhei pela janela e vi que era lua cheia, minha fase da lua preferida, fechei a janela e peguei minha bolsa com meu Diário, um lápis, uma borracha e uma lanterna, e saí de fininho pela porta dos fundos.

Fui até a antiga estação de metrô onde estava ontem, desci as escadas e entrei, olhei para todos os lados só para garantir e desci na linha do trem, comecei a andar até chegar no local do acidente, e lá só tinha a carcaça do metrô, é uma visão aterrorizante para quem tem medo, mas eu a achava magnifica, um monumento gigante de um evento trágico e tão raro nos dias de hoje, uma lembranca de como a vida é frágile de como devemos valorizar cada dia, cada segundo, cada respiração. Entrei no metrô e andei até que me sentei no vagão em que meu país estavam quando morreram e comecei a sonhar acordada com eles, me lembrando de todos os nossos momentos.

Dentre todas as pessoas da minha família, só eles me entendiam e eram compreensivos comigo e com meu irmão, eu nunca falei dele porque ele ainda está muito mal com a morte deles.

Quando nossos pais morreram ele só tinha 9 anos e era muito apegado a eles, ele fala que é culpa dele nossos pais terem morrido porque no dia do acidente ele pediu para eles de aniversário um videogame que só vendia na cidade do lado e eles foram comprar para ele, mas naquele dia eles decidiram ir de metrô, e tudo aconteceu, Max se culpa por isso, mas sei que não foi culpa dele foi uma escolha dos nossos pais irem de transporte público e não de carro, eu me sinto mau por ele mas não posso fazer nada.

Me deitei com muitos pensamentos e lembranças rondando a cabeça e acabei dormindo, comecei a sonhar com coisas muito estranhas, comecei a sonhar com a minha mãe e meu pai, sonhei com a noite do acidente:

"Estava uma noite meio fria, e como essa, era uma noite de lua cheia, eles estavam sentados e o metrô de repente para, o maquinista diz que está tudo bem é apenas uma falha na rede devido a tempestade repentina do lado de fora e que logo o metrô vai voltar a funcionar, eles escutam um barulho, mas logo o barulho para, as luzes se apagam e todos se levantam assustados, de repente o barulho volta, mas dessa vez mais perto e mais alto, e todos se assustam..."

Eu acordo atordoada e olho no relógio em meu pulso, já eram 4:00 da manhã, levanto-me e vou para casa correndo para que Max não perceba que passei a noite fora da mesma.








Hey, como vão meus darks?? bem?? espero que sim🖤  Vou tentar postar um capitulo novo toda noite, até o fim dessa primeira etapa do livro. Eu ia simplesmente fazer um único livro grande com a estória que criei para a Isa (a nossa protagonista, Isabell), mas estava ficando meio maçante o livro em si, então escrevi esse primeiro livro sobre o começo das descobertas dela, por isso o livro se chama "Primum faciem Superno" que traduzido significa "A primeira face do Sobrenatural" (talvez tenha ficado meio ruim esse titulo, mas eu não sei fazer isso, então... foi mal aí). No segundo livro ela já vai estar mais inserida nesse mundo sobrenatural e magico, então ele contará as histórias e aventuras dela nesse meio, e ela vai achar os amores da vida dela e fará amigos. E por fim (espero que seja o fim, mas vai que dá na minha cabeça de escrever mais né) no terceiro livro vamos ter uma versão dela já adulta e familiarizada com esse mundo, lutando pela sua felicidade e daqueles que a cercam, das pessoas importantes para ela, alem de descobrir algumas coisas sobre sua família.

Isso é o que eu planejo para esse meu livro e quero muito que todos vocês me acompanhem nisso. Se as coisas estiverem acontecendo muito rápido na estória, me avisem que eu arrumo, se tiver algum erro, me avisem que eu arrumo, se acharam algo estranho, me avisem que eu arrumo. Acho que vcs já me entenderam.
Eu prezo muito pela comunicação e gostaria que vcs conversassem comigo para me ajudar e deixar o livro cada vez melhor para vcs e para mim também.
Se você leu até aqui, obrigada pela atenção🖤

BryceLindcey🖤

Primum faciem SupernoWhere stories live. Discover now