•Capítulo Dezessete•

771 94 239
                                    

*NOTAS FINAIS MEGA IMPORTANTE*



"Jéssica? Jéssica? Responde!" Diana me chamava, estou com muito medo pra lhe responder.

Não consigo ver o que está me agarrando. E meu medo é grande.

"Di-Diana... procure um interruptor." É só o que consigo dizer.

Escuto um "okay" vindo dela. Espero pelo menos uma luz fraca, pra que eu possa saber o que está me segurando.

"Acho... Acho que encontrei!" Após Diana ter dito isto, uma luz bem fraquinha se acende no teto.

Quando olho pra minha perna, vejo um menino a agarrando.

Uma criança?

Diana se vira pra mim e se assusta, colocando a mão sobre a boca.

Olho pra criança, olho pra ela, sigo seu olhar, olhando pra cima...

Uma carcaça de porco está pendurada sobre uma corrente. Pelas marcas pode se perceber que alguém comeu o porco. Foi nisso que eu esbarrei?

Olho pra criança de novo e a mesma está com a boca e as mãos sujas de sangue.

Tento tirar minha perna de suas mãos, mas ele encrava suas unhas na minha carne.

"Di-Diana me ajuda!" Tento falar alto, mas sai mais como um sussurro.

Ela olha em volta do quarto procurando alguma coisa, que não sei o que é.

Ela vai até um canto e pega uma barra de ferro, que julgo ser da janela.

Diana vêm devagar em nossa direção e levanta suas mãos para bater na cabeça do menino. Mas antes que ela chegue perto da cabeça dele, ele se vira e segura o ferro com uma das mãos, enquanto a outra ainda agarra minha perna.

Nossos olhares ficam encarando o menino e ele tem um olhar de raiva, só para Diana.

A barra de ferro começa a entortar, arregalo meus olhos ao ver tamanha força do garotinho. Percebo o desespero e medo no rosto de Diana.

"Ninguém..." Pela primeira vez ele diz algo. Mas ninguém o quê?

Ele olha pra mim como se tivesse lido meus pensamentos. Eu preciso controlar isso.

"Ninguém machuca a mamãe!". O quê? Que mamãe? Dito isto, ele empurrou Diana, que foi direto contra a parede.

"DIANA!" - Tento me soltar, mais uma vez, das garras desse menino peculiar, mas ele é forte demais - "Por favor... Deixe-me falar com ela. Ela é minha amiga!". Peço ao garotinho, que parece recuar ao meu pedido, mas aos poucos ele me solta, me obedecendo, como um cachorrinho.

Vou ao encontro da minha amiga e a vejo meio tonta. É notável o buraco que sua cabeça deixou na parede, enquanto o sangue escorre pela mesma.

Passo a mão atrás da cabeça dela e sinto uma abertura. A viro devagar para ver melhor o machucado.

"Meu Deus!" As palavras saem dos meus lábios, ao ver o horror que está na cabeça da minha amiga.

Imaginary Friend || H. S. [CONCLUÍDA] +16Onde as histórias ganham vida. Descobre agora