•Capítulo Quinze•

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Até quando eu vou continuar correndo?

Parece que isso não tem fim!

Não consigo mais entender nada, minha mente está uma bagunça. Eu simplesmente não consigo compreender.

Aliás, por que raios Diana está aqui?

Ela não tem nada a ver com isso.

É tudo tão confuso!

Minhas pernas estão doendo - sem contar minha coluna - de tanto correr.

Meu corpo está quase despencando. Preciso arranjar um jeito de ajeitar minha coluna.

Mas nosso desespero de sermos pegas é tão grande, que quase esqueço do meu probleminha.

Estamos correndo á uns 6 minutos. E quanto mais corremos, mais sinto a presença, de quem quer que esteja atrás de nós, chegando cada vez mais perto.

Em algum momento Diana teve que me ajudar, o que nos deixou mais lentas. E facilitou para ele... Ou ela, nos alcançar.

Estamos correndo sem rumo indo pra esquerda, direita, direita, esquerda, aleatoriamente.

Até que entramos em uma sala cheia de armários e sem portas de saída. Olhamos uma para outra e pensamos a mesma coisa.

Se esconder nos armários.

Era possível ouvir os passos pesados chegando perto da sala. No desespero eu corri para o último armário e Diana entrou no da frente.

Fiquei com a mão no rosto para diminuir o barulho da minha respiração pesada, afinal eu estou com a coluna quebrada e estava correndo.

Consigo ouvir a porta da sala ser aperta com força. Pra quê isso? A porta não está trancada! Entra de boa , ô porra!

Os passos parecem mais distantes. Mas eu sei que está aqui na sala, junto com a gente. Talvez ele possa estar andando devagar para que não seja ouvido.

Olho pelas tiras finas do armário e vejo no canto da sala um... Um animal?... Uma criatura?... Um lobo?... Que porra é essa, meu Deus?

Ele tem no mínimo 4 metros de altura e seus músculos são enormes. Ele parece uma pessoa, só que como se estivesse coberto de pelos. Suas garras são gigantes. Suas costas são largas e o rosto... Ainda não vi... Mas estou morrendo de medo. Isso é pior que o Christopher.

A criatura começa a cheirar o ar. Provavelmente a procura de nós.

Ele começa a andar em direção ao armário da Diana. Tudo permanece no mais absoluto silêncio. O único som que é perceptível é o do faro do nosso amigo.

Ele cheira cada armário, um por um, até que finalmente ele chega no da Diana e para. Para e fica olhando para a porta do armário fechado.

Esperamos qualquer movimento dele.

Até que ele se vira pro meu armário.

Ai que merda!

Seu rosto é horrível! Parece um ser humano, mas o focinho é de um cachorro. E tem sangue por todo seu rosto. Seus olhos são de um laranja amarelado e eles estão parados em mim, por dentre as tiras do armário, esse monstro me encara.

Ele dá apenas um passo e chega na minha porta. Meu olhos cheios de lágrimas e meu coração saltando. Não sei o que fazer! Vou morrer servindo de jantar para uma criatura sobrenatural.

Fecho meus olhos e espero ele arrancar minha porta e me devorar.

A porta é aberta devagar, meus olhos permanecem fechados. Sinto um respiração perto de mim, meus olhos permanecem fechados. Sinto braços em volta de mim, meus olhos permanecem fechados. Até que sinto ser puxada para fora do armário e meus olhos permanecem fechados.

"Você não vai conseguir fugir!" Essa voz... Essa maldita voz... A voz do meu pesadelo... A voz de Christopher.

"Isso meu bem... Sou eu. Agora pare de tentar fugir e vamos volt..." Suas mãos me soltam e finalmente abro o olho vendo Christopher cair no chão e Diana logo atrás com uma pá na mão.

"Onde você achou essa pá?" Pergunto á ela assustada e aliviada ao mesmo tempo.

"Com tantas perguntas pra me fazer, você escolhe essa?" Ela responde sarcástica.

Sorrimos uma á outra. Mas isso não é hora para meninices.

Corremos até a porta e saímos dali.

"Diana, lembra quando eu te soltei e aquele monstro veio atrás de nós?" Pergunto a ruiva na minha frente.

Ela balança a cabeça e responde com "aham".

"Então... Por onde ele entrou? Se entrou, podemos sair." Ela parece pensar um pouco.

"Tem razão! Vamos!" Corremos todo o caminho de volta. E só quando chegamos, que eu olho pro teto e vejo a porta do sótão onde eu estava trancada, que me dei conta... Minha coluna não dói mais!

Paro de repente e Diana se assusta com meu gesto.

"O quê? O que foi Jéss?" Pergunta assustada.

"Minha coluna, Diana!" - Ela parece confusa, mas desde que a encontrei ela parece confusa. - "Minha coluna está normal, e o pior.... Está assim desde que Christopher me abraçou nos armários!"

E essa é só mais uma pergunta, sem resposta...

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☝☝☝☝ Essa é a barra da tristeza kkkkkkkkk

⭐OI PESSOINHAS, TUDO BOM?⭐

Provavelmente este domingo eu não vou postar, mas eu entrei de férias e vou postar durante a semana.
Eu não vou avisar quando vou postar, só vou postar e vcs vão ter que aguentar os corações hehehe.

É isso, beijoooos 💕

Imaginary Friend || H. S. [CONCLUÍDA] +16Onde as histórias ganham vida. Descobre agora