•Capítulo Treze•

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O ódio que Christopher cultivou todos esses anos é um problema á Jéssica.

Tudo o que ele passou e tudo o que fez, o torna mais frio e maldoso.

Mas, afinal...

O que foi que ele passou?

Jéssica P.O.V's

Ele esqueceu...

Ele esqueceu de me prender de volta na cadeira...

Ou simplesmente não quis, mas acho isso improvável.

Acordei no chão com as costas muito machucada. Acho que ele quebrou minha coluna. A dor é tão grande que não consigo levantar.

Com a força dos braços e das pernas eu me me sento. O que piora a dor.

Sinto meu corpo cair para o lado. Eu não consigo ficar ereta. Ele quebrou mesmo minha coluna! É como se eu sentisse minha coluna vertebral partida ao meio.

Tento levantar. De um jeito ou de outro eu não vou ficar parada quando tenho a oportunidade de achar uma saída.

Tento andar, me apoiando na cadeira na qual eu estava amarrada. Como minha coluna se partiu no meio eu estava corcunda e não enxergava nada acima de mim. Mas isso não vai me impedir.

Continuei andando até chegar em uma parede. Ajoelhei para impedir tanto esforço na coluna. E comecei a meio que engatinhar para o lado dando leves socos na parede á procura qualquer coisa que se assemelhe a uma saída.

Em um canto, encostado na parede tinha um pequeno monte de entulho, como não tenho forças para tirá-lo eu vou apenas dar a volta por ele e continuar a busca.

Continuei batendo até que chego na parede onde comecei. E não achei nada. Nem um barulho diferente. Nem um furinho sequer.

Decidi esperar até a dor parar um pouco, mesmo eu sabendo que não vai parar de doer totalmente.

De tempos em tempos eu levantava, ficava de pé e socava as paredes mais para cima.

Até que eu terminei de procurar em todas as paredes. Menos no teto...

Menos no teto!

Peguei um pedaço de pau que tinha no meio daquele entulho, e devagar comecei a bater no teto. Com cuidado e atenta a qualquer barulhinho.

Quando a dor das costas piorava eu parava um pouco e depois continuava.

Estou aqui morrendo de fome e de sede. Com frio e com dor. Mas não vou desistir!

O pouco de esperança que ainda me resta, vai embora quando eu termino de examinar todo o teto e não encontro absolutamente nada.

Caio no chão e começo a chorar.

"Não... Não é possível..." Reclamo entre os soluços.

Mas isso é IMPOSSÍVEL!

Eu procurei em todo lugar e não achei nada! Por onde aquele filho da puta entra? Ele não tem poderes de atravessar paredes! Isso eu tenho certeza. Mas então... Como? Como?

Sento-me encostando na parede e fico de frente ao entulho. Eu procure em todos os lugares. Menos onde o entulho está.

Uma chama de esperança se acende de novo no meu peito e eu me arrasto até lá.

Se tem uma saída nessa porra, é aqui!

Comecei a tirar os pedaços de madeira e pedras pequenas de concreto. A poeira que tinha ali, também era enorme. Na verdade aquele monte era só de poeira e restos de materiais de construção.

Com o pé, empurrei a o monte de poeira para o lado. Me sujeito toda, mas foda-se! Eu já estava suja.

Começo a ver uma corda no chão. E me animo mais a continuar, mesmo que a dor esteja acabando comigo.

Depois de tirar toda a sujeira, eu vejo uma portinha no chão com um corda para puxar.

Ah meu Deus, eu não acredito!

Sorrio comigo mesma.

Puxo a corda abrindo a porta. E vejo uma escada. Mas está muito escuro, não posso ver o que tem mais embaixo.

Olho para trás em busca de algo que possa servir de lanterna. Vejo a lâmpada pendurada no teto. E é uma lâmpada antiga, na verdade, é um lampião, ou seja, tem um vela dentro.

Arranco a manga da minha blusa e amarro na ponta de um pau. Pego o lampião abrindo-o e usando a vela para queimar a ponta da blusa.

Agora estou pronta!

Desço as escadas com muita dificuldade. Até porque uma mão segura o lampião e a outra me segura na escada, sem contar minha coluna.

Por sorte a escada era pequena então não demorou para eu chegar ao chão.

Olhei em volta e vi um corredor.

Eu estava em um sótão, com apenas uma porta no chão.

Agora... Para que lado eu vou? Para seguir em frente ou dar meia volta e ir para trás? Decido seguir em frente.

Ando meio receosa, a tocha ilumina, mas não muito.

Começo a reparar no local onde estou.

As paredes tem azulejos e alguns estão quebrados.

O chão tem um piso branco.

E tem várias portas, com janelinha, aqui. Decido ir ver o que cada uma tem.

Olho pelo vidro na primeira porta. É só um quarto vazio com uma janela com grades.

Na próxima porta vejo outro quarto. Com uma cama e cobertas. Mas é só isso.

Na outra é mais um quarto, com uma cama e...

E...

Espremo meu olho para ver direto...

Isso é que eu acho que é?...

É uma pessoa deitada?

Sim! É alguém deitado!

Será Edward?

Tento abrir a porta mas está trancada. Então bato na mesma, para chamar atenção de quem quer que esteja deitado.

"HEY! HEY, ABRA AQUI!" Grito para que a pessoa me escute. O que funciona.

A pessoa se levanta e vem até a porta em passos lentos.

Mas eu não acredito no que meus olhos estão vendo...

"Não pode ser!" - Digo em choque.

"Diana?"

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⭐OI PESSOINHAS, TUDO BOM?⭐

Aguardem o último capítulo dessa semana. Só mais um pouquinho, eu sei que vocês conseguem!

É isso, beijoooos 💕









Imaginary Friend || H. S. [CONCLUÍDA] +16Onde as histórias ganham vida. Descobre agora