Capítulo 12 Nicoleta, o monstro.

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~~ Juliete

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~~ Juliete.

Eles estavam muito próximos, e pareciam estar em uma conversa bem intima. A jovem moça devia ter seus dezenove a vinte anos, alta, magra, cabelos amarelos, tinha uma aparência delicada, e parecia estar bem à vontade ao lado de Ethan, ele da mesma forma sorria e a fitava com intensidade.

Quem poderia ser ela?

— Vamos cumprimentá-los — Mayson sugeriu se colocando entre mim e Nicoleta, ela foi a primeira a envolver o braço no dele e eu fiz o mesmo logo em seguida.

Os dois não pareceram nos notar até que estivéssemos bem próximos, Ethan foi o primeiro que nos fitou, e logo depois a moça se voltou para nós com um sorriso afetado.

— Irmã, já estava indo ao seu encontro. — Ele disse se aproximando para um beijo no rosto — mas vejo que encontrou companhia nas compras, Nicoleta querida, como sempre é um prazer — Ethan depositou um delicado beijo em uma de suas mãos.

— Estávamos justamente falando a seu respeito quando o avistamos, Juliete falava que o acompanhou para ver o contador. — Mayson sorriu de forma suspeita para Ethan e os dois trocaram um olhar de cumplicidade.

— Sim, sim, mas infelizmente ele não se encontra, de qualquer forma, terei que vim mais tarde.

— E porque não aproveita para apresentar a senhorita com quem estava a conversar, milorde — Nicoleta interferiu olhando para a moça com curiosidade

-  Sim, que indelicado da minha parte — Ethan se voltou com um sorriso para a moça que parecia desconfortável — permita-me apresentá-los a senhorita, Catarina Hilman, senhorita Hilman, estes são, O duque de Graian e sua prima senhorita Russell, e minha irmã, Juliete Dclair.

Catarina sorriu com um pequeno cumprimento de cabeça.

— Seu rosto me parece muito familiar, senhorita Hilman, devo tê-la visto em Londres em algum baile, a senhorita frequenta os bailes da alta sociedade? — Nicoleta perguntou destilando seu veneno, era certo que o intuito dela não era saber sobre Catarina e sim deixá-la desconfortável.

Já não estava gostando dessa garota.

— Não senhorita, não estive em Londres na última temporada — ela respondeu de forma tímida.

— Claro, lembrei-me de onde a conheço, sua família, sua mãe para ser exata, ela costura, certa vez costurou um vestido para uma amiga que tenho aqui, devo tê-la visto lá — os lábios de Nicoleta se curvaram em um sorriso misterioso — ah Define odiou o vestido, não era alta costura e ela considerava uma humilhação que os pais a obrigassem a usar esse tipo de roupa enquanto todas nós usavamos os melhores feito na Inglaterra.

E naquele momento eu constatei que Nicoleta era um ser horrível. Não, muito pior que horrível, era odiosa. Senti-me mais que na obrigação de defender Catarina.

— Nicoleta... — Mayson começou a falar, na certa para repreendê-la, mas eu tomei a dianteira.

— Imagino que esteja trajando uns dos vestidos de sua mãe, senhorita Hilman.

Ela assentiu timidamente.

— Bom, eu não sou uma estilista famosa da Inglaterra — falei com sacarmos — mas considero que esteja muito melhor vestida do que todas as dondocas cabeças de ventos de Londres e Caterbury juntos.

Mayson e Ethan sorriram e Catarina os acompanhou.

— E posso afirmar, com toda a certeza que se encontra muito mais elegante e bonita do que a senhorita Nicoleta jamais sonhou ser...

— Só pode está de brincadeira — Nicoleta bradou com raiva, a essa altura já estava vermelha e me fuzilava com o olhar — esperarei você na carruagem, Mayson. — Ela disse saindo e batendo os pês como uma criança mimada.

— Foi muito gentil de sua parte, senhorita Dclair...

— Apenas Juliete.

Ela sorriu para mim.

— Foi muito gentil da sua parte, Juliete, obrigada.

Retribui o sorriso.

— Agora se me permitem, minha mãe já está me esperando — Catarina disse com o olha fixo em uma senhora um pouco distante.

— Eu a acompanho — Ethan se ofereceu.

Me perguntei se aquilo seria apenas um ato de cavalheirismos, ou se ele estava interessado nela.

— O que você fez pela moça, foi um ato nobre — Mayson me destinou um sorriso de orgulho.

— Alguém tinha que colocar sua prima em seu devido lugar.

— E fico muito feliz que você se encarregue desse papel. — ele fez uma pausa me fitando atentamente — desculpe ter desmarcado com você — falou de uma vez.

Suspirei. Ele achava mesmo que aquilo não me agradara. Era de se esperar, talvez Juliete não gostasse de ser deixada de lado pela prima megera. Quem gostaria... A verdade era que aquilo era muito confuso para mim, a ideia de que Juliete estava casando contra a vontade não saía da minha cabeça, mas não imaginava que ele poderia está obrigando a ela, Mayson parecia ser uma boa pessoa.

— Tudo bem, Mayson, não precisa se preocupar.

— Certo, sabia que entenderia — ele segurou minha mão com ternura me deixando um pouco nervosa pela proximidade.

Eu deveria mesmo ter ficado em casa.

— Mamãe irar convidá-la para o chá da tarde amanhã, segundo ela vocês tem muitos preparativos para falar — ele falou fitando nossas mãos juntas, com o olhar fixo no delicado anel.

— Hum.... Sim, é...

Os lábios de Mayson se curvaram em um sorriso.

— Estou deixando você nervosa, Juliete. — Mayson afirmou soltando minha mão e eu a atraí para mim de forma rápida, rápida de mais — está quase tão vermelha quanto seu cabelo.

Ah, bom Deus, porque Ethan estava demorando tanto?

— Quem, eu? — indaguei — não, claro que não, não diga asneiras, Mayson.

— Asneiras... — ele proferiu ainda rindo — seria mesmo muita asneira que ficasse nervosa em minha presença, logo você que sempre alegara ser imune aos meus encantos, e alguns anos depois... Cá estamos nós, noivos...

Noivos... Em algum lugar do mundo isso deveria ser errado, naquele mesmo momento eu quis gritar: Eu não sou sua noiva! Mas resisti ao impulso.

— Noivos... — concluí com um suspiro.

Felizmente Ethan escolheu esse momento para se colocar ao nosso lado. Nos despedimos e logo em seguida partimos para casa, de onde eu nunca deveria ter saído.



***



— Nicoleta é uma pedra em meu sapato, aquele ser repugnante e detestável, é uma prima distante de Mayson, sempre foi apaixonado por ele e alimenta um ódio mortal de mim que se intensificou quando ficamos noivos — Juliete falava sem prestar muita atenção em mim, estava mais interessada em seu reflexo no espelho.

— Eu percebi, e a propósito, você está divina. — Constatei depois de analisá-la.

Estava com um cropped preto, e uma calça folgada. O cabelo estava solto em camadas onduladas, ela devia ter descoberto o babyliss. Parecia meio injusto que ela estivesse tão linda enquanto eu já estava pronta para dormir, em uma camisola branca, e com os cabelos assanhados em volta de uma trança nada elegante.

Juliete virou para mim com um sorriso que cobria todo o rosto, colocou a mão na cintura e me fitou como se fosse uma super modelo. Era estranho vê-la assim tão parecida comigo.

— Eu sei, eu adoro essa roupa, é tão confortável e bonita...

— Fico feliz que tenha superado a rixa com minhas roupas. — falei sorrindo.

Ela revirou os olhos continuando.

— Anne me levou a um lugar onde mulheres vão para ficar mais bonitas...

— Salão...

— Isso, enfim eles fizeram essas ondas no meu cabelo e passaram alguma coisa que o deixou com mais brilho. 2017 é simplesmente demais. — Juliete suspirou empolgada.

— Pelo que vejo está se divertido — sorri de sua empolgação.

— Muitíssimo, inclusive, tenho que ir, ou vou me atrasar, hoje é a festa de aniversário da Emma.

— Certo, mas antes de ir, me fale de sua sogra, Mayson disse que ela me chamará para um chá amanhã.

— Deve ser para falar dos preparativos do casamento, Eloisa é ótima, não se preocupe, ao contrário de Nicoleta ela me adora, e tem o Eneias que é um doce de criança, você irar gostar muito de passar a tarde com eles.

Era o que eu esperava.


~~ Mayson

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~~ Mayson

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