Capítulo 18

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Adentrei o salão, e se eu não estivesse acostumada com tantos olhares teria ficado vermelha no ato. Cada par de olhos dentro naquele salão grudou em mim. Quem estava comendo largou a comida e quem estava conversando se calou. E pude ver os lábios de Maxon formarem um "uau". Caminhei firme até ele - que estava no meio do Salão - cumprimentado os convidados. Assim que me aproximei ele se afastou de quem estava conversando e veio em minha direção.

- Minha querida - ele disse tomando-me nos braços - Você está linda demais para sua própria segurança - ele se aproximou e me deu um beijo calmo que eu interrompi entre risadas rápido demais.

- Aqui não.

Ele riu também.

- Tem razão - e sussurrou em meu ouvido - Mais tarde.

Aquilo por si só já fez eu me derreter e desejar que o relógio se acelerasse. Mas precisava ter calma, tinha várias coisas para fazer naquela noite.

Quase não percebi mas estávamos abraçados bem no meio do Salão, sobre os olhares atentos dos convidados. Então o DJ anunciou que o Rei e a Rainha iriam dançar, e eu fui obrigada a me arrastar para a desgraça. Eu definitivamente não sabia dançar. Mas achava graça de meu mau jeito. Até que consegui me sair bem. Passei a música toda praticamente balançando nos braços de Maxon, nem fiz muita coisa, o que foi um alívio.

A festa prosseguiu na maior alegria.

O salão estava repleto de fotógrafos e jornalistas, que registravam cada momento.

Todos vieram falar conosco, e quando minha mãe se aproximou não pude conter as lágrimas de felicidade. Se não fosse pela insistência dela talvez isso nem teria acontecido!

Todos os convidados estavam alegres, comendo, conversando. O que me lembrou de uma coisa.

Me desvencilhei de Maxon e fui até os músicos. Apreensiva. Disse a eles que iria tocar um pouco de violino e o DJ me anunciou. Maxon me olhou com aquela cara de "o que você está aprontando?" e um sorriso nos lábios.

Peguei o violino que eu tinha guardado em um cantinho do e me aceite o para tocar.

Estava tão nervosa, a muitos anos que eu não tocava em público. Mas pelo visto tocar era como andar de bicicleta. Você nunca esquece.

Me dirigi ao assento que já tinha deixado no canto, sentei, ajeitei o violino e Maxon se aproximou.

- Para você - sussurrei, certa de que ele tinha ouvido pois vi o sorriso em seu rosto.

Fechei os olhos e comecei a tocar, deixando que a melodia inundasse minha alma, e o som enchesse o coração de cada um no Salão.

Resolvi tocar algo clássico, a música favorita de Maxon, a que ele sempre gostava que eu tocasse. Para os convidados parecia só uma música clássica qualquer. Para mim, era nossa música.

Quando terminei estava com lágrimas nos olhos, e surpresa por Maxon estar do mesmo jeito, sorrindo como nunca, se aproximou e me deu um beijo suave.

- Lindo - ele disse, enquanto os outros me aplaudiam. Fiquei tão feliz!

Depois Maxon e eu nos sentamos no canto do Salão, ele colocou a taça de champagne em cima da mesa e me abraçou.

- Você ficou linda tocando, a visão de um sonho. Como sempre, nem parece verdade para mim.

Acariciei seu rosto.

- Mas é.

- E a propósito, adorei a festa.

Depois da escolha | CompletoWhere stories live. Discover now