Capítulo 2

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Nossa Lua de Mel em Hondurágua foi perfeita. Os dias não tinham horas suficientes para nos divertirmos na praia, e as noites não eram longas o suficiente para saciar nossos desejos. Ficamos apenas poucos dias, afinal Illéa precisava do seu governante.

Quando voltamos todos ainda estavam em êxtase. A aura de felicidade inundava o castelo. Ali começava nossa nova vida.

Fomos para o quarto, agora o quarto do Rei e da Rainha seria nosso. Maxon abriu a porta e eu suspirei, admirada. Ele era imenso, muito maior que o quarto do príncipe. O móveis eram maravilhosos, todos com um ar sofisticado e nobre. A cama era enorme, tudo era lindo, as paredes decoradas com quadros fazia com que todo o cômodo cintilasse com um leve toque dourado. A luz que entrava pela janela iluminava uma porta.

- É a suíte da Rainha - disse Maxon, respondendo a pergunta em meus olhos.

- Mas se já temos esse quarto enorme por que a Rainha precisa de uma suíte?

- Aparentemente as mulheres precisam de mais espaço. - disse ele rindo.

Fui em direção a cama e me deitei sobre ela. Ela impressionantemente confortável. Deitar sobre ela era como descansar sobre um monte de plumas. Ergui as sobrancelhas e estendi a mão para ele, como um convite. Ele não hesitou e se jogou na cama comigo. Naquele momento tudo estava perfeito, não queria mais nada, só ficar ali com o homem que eu amava.

- Podíamos ficar aqui o dia todo. - disse, beijando-o.

- Não é uma má ideia.

Estávamos ali juntos, seu amor enchia cada milímetro de meu corpo, e eu não queria sair nunca dali.

- Mas... - começou, Maxon - não acha que o povo quer saber sobre o nosso casamento? Acho que temos que comparecer no Jornal Oficial hoje, todos estão curiosos - disse ele entre sorrisos e beijos que faziam cócegas em meu pescoço.

- Tem razão. - agora que minha vida era pública teria de me acostumar com essas coisas - Mas acho que podemos ficar mais um pouquinho aqui.

Mais tarde parti para minha suíte onde Mary e minha nova criada estavam a minha espera. Ela era baixinha e tinha cabelos loiros e cacheados que deixavam seu coque cheio dentro da touca do uniforme. A nova criada tinha sardas no rosto, parecia jovem, era bem bonita. Seus olhos azuis eram tão claros quanto os meus, ela logo que me viu fez uma reverência cheia de adoração. Inclinei a cabeça e sorri.

- Você deve ser a nova criada, certo?

- Sim, Majestade. Sou Paige Williams. Estou aqui pronta para servi-la. - respondeu sorrindo.

- Muito bem. Mary, tenho algum vestido especial para usar no Jornal Oficial hoje? Parece que as pessoas estão curiosas para saber sobre meu casamento - disse, rindo.

- Claro, Majestade. Eu imaginei mesmo isso. Para a noite de hoje fiz este aqui - ela disse enquanto corria para o armário tirando um lindo vestido azul escuro. - O que a senhora acha? - ela estendeu o vestido e alisou o tecido brilhante com as mãos finas.

Ele era lindo. Mais bonito que qualquer um que já fizera pra mim, ele era tomara que caia e justo até a cintura, todo incrustado com pedras azuis grandes de vários formatos que formavam desenhos pelo tecido, a saia escorria delicadamente em um tecido esvoaçante e era longo. Fiquei tão maravilhada que nem consegui responder, Mary me olhou decepcionada achando que eu não tinha gostado, mas então eu sorri e disse:

- Mary, esse é o vestido mais lindo que você já fez, é maravilhoso!

- Discordo, Majestade. O vestido mais lindo foi o de seu casamento - ela me lançou um sorriso - Azul é a cor que o Rei Maxon sempre gostou na senhora, acho que acertei.

- Com certeza. E os sapatos? - Depois de passar tanto tempo no castelo eu estava começando a gostar dessa coisa de roupas e sapatos. Mas ainda preferia meu estilo clássico.

- Escolhi esses, acho que combinam. Ela me mostrou um par de saltos azul, tão escuros que dependendo do ângulo eu diria que eram pretos.

- Perfeitos - respondi, enquanto Mary escolhia joias para mim - Mary, esse vestido tem tantas pedras que dispensa joias, não acha?

Ela parecia decepcionada.

- Mas a senhora não vai usar nada? Nem um brinco simples? - Ela me entregou um par de brincos de pérola - Tudo bem então, você venceu. - sorri pra ela, coloquei os brincos e me virei. Paige estava encostada em um canto, os olhos apreensivos, eu jurava que suas mãos estavam trêmulas. Ela devia ser bem tímida e provavelmente esse era seu primeiro dia como criada, e começar servindo logo a Rainha devia ser meio assustador. Tratei logo de deixá-la mais à vontade - Paige pode vir aqui me ajudar com o cabelo? - seus olhos cintilaram e ela correu pra me ajudar.

Suas mãos finas eram ágeis e ela fez com perfeição uma trança que dava voltas em minha cabeça e acomodaria muito bem a coroa. As duas me maquiaram me ajudaram a se vestir e eu desci para o Salão á espera de Maxon.

Não demorou muito ele apareceu, lindo e imponente em seus trajes de Rei. Quando me viu seus olhos se iluminaram.

- Você está perfeita. - disse ele, e me beijou.

- Não tenho culpa de ter nascido perfeita - disse sorrindo e fingindo me abanar com as mãos para ilustrar como era cansativo ser bonita. Rimos do Déjà vu de nossos momentos na Seleção e fomos em direção á nossos tronos, nos sentamos e esperamos Gavril.

O programa começou como sempre com notícias sobre Illéa e muitas perguntas sobre nosso casamento e a Lua de Mel, das quais Maxon respondeu praticamente todas porque eu estava tão vermelha que só conseguia sorrir, teria que me acostumar a falar em público assim, mas tinha certeza que Maxon me ajudaria.

Quando a entrevista acabou fomos para a Sala de Jantar. Nos sentamos a mesa Maxon, eu, Madame Marlee, Carter, Madame Lucy e General Legger. A comida estava tão deliciosa quanto todas as refeições que eu tivera durante a seleção e me alegrou saber que seria assim todos os dias. Para a sobremesa não me surpreendeu saber que tinha torta de morango, Maxon e eu sorrimos quando o mordomo nos serviu, tudo ali nos trazia boas lembranças, a felicidade enchia cada canto do palácio.

Os dias que se seguiram foram mais que perfeitos, Maxon e eu estávamos tão apaixonados que até as tardes que passávamos resolvendo as questões diplomáticas do país eram prazerosas. E as noites também.

Depois de mais ou menos três meses desde meu casamento com Maxon, Lucy e Aspen começaram os preparativos para sua cerimônia, eu estava mais que feliz por eles. A festa seria no palácio e tudo estaria tão lindo quanto no meu casamento.

Mas dias depois minha alegria logo desapareceu, todos os empregados estavam calados, não se ouvia cochichos ou palpites sobre o casamento e então eu resolvi passar em meu quarto primeiro antes de procurar Lucy, em busca de notícias com Mary.

- Mary, o que está acontecendo? Onde está Lucy? - disse, adentrando o quarto.

- Vossa Majestade. - ela respondeu com uma reverência e um sorriso fraco - o pai de Lucy está doente, ela adiou o casamento, pensei que já soubesse. - ela me lançou um olhar de tristeza.

- Não... É que eu passei o dia no escritório com Maxon, onde ela está?

- Na ala hospitalar, Majestade.

Antes que ela completasse a frase eu já tinha saído porta afora rumo a ala hospitalar, chegando lá me surpreendi, grande parte do empregados do castelo estavam ali, o pai de Lucy devia ser muito querido. Fui para perto de Lucy, não disse nada, deixei que ela encostasse a cabeça em meu ombro e chorasse, Lucy era tão frágil, desde os ataques dos rebeldes em que eu a levara para o abrigo sempre tive o sentimento de protegê-la e ampará-la, e isso não havia mudado , mesmo com Aspen ao seu lado.

Os dias passaram rápido demais, o pai de Lucy havia se recuperado e mesmo ela e Aspen tendo adiado um pouco mais o casamento a alegria tinha voltado a pairar sobre o castelo.

Estávamos perto do Natal e do Ano novo. As criadas já haviam começado os preparativos, e eu estava muito ansiosa, era minha época preferida do ano e seria o primeiro Natal que passaria ao lado de meu marido, eu não podia estar mais feliz!

Depois da escolha | CompletoTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon