O garoto franziu a testa e encarou os garotos. Todos sorriam, mas não falavam nada. Ele achou aquilo muito mais do que estranho, mas resolveu apenas voltar para dentro e ignorar totalmente o que havia acabado de acontecer. Sem falar que ele também havia ficado assustado: um bando de alfas o encarando da varanda de sua casa não era uma coisa nada convidativa.

Antes de conseguir sair da varanda, a voz chamativa de um dos garotos foi ouvida.

— O que vocês estão fazendo? — Yoongi parou. — Vocês não acham que isso é ir longe demais? Pode ser considerado assédio.

O róseo olhou novamente para baixo, vendo que um novo garoto tinha aparecido dentre os demais. Ele tinha os cabelos pintados num tom alaranjado, a regata branca molhada pela chuva e um sorrisinho insinuante pairando nos lábios finos.

— Já recebemos nossa cota de benção por hoje, pessoal. — continuou. — Vão logo pra casa. Não assustem o garoto.

— 'Tá querendo bancar o certinho pra conquistar ele, Hoseok? Qual é! Nem estávamos fazendo nada! Apenas admirando!

Yoongi finalmente percebeu o que estava acontecendo. Um rubor preencheu suas bochechas branquinhas quando viu o olhar insinuante do alfa que tinha acabado de chegar sobre si. Ele já tinha visto o garoto na rua, mas não fazia ideia de qual era o nome dele antes de ouvir o que um dos alfas falou. Ele mal conhecida esse tal de Hoseok e já estava o detestando. Olhou furiosamente para os garotos parados em frente a sua varando e resmungou:

— Eu não sou pintura para vocês ficarem parados que nem um bando de imbecis me encarando. Boa tarde. — o ômega calçou os chinelos, entrou em casa pisando duro e fechou a porta da varanda, ainda fervendo em raiva.

Ele odiava muito quando era tratado daquele jeito só por ser ômega. Ele não era comida para que um bando de alfas ficassem o observando com expressões famintas, e nunca iria abaixar a cabeça para nenhum deles. Yoongi havia aprendido muito bem como é difícil ser ômega em uma sociedade repleta de alfas babacas, então aquele muro que ele havia construído era praticamente indestrutível. E não, ele não pensava muito sobre marca, por mais que sonhasse de vez em quando em ter alguém para compartilhar suas músicas favoritas, momentos felizes e cheirinhos gostosos. Era algo simples, mas que ele ainda desejava um pouquinho (talvez muito, mas isso ninguém pode saber)

Yewon colocou a cabeça para fora do banheiro, o barulho alto da porta sendo fechada com brutalidade chamou sua atenção. A testa estava franzida, e ela não fazia ideia do porquê de Yoongi estar tão irritado. Ficou um pouco irritada também, porque havia acabado de colocar Yeji para dormir, e desejava do fundo de seu coração que a Min mais nova não tivesse acordado com o estrondo da porta.

— Yoongie! Sua irmã acabou de dormir, poxa! — Exclamou, com a voz uns tons mais baixo. — Por que você está tão irritado?

Yoongi ouviu o barulhinho constante das gotas de água caindo no chão do banheiro, se misturando com o barulho da chuva lá fora e causando uma sensação meio relaxante. A mãe estava com seu cabelo curto preso em uma espécie de coque mal feito; o tamanho do cabelo não permitia que um coque normal fosse feito, então era uma coisa meio estranha de se ver. Ele suspirou, jogando o celular na banqueta perto da janela e tirou os fios róseos dos olhos.

— Aqueles garotos do futebol estavam me encarando da varanda. Pareciam que estavam tramando meu assassinato, o jeito constante que eles me olhavam me assustou e me deixou muito irritado, muito mesmo! — bateu o pé. a mãe abriu um sorrisinho suave. — Eles não conseguem controlar a droga dos hormônios? Meu cheiro nem ao menos é forte!

— É mais forte do que você imagina, Yoongie. — Voltou para dentro do banheiro, desligou o chuveiro e saiu do cômodo com uma toalha enrolada no corpo magro. — Você sabe que aqui na rua só temos você e a Nayeon de ômegas, então os rapazes ficam agitados. Principalmente com você, já que a Nayeon esta sempre com o cheiro da alfa dela.

❛ tmbbots ♡ ᵐʸᵍ + ʲʰˢ ᵃᵇᵒ ೃOù les histoires vivent. Découvrez maintenant