Além das Palavras - COMPLETO

Capítulo 14

O jantar foi embalado pelo papo animado de Arnaldo e Rafael sobre o passeio da tarde. Ruth parecia entorpecida, manteve-se calada por toda a refeição com pequenas exceções de quando oferecia algo a Rafael ou mandava Mariana servi-lo.

Rafael estava deitado na cama, lendo um livro sobre cavalos que Arnaldo tinha lhe dados. Mariana estava de toalha, recém-saída do banho, procurando alguma coisa em sua mala.

— Que horas quer sair amanhã? —ele perguntou enquanto contemplava suas pernas expostas.

— Se quiser podemos ir logo cedo, ou depois do almoço. — Continuava intrigada procurando.

— Então almoçamos e vamos, podemos dar uma volta a cavalo amanhã. O que acha? Quero te mostrar meu potro.

— Rafa você viu meu pijama? Não consigo encontrar.

Ele sorriu malicioso.

— O que foi?

— Acho que D. Ruth completou outro gol. 2 X 2

Mariana colocou as mãos no rosto e bufou. Foi até o seu armário e se assustou com o que viu. Uma coleção de camisolas. Algumas longas com decote avantajado, outras mais curtas um pouco mais ousadas. Definitivamente sua mãe tinha perdido todo o juízo.

— Eu gosto da azul clara. — ele opinou e voltou sua atenção para o livro.

— Prefiro uma camiseta sua.

— É uma pena, não tenho nenhuma sobressalente. — seu tom era irônico.

— Acha mesmo que vou vestir isso?

Ele se levantou e a abraçou.

— Você fica linda de qualquer jeito — beijou seu ombro provocando arrepios — Só não fique de toalha, fica difícil me controlar. — a virou e beijou seus lábios.

Um beijou era ardente, intenso. Ele se afastou ofegante. Mari sorriu e pegou a camisola que ele tinha escolhido.

***

O tecido azul claro, caia sobre a pele formando o contorno perfeito do seu corpo. Uma fina camada de seda ia quase até o chão. Em sua coxa esquerda, uma fenda que revelava e escondia a medida que ela caminhava, dando asas a sua imaginação.

Nos seios uma delicada renda que realçava os contornos perfeitos. O ar lhe faltou. Era uma visão perfeita, uma deusa. O canto da sereia o envolvia num emaranhado de sentimentos.

Penteava os cabelos alheia, parecia não perceber que estava sento observada. Fechou o livro e o colocou na mesa de cabeceira. Sua vontade era ir ao seu encontro, mas precisava conter seus impulsos.

Ela sorriu e mordeu os lábios quando percebeu que ele a olhava com desejo.

— Deita aqui comigo — convidou afastando as cobertas.

E mais uma vez o vai e vem de suas pernas revelou bem mais do que podia imaginar. Ema se deitou virada para ele. Seus seios se juntaram e foi inevitável não lamber os lábios. Os olhos dela eram observadores, como se não quisesse perder nenhum detalhe. O calor de seu corpo fazia com que o quarto ficasse abafado.

— Não me olhe assim — ele pediu — Vestida assim, me olhando desse jeito, não vou conseguir me controlar.

Mariana passou sua perna nua em volta do seu corpo se colocando em cima dele.

— Precisa mesmo se controlar? — Mariana mordiscou sua orelha

Ele segurou seus braços e a jogou de costas para a cama. Agora ele estava no comando.