Capítulo 21

391 64 240
                                    

(Amanda)

¡Ay! Esta imagen no sigue nuestras pautas de contenido. Para continuar la publicación, intente quitarla o subir otra.

(Amanda)

— Parece que o acampamento perdeu a graça! — Gabi fala com a cabeça apoiada no ombro de Jota, que segura a sua mão com delicadeza.

— Todo mundo está desanimado! — Marjô.

— Até para as provas! Ninguém mais quer fazer! — Mirna completa.

— Eu, pelo menos, só quero ficar parada, esperando o tempo passar. — Falo enquanto olho para o rosto de cada um da nossa roda de conversa. São aproximadamente 17 horas, e passamos a tarde inteira aqui, sentados no chão da varanda do primeiro andar da casa das meninas.

Hoje não houve nenhuma prova, tendo em vista que as de ontem foram tão desanimadas que nem mesmo os coordenadores sentiam vontade de organizá-las. E como, de qualquer forma, meus pais não estão aqui, eles decidiram suspender, portanto ficamos com a tarde livre, o que acabou por não adiantar nada, já que todos estamos nitidamente tristes e preocupados demais para aproveitar.

— Falando em esperar o tempo passar, que horas o Ítalo vai chegar com o resto do pessoal? — Kaynon pergunta.

— Liguei pra Sama há alguns minutos e ela me disse que eles já estavam quase saindo. — Relato.

— E a Safira?! Ela disse alguma coisa da Safira?! — Letícia pergunta com as sobrancelhas franzidas. É estranho olhar para todos os meus amigos e vê-los assim, desanimados e sem vida.

— Ela só me disse que depois conversávamos, mas pelo tom de voz que usou acho que as coisas não estão muito bem por lá! — Explico com a voz triste.

— E tudo é culpa minha! — Felipe finalmente abre a boca, mas seu olhar está tão distante que ele parece estar em outro mundo.

— Não é culpa sua, Fê! Já conversamos sobre isso. Para de se culpar, foi um acidente! — Letícia o acalma.

— Foi um acidente que poderia ser facilmente evitado se eu tivesse olhado para frente antes de chutar aquela porcaria de bola! — Ele grita e volta o olhar para ela. Eu não consigo imaginar o fluxo de emoções que estão passando por ele desde o acidente com a Safira, há dois dias, mas sei dizer que desde então ele não está agindo normalmente, só anda triste, calado e distante.

— Se ela estivesse aqui, tenho certeza que te diria para não se culpar tanto, porque não foi a sua intenção machucar ninguém! — Letícia responde sabiamente depois de uns segundos.

— Se ela estivesse aqui... Se ela estivesse aqui... Se. — Ele repete balançando a cabeça e percebo seu rosto ficar vermelho. — MAS NÃO ESTÁ! — Ele grita ao se virar de uma vez para ela. — NÃO ESTÁ, TÁ LEGAL?! E A CULPA É MINHA! TODA MINHA! — Continua gritando alto até que Letícia se joga sobre o seu corpo e o abraça, acariciando seu cabelo.

— Vai ficar tudo bem, tudo bem... — Cochicha repetidamente em seu ouvido, fazendo-o retribuir seu abraço e começar a chorar copiosamente.

Balanço a cabeça não aguentando mais a cena e o clima em que estamos.

De volta ao AcampamentoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora