📖 LIVRO 2 DA TRILOGIA "ACAMPAMENTO DE INVERNO"
26 anos se passaram desde a última vez que Sam olhou para o sítio daquele acampamento. E a última coisa que esperava era ter que voltar lá agora casada, vice-líder de jovens e com duas filhas adolesce...
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(Ícaro)
— Não acha melhor irmos para a recepção? — Pergunto à Sarah (antes que ela durma no meu colo) enquanto mexo nas mechas mais loiras do seu cabelo, que contrastam com os tons mais escuros. — Sarah? — Balanço seus braços, fazendo com que ela solte um gemido monótono, mas ainda sem abrir os olhos. — Já passou muito tempo, talvez o Matheus esteja chegando!
Ela então levanta devagar, esfrega os olhos e prende novamente o cabelo, já que eu o havia desamarrado assim que deitou sobre as minhas pernas.
— Eu quero só dormir agora! — Fala, suspira e fica em pé. Faço o mesmo, e por fim caminhamos para dentro do hospital.
— Que horas são? — Pergunto assim que sentamos nas poltronas da sala de recepção.
— Doze e vinte e três. Você está com fome?
— Estou. Mas vamos primeiro esperá-lo chegar, depois vamos ao refeitório. — Digo.
Assim, ainda ficamos cerca de dez minutos sentados e calados, até que vejo entrar um homem branco vestido com uma jaqueta preta, segurando na mão direita um capacete.
— É ele! — Sarah afirma ao levantar de uma vez, então andamos em sua direção. — Licença! — Ela diz assim que nos aproximamos, em frente ao balcão da recepção. — Você é o Matheus, não é?
— Sou sim. E você é a Sarah, certo? — Pergunta.
— Sim. Prazer! — Ela responde. — Esse é o Ícaro, meu amigo. Estávamos juntos quando sua namorada passou mal.
— Prazer, Ícaro! Matheus. — Apresenta-se, e apertamos nossas mãos.
Logo depois explicamos a situação para a recepcionista e ela permite nossa ida à sala de emergências. Assim que Matheus avista o rosto da namorada corre até ela, e eu e Sarah caminhamos lentamente mais atrás.
— Meu amor, você está bem? — Ele pergunta.
— Estou, só não sei como vim parar aqui. — Responde com as sobrancelhas franzidas.
— Você passou mal assim que chegou ao hospital e acabou desmaiando, mas esses jovens viram e chamaram ajuda. — Fala ao afastar-se um pouco, deixando-nos de frente para ela, que abre um sorriso.
— Obrigada! — Agradece, mas logo nos ignora e segura a mão do namorado. — Você o viu?! Como ele está?! — E dessa vez sua voz soa preocupada.
— Eu acabei de chegar, amor, e vim direto te ver. Agora, já que está melhor, eu posso ir até a recepção perguntar por ele e depois te trazer notícias.
— Não! — Ela o corta. — Eu quero ir também! Eu vou. — Diz, já se levantando.
