01 | Que comece as provocações

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Hailey Wilkinson

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Hailey Wilkinson

Era a minha segunda mudança em alguns anos e eu já estava definitivamente cansada de ficar colocando minhas coisas em caixas. Nossa primeira mudança foi de Los Angeles para cá, Nova Iorque. E como toda boa mudança eu deixei amigos, colégio, namorado, casa, memórias boas e muitas outras coisas para trás. E parece que tudo está se repetindo mais uma vez, mas de maneira não tão trágica já que nosso tempo aqui em Nova Iorque foi curto.

Enquanto eu tento arrumar as minhas últimas caixas pardas com uma caligrafia ilegível de cor preta, observo meu antigo quarto e sei que tive boas memórias aqui, mas obviamente meu momento fofo é interrompido pelo meu irmão mais velho que insiste em me irritar com suas brincadeiras infantis e idiotas.

— Para com essa porcaria Sammy! - resmungo para o moreno que não para de andar com seu skate pra lá e pra cá - você está deixando marcas pelo carpete.

— Ah qual é Chrytal - meus olhos se reviram, ele sabe o quanto eu odeio ser chamada dessa maneira.

O sorriso debochado em seu rosto é visível e ele faz isso exatamente por que sabe que eu iria me irritar ainda mais. Touché.

— Você não sabe o meu nome não? - meu sorriso debochado faz ele sorrir ainda mais, extremamente babaca eu diria.

Eu vou ganhar essa batalha.

— Você sabe que eu prefiro seu nome do meio maninha  - um biquinho é formado enquanto ele se aproxima com seus braços abertos.

Ew. Ele sabe como me tirar do sério, não é possível.

— Eca - Eu o empurro com força enquanto ele tenta se segurar em meus braços, a sorte é que sou mais rápida.

A risada escandalosa do Samuel é o que preenche o silêncio no quarto. Não tem como ser pior. Minha cara emburrada faz ele rir ainda mais alto.

— Um dia você vai me amar tanto Hay - ele me lança um sorriso antes de sair.

Na verdade, tem sim.

— Nem em outro planeta bobão - grito e escuto sua risada mesmo ele estando longe.

Encosto meu pés no carpete de maneira rápida enquanto pego as duas almofadas peludas roxas em cima da cama. Ando até a porta mas antes me viro, realmente tive vários momentos maravilhosos aqui que ficaram na minha mente, e eu agradeço por isso.

Fecho meus olhos ao me lembrar das novas músicas que eu escutei, os sorrisos frouxos por causa de meninos novos no colégio e por conta da notícia que eu iria voltar ao meu lar. Los Angeles.

— Vou sentir saudades - Digo mais para mim mesma e continuo com meus olhos fechados tentando deixar essas memórias frescas em minha cabeça.

— Olha só, a Hailey pirou mesmo de vez - Sammy está com seus braços cruzados enquanto seu corpo se apoia sobre o pilar da porta.

Eu não tenho um momento de paz aqui.

— Que saco Samuel - bato meu pé no chão - me deixa em paz, por apenas dois minutos pode ser?

— Não maninha - ele ri - eu vou cuidar de você pra sempre.

Seu braço está por cima do meu ombro. Pareço um saco de pancadas.

— Vai beijar na boca vai - me solto de seus braços em volta de meu corpo e não demoro muito para começar a andar mas o me surpreende é duas mãos me puxando para trás.

— Só se for você para beijar - ele sorriu mordendo o nódulo na minha orelha, que por sinal meus cabelos não atrapalharam já que estão presos em um coque bagunçado.

— Eu em - digo depois de um tempo, já que ele me deixou arrepiada.

Espero que ele não tenha percebido isso.

— Ih, ficou arrepiada - sinto suas mãos passando pelo meu pescoço assim como sua respiração em meus cabelos. Em questão de segundos ele me solta e já está parado na porta com um sorriso descarado e provocativo enquanto eu fico parada no mesmo lugar tentando entender o que acabou de acontecer.

Que merda foi essa?

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